Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

Capitulo 13: Conversando com uma amiga

Era obvio que eu não gostava... eu apenas tinha uma estranha atração. Mas eu não iria dizer isso para Miley. Na verdade, fiquei curioso para saber o motivo daquela pergunta. Por que essa preocupação com Dulce e eu?

- Que tipo de gostar você quer dizer?

- Deixa quieto - murmurrou ela.

Eu a encarei tentando decifrar o que ela estava querendo.

- Eu e ela somos amigos, nada mais. Por que perguntou?

Ela começou a ficar vermelha. Pelo visto, eu precisava tomar cuidado com o que perguntava para não mata-la de timidez. Ela começou a mexer em uma mecha de seu cabelo.

- Por nada. Só que você parece gostar dela...

Pareço? Isso não é bom. Se Miley achava isso, quanto tempo iria demorar para o tanque de guerra também achar? Mesmo assim, eu não gostava dela, essa era a verdade.

- Ela tem namorado. Não posso gostar dela.

- Nesse caso, você gosta, mas não pode - concluiu ela.

Ela entendeu errado. Mas o que eu disse realmente dava essa impressão. Miley não era nem um pouco bobinha como a ruivinha me dissera. Nem um pouco.

- Eu não gosto e não devo gostar - calculei minhas palavras para ela entender agora.

Por que estavamos conversando sobre a Dulce? Que eu saiba, iriamos falar sobre nossos textos. Aquele papo era totalmente sem utilidade. Me levantei, ela me olhou tentando entender minha atitude. Abri a porta do carro e peguei o caderno que ela me dera na faculdade. Ela só entendeu quando eu voltei com o caderno em mãos.

- Demorei?

Ela me enviou um sorriso.

- Agora posso ler algum texto seu? - perguntei.

- Pode, mas não são muitos bons.

- Tenho certeza que são.

Abri em uma folha qualquer. O titulo dizia: " Perigoso amor". Contava a historia de uma garota que estava prometida a um homem poderoso desde que nacera. Mas que por causa do destino ela conheceu um garoto no qual se apaixonara perdidamente. No final, ela acaba morta pelo prometido por causa do amor pelo garoto. O rapaz mata o homem em nome da vingança e depois se exila de todo o mundo. Na parte final, ele cria um diario contando todos os momentos magicos que vivera com sua amada e em seu ultimo verso ele escreve: "Perigoso amor esse que a matou, porque ao perder sua vida ela levou a minha."

Não olhei toda a historia naquele momento, mas realmente estava impressionante. Sua narração, descrição, até mesmo as roupas usadas por eles tinham minuciosos detalhes contados. Miley tinha vocação para ser escritora.

- Por que não faz um curso de letras como eu? - perguntei.

- Meu pai... ele quer que eu fassa publicidade.

Há sim! Acho que ainda não mencionei, mas Miley, a ruivinha e Poncho fazem curso de publicidade na sala ao lado da minha. O tanque de guerra eu ainda não sabia, mas provavelmente era educação fisica ou algo que envolve-se musculos... não tenho idéia.

O que me chamou a atenção era que o pai de Miley começava a me parecer um pouco ameaçador. O.k, ele queria que a filha segui-se a mesma carreira que ele. Ainda assim, priva-la de aprimorar suas habilidades - que eram fantasticas - em escrever por causa de um legado me parecia errado.

- Eu entendo. Meu pai também era desse jeito.

Sim, meu pai queria que eu fosse um chefão do crime. Eu odiava a ideía, é claro!

- Gostou? - ela me perguntou meio sem jeito.

- Adorei! Você tem muito mais talento que eu.

- Não seja bobo. Tenho certeza que você escreve melhor.

Acabei esquecendo meus cadernos novamente. Aquela faxina acabou tomando todo meu tempo e concentração e lembrar dos textos seria a ultima coisa que eu conseguiria fazer.

- Esqueci denovo. Prometo que trago amanha na faculdade.

O sr. Bigode apareceu com uma bandeja nas mãos. Ele novamente deu uma piscade-la para mim. Levantei uma sombrancelha tentando entende-lo. Na mesa, surgiu dois pequenos pratos de porcelana com um pedaço de bolo em cada. Era de uma massa branca e sequinha com um recheio de bombons de chocolate branco e um cobertura de baunilha moldada em espirais. Realmente parecia deliciosos.

- Bom apetite.

Ele se retirou. Pegue o pequeno garfo ao lado do prato e recolhi uma pequena porção. Nunca havia provado um bolo tão gostoso como aquele. Com certeza, eu voltaria ali para experimentar denovo.

- Esta tão gostoso quanto eu me lembrava - comentou Miley.

- Muito bom mesmo.

Notei que havia um pouco de cobertura perto a boca dela. Peguei um guardanapo e levemente passei no rosto dela. Ela ficou totalmente vermelha, acho que até mais do que quando a convidei para sair.

- Você está vermelha - comentei.

- Seu engraçadinho - ela disse ainda com vergonha me mostrando a lingua.

Lembrei instantaneamente de Dulce. Ela fazia do mesmo jeito para Taylor quando ele brincava com ela - parece dificil de acreditar, mas ele era até carinhoso, um feito e tanto com aqueles musculos ameaçadores.

Conversamos sobre alguns estilos de historias que gostavamos de ler e escrever. Debatemos sobre os livros que estavam fazendo susseço no momento e citamos sobre alguns de nossos autores prediletos. Ela obviamente gostava mais de romance, já eu de fantasia e aventura. Mesmo com nossas diferenças foi uma conversa legal.

O sol comessava a descer ao oeste quando há levei para casa. Não falamos nada no carro. Liguei o radio para não ficar naquele silencio irritante. Após alguns minutos chegamos no bairro nobre onde ela morava. Ela me enviou um sorriso em despedida e saio do carro.

- Gostei da conversa. Que tal outro dia repetirmos a dose? - perguntou ela.

Espera ai! Ela tava me convidando para sair?

- Vou olhar em minha agenda e depois te dou uma resposta.

Ela me mostrou a lingua denovo. Na hora eu jurei que parecia que a Dulce estivesse no lugar dela. Como as duas se pareciam nesse sentido... Miley me deu um adeus com a mão e entrou em sua casa.

Seguindo para meu lar, lembrei de que Poncho não havia me dito o que Anahí queria com ele. Não estava tarde e provavelmente ele estava em casa, então decidi visita-lo. Passou-se uns trinta a quarenta minutos, tudo por causa do transito que testava minha paciencia. A noite já havia chegado quando cheguei em sua rua.

Bati na porta varias vezes, mas ninguem atendia. Ele não estava. Seguindo de volta para meu carro, olhei para a janela da casa da ruivinha. Estava iluminada. Não sei o que passou em minha cabeça naquele momento, mas decidi visita-la. Por que não?

Bati em sua porta e logo ela apareceu. Novamente estava com uma expressão de surpresa no rosto e novamente estava suada e com os cabelos bagunçados.

- Posso conversar com você? 

   Tem capitulo especial essa semana. Valeu por todas que leram e comentaram.