Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

Cap. dedicado a @loneraduarte que não comenta muito, mas que espero estar gostando da web.

Capítulo 73: Conseguimos

Voltei para casa com todas as palavras de Poncho em minha cabeça. Ele estava certo... eu precisava saber o que eu sentia por aquela garota. De certa forma eu já sabia, mas ainda assim, eu precisava confirmar meus temores. Vocês podem estar se perguntando: Por que ele pensa tão negativamente por  poder estar apaixonado por ela? É um sentimento tão bonito...

 Tenho dois motivos para estar assim. Primeiro: porque aconteceram certas coisas em meu passado que me ensinaram algumas verdades sobre a vida... E segundo: eu sou filho de um chefe da máfia. Têm namorado mais perigosos que esse? Vocês não fazem idéia do que eu já passei, dos perigos que enfrentei, das dores que senti por carregar esse fardo de ser filho dele. Parece até que eu o odeio, e seria mentira se eu disse que não, mas ele era o meu pai e de certa forma sempre se preocupou comigo... ou quase sempre... posso dizer que tenho mais motivos para odia-lo do que para amá-lo. Mas família é algo que valorizo, e preciso me importar com ele... É algo complicado de explicar, você odiar alguém e ao mesmo tempo amá-la...

Cheguei em casa, e novamente a Tay não estava. Dessa vez, havia um envelope e cima da mesa. O abri e encontrei um pequeno papel junto a algumas notas de cem. Nele, estava escrito:

"Precisei viajar a pedido do seu pai. E NÃO é o que você está pensando! Volto na segunda.

Ps: Esse dinheiro é para você. Sei que está com problemas então O ACEITE!

                                                                                                                                      Bjs."

 Querendo ser autoritária até mesmo em bilhetes... Guardei o dinheiro na carteira mesmo pensando em não usá-lo, mas afinal de contas, eu estava precisando mesmo. Só esperava que esse não tivesse vindo do serviço anterior que ela havia feito... Não, Tay sabia muito bem a maneira como eu pensava sobre esses assuntos. E que raios de guarda-costas é essa que não me protege e que só vive viajando agora? Pelo menos eu não tinha mais uma baba e podia levar a ruivinha até seu pai sem precisar me preocupar com ela bisbilhotando.

Segui para o meu quarto, guardei os matérias, tirei a camisa - que calor estava fazendo naquele dia, nem parecia que havia caído um dilúvio há alguns dias atrás - e peguei meu livro para retornar a escrever. Passei a tarde toda daquele modo. Perdi a conta de quantas paginas havia escrito e cerca de um mês que havia se passado. Faltava bem pouco agora para eu terminar, mas ainda não tinha um final decidido. Precisava pensar em um perfeito, mas estava difícil.

A noite chegou. Tomei um banho e decidi dormir logo. O outro dia prometia e eu estava ansioso para que ele chegasse logo. Deitei na cama e tentei dormir. No fim, acabei me lembrando do que a Miley havia me dito sobre o Robert. Pelo visto ele realmente estudava naquela faculdade... alguém devia conhecê-lo. Mas ele não me preocupava tanto assim, apesar de estranhamente saber o meu nome... - eu usava um nome falso na matricula, pelo menos um sobrenome falso por causa do meu pai, mas ele sabia meu sobrenome verdadeiro... -, mas como ele sabia? E será que ele também sabia de quem que eu era filho? Com certeza, esse cara era um mistério...

Outra coisa que somente naquele momento eu havia pensado era em como o Daniel reagiria ao saber da noticia. Certo, ele iria ficar bem zangado, e havia uma remota chance dele contar a policia sobre a Tay. Seria uma vingança que me atingiria. E o que mais me intrigava, por que ele não falou dela até agora?

Passei boa parte da noite pensando nisso. Dormi sem nem perceber e acabei acordando com o despertador. Me levantei sonolento e segui para o banheiro. Tomei um banho rápido e arrumei meus livros. Nem tomei café da manhã, até porque Tay não estava em casa - confesso, me acostumei com os cuidados dela... - e peguei o carro. Dessa vez, passei no posto de gasolina para encher o tanque - tive que usar o dinheiro que ela havia me dado - e segui para a casa da cabelos de fogo. Ela estava sentada em frente a sua casa, me esperando. Buzinei com o carro e ela veio apressada.

- Bom dia! - ela disse animada.

- Bom dia... - eu estava com vergonha de olhar para ela, principalmente porque me lembrei da conversa ontem com o Poncho.

- Ainda lembra do plano? - perguntou ela.

- Claro! Mas será que o seu...

- Ele vem Christopher! Não se preocupe com isso.

- O.k...

Chegamos na faculdade rapidamente, sendo ajudados pelo trânsito que estava calmo naquela manhã. Estacionei o carro em uma vaga e saímos seguindo em direção ao portão. Havia muita gente no pátio central. Consegui avistar a Maite ao longe junto com o Cristian. Anahí não estava ali, mas eu sabia que ela viria.

- Vou procurar o Taylor - falou a cabelos de fogo seguindo pela multidão.

- Não prec... - mas ela já estava longe.

Me dirigi para minha sala. Conversei com alguns colegas e logo o sinal tocou. As aulas passaram bem lentamente dessa vez, obviamente porque eu estava esperando que o sinal tocasse e justamente naquele dia nós só teríamos aula no primeiro período e quinze minutos de intervalo então seriamos liberados. As coisas estavam indo bem ate demais.

O sinal finalmente tocou. Sai da sala primeiro que todo mundo. Na porta, só estava Miley me esperando. Ela confirmou com a cabeça, era o sinal de que tudo estava em ordem. Nos dirigimos até o pátio central. Ao canto esquerdo, perto a uma coluna estava toda a top society - incluindo o bombadão - e a ruivinha. Confesso que não acreditei que aquelas pessoas que eu chamava e afirmava serem um bando de idiotas que se achavam os maiorais, estavam fazendo finalmente algo certo por aquela faculdade. Me aproximei com a Miley e todos nos cumprimentaram - menos o Taylor. - A ruivinha estava ao lado dele e precisei fechar meu punho para me segurar. Calma! Christopher... calma... por que esse ciúme idiota?

- Vamos lá pessoal! Seguindo o plano - disse a Miley.

Estranhei o jeito como ela estava naquele dia. Parecia tão determinada quanto eu ou a ruivinha. Nunca imaginei que ela mudaria tanto e de certa forma tão rápido. Talvez ela já fosse assim, mas escondia por algum motivo. Se eu havia feito ela se abrir, era algo que me fazia ficar feliz.

Seguimos para o outro lado, todos. Daniel não ficava no pátio do refeitório como a maioria. Ele tinha uma mesa reservada no pátio central assim como a Maite e o Cristian. Enquanto seguíamos, muitos alunos olhavam provavelmente espantados por verem toda a top junta. Eles deviam saber que algo iria acontecer e começaram a seguir ao longe também. Daniel estava cercado por duas garotas e quatro rapazes - dois deles, os seus guarda-costas. -

- E então eu disse... - falava o Daniel sorrindo para os amigos, quando percebeu que todos olhavam para nos.

Ele se virou e no momento que me percebeu e  as pessoas que estavam ao meu lado, se levantou.

- O que vocês estão fazendo aqui? Aconteceu algo? - ele estava muito nervoso. - Vocês... - ele falou olhando para mim e a ruivinha...

- Começa aqui a reunião de numero trinta e cinco da top society! - Anunciou Maite em alto e bom tom - O tema: Expulsão do representante Daniel Cardoso Pertov por uso abusivo do poder.

Pertov... acho que já ouvi esse nome... Daniel parecia totalmente assustado com o que estava acontecendo. Ele não fazia idéia do que nós havíamos feito, ele não achava que teríamos coragem para agir. O pessoal começou a amontoar-se ao redor, percebendo que realmente algo estava acontecendo.

- O que isso quer... - começou a dizer o Daniel, mais nervoso ainda.

- Começamos a votação! - interrompeu Maite. - Quem for a favor pela expulsão pelos motivos aqui explicados diga sim. Sim!

- Sim! - falou Cristian.

- Sim! - disse Anahí.

- Sim... - confirmou Taylor.

Daniel olhou para o Taylor como se disse-se " por que?" mas não disse nada. Depois se virou para mim. Eu confesso que estava com um enorme sorriso no rosto e tentava gravar aquele rosto assustado e surpreso para nunca mais esquecê-lo. Ele serrou os punhos, havia lagrimas aos seus olhos de tanta raiva. Seus dentes estavam cerrados.

- VOCÊ! - ele apontou para mim - VOCÊ FERROU COMIGO! EU TE AVISEI! - e veio em minha direção tentando me socar.

Quando eu ia me defender, alguém se interveio em minha frente. Anahí soltou um tapa tão forte no rosto dele que ele caio no chão.  

- CHEGA DANIEL! - ela estava bastante abalada também - CHEGA COM ESSA PALHAÇADA! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR NADA! CALA ESSA BOCA!

Nunca vi a Anahí tão zangada e acho que todo mundo também se surpreendeu. Daniel olhou para ela com tanta fúria que achei que ele iria para cima dela. Mas ao invés disso ele se levantou, bateu na calça para tirar a poeira e apontou o dedo para todos nos.

- Vocês vão se arrepender de terem feito isso. Vão perceber que sem mim essa merda de faculdade e essa porra de grupinho não vão durar nada. EU ERA QUEM FAZIA TODO O TRABALHO! EU QUEM COLOCAVA ORDEM NESSE LUGAR!

- VOCÊ AMEAÇAVA A TODOS. VOCÊ ERA UM DITADOR E COMO TODO DITADOR UM DIA ACABA PERDENDO O SEU POSTO! - eu gritei.

Daniel avançou novamente em minha direção e dessa vez a Anahí não interrompeu. Ele era muito lento e era fácil prever os seus movimentos, mas quando iria desferir o soco, o Taylor segurou pelo seu braço o interrompendo.

- ME SOLTA! - gritava tentando tirar o braço da mão do Taylor. Era impossível... - VOCÊS DOIS FASSAM ALGO! - ordenou para os dois guarda-costas.

Eles ficaram imóveis, apenas o encarando.

- Não! Você não manda mais em nos!

Daniel conseguiu se soltar milagrosamente e saio correndo sem direção. O sinal tocou, era hora de ir embora. Todos ao redor, bateram palmas para nos. Taylor olhou para mim, me encarando, soltou um risinho e saio com os braços cruzados. Dulce e Miley vieram em minha direção. As duas irião me abraçar, mas olharam uma para a outra e desistiram.

- Conseguimos! - falei vibrando.

Finalmente, conseguimos...

Divulguando minha outra web que ainda esta no inico, mas vou poxtar assim que puder: Lost Memories (Vondy)