Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

Depois de varios caps. especiais voltando ao normal

Capítulo 80: Alguem Especial

A noite ja havia chegado ha algum tempo. Eu estava sentado em uma cadeira no quintal da casa do pai da Dulce. Se o jardim já era florido, imagine o quital... não há como descreve-lo se usar as palavras colorido e maravilho. Mas eu estava admirando naquele paraiso florido algo bem diferente das flores. A lua cheia iluminava aquele lugar como se o sol ainda estivesse sobre o ceu. Havia quase anos que eu não parava para admira-la, algo que antigamente eu sempre fazia quando queria refletir sobre algum assunto.

Ver a ruivinha chorar de felicidade me trouxe um sensação de que eu consegui cumprir também com meu desejo. Até aquele momento eu não tinha certeza se conseguiria me afastar dela... eu não sei se conseguiria explicar a situação na qual o namorado dela havia me metido, mas faze-la feliz dquela maneira já ameniasava as coisas para mim, pois agora eu poderia me afastar... Mas isso não era bem o que eu estava pensando enquanto eu olhava para a lua. Na verdade, ver a cabelos de fogo revendo o seu pai só me mostrou o quanto a  familia é importante... e me fez lembrar a maior perda da minha vida...

Eu não queria mesmo contar sobre esse assunto, mas eu precisava desabafar com alguem, mesmo que fosse para algo sem vida como a lua. Minha vida nunca foi tranquila e monotona como eu menti descaradamente nas primeiras linhas dessa historia... se eu disse aquilo era porque eu queria ter a ilusão de não ter passado por tudo que ja vivi, por todo o sofrimento que senti. Eu desejava ter uma vida normal, uma vida monotona e sem nada de especial, porque para mim esse tipo de vida seria especial. Mas o que me fez pensar da maneira que penso hoje começou quando eu tinha dez anos.

Até aquele epoca, para mim, ser filho de um mafioso só tinha beneficios. Eu estudava, praticava esportes e aprendia variados estilos de luta. Nunca me sentia sozinho, pois minha guarda-costa Tay sempre estava comigo. E eu também tinha a minha mãe e o meu pai, as duas pessoas que eu mais amava. Mas naquela noite eu descobri o que realmente era ser um Unckermann, de ter como pai um lider da mafia.

Eu estava com minha mãe em meu quarto. Conversavamos sobre algumas manobras de surf - ela era uma surfista antes de se casar com meu pai e havia me ensinado esse esporte desde pequeno.- Meu pai estava em outra sala, conversando com alguns de seus membros sobre a Edolas. Nossa familia morava em uma mansão numa ilha isolada do Pacifico. Um lugar escondido de todo o mundo, onde poderiamos viver sem nos preocupar com os inimigos de meu pai - que não eram poucos - e onde eu vivi por toda a minha vida. Tay estava como sempre, ao meu lado, escutando minha conversa com minha mãe e sorrindo quando eu contava  sobre o belo caldo que eu havia levado no dia anterior. Minha guarda-costas tinha a minha idade e estava na nossa familia desde que tinha cinco anos e naquele tempo parecia um anjinho que havia caido do ceu com aqueles caixinhos dourados.

- Chris, está ficando tarde - falou minha mãe - Você precisa ir dormir.

- Ainda são dez horas, posso aguentar muito mais.

- Para de ser teimoso... parece que nunca vai crecer - falou Tay, me provocando.

- Ora sua...

Um dos membros entrou pela porta.

- Ele está esperando pelos dois no escritorio.

- O que ele quer?

- Ele me pedio apenas para chama-los.

O homem se retirou. Olhei para a mamãe com preocuação e ela expressava o mesmo. Meu pai nunca nos chamava para as suas reuniões, então motivos para nos preocupar nós tinhamos. Minha mãe segurou minha mão e junto saimos do quarto. Tay estava logo atraz, me seguindo.  O escritório ficava logo ao lado. Havia um homem na porta, ele olhou para a minha mãe e abrio fazendo uma pequena reverencia.

Era a primeira vez que eu entrava naquela sala e eu confeso que esperava algo muito mais impressionante - eu era proibido de entrar lá dentro, então imaginava o que tanto me escondiam - onde havia somente uma enorme mesa de madeira estendida ao centro do local. Quadros milionarios enfeitavam as paredes e em uma das paredes havia uma enorme janela que ia praticamente do teto ao chão e estava coberta por uma cortina vermelha. Na mesa, havia quatro pessoas sentadas. Eram homens de ternos pretos e caros e uma taça com vinho na mão. Ao centro da mesa, um deles me olhava com dureza, esperando que eu não fizesse nada de errado. Era o meu pai.

- Boa noite - falou minha mãe.

- Boa noite - eu disse vendo que se eu não falasse algo de ruim poderia me acontecer...

- Essa é minha esposa Luna e esse é o meu filho Christopher - apresentou meu pai aos homens ao seu lado.

- O seu filho creceu bastante - comentou um dos homens - É ele o herdeiro?

Herdeiro? Eu pensei. O que aquele homem estava querendo dizer com isso?

- Sim, ele sera o sucessor desse meu imperio - ele falava imaginando um futuro grandioso... 

Minha mãe não gostou nada daquilo.

- Sucesssor? - ela disse não acreditando - Você quer levar nosso filho para essa vida? 

- Luna! - repreendeu meu pai - Por favor eu não...

Alguem entrou apressado pela porta. O homem estava ofegante e parecia muito preocupado.

- Desculpe interrompe-los, mas a mansão está sendo atacada. 

- Como assim atacada? - disse meu pai.

Uma exploxão soou vindo la de fora. Pela enorme janela podiamos ver a enorme bola de fogo subir e iluminar o local. Meu pai assim como todo mundo daquela sala, foram olhar o que estava acontecendo. Pela janela, podiamos ver varios tiros rasgando pela escuridão vindo da mata que cercava aquela mansão. Outra explosão aconteceu, dessa vez de um carro da Undead que estava sendo usando na defesa.

- Eles nos descobriram! - falou meu pai com um medo em sua voz que eu nunca havia escutado - Como...

- Você nos trouxe para a morte!  -gritou um dos homens agarrando o meu pai pelo terno -  Nos disse que esse lugar era seguro!

Estavamos no segundo andar, então podiamos ver com clareza tudo que acontecia lá em baixo. Trocas de tiros começaram a aparecer a todo canto.

- Ytan!- faluo meu pai para o homem que havia trazido a noticia - Leve esses senhores até o heliporto e tireos daqui agora!

- Sim senhor! 

Ytan pedio para os homens os seguirem. Quando eles sairam pela porta, uma nova explosão soou lá fora. Eu já tão apavorado que minha pernas tremiam.

- Tay, meu pequeno anjo - falou meu pai - Vou precisar de sua ajuda. 

- Sim senhor! 

Minha amiga não aparentava estar com medo. Na verdade ela parecia estar tendo a prova de sua vida. 

- Luna, você precisa sair daqui - disse o meu pai.

- Não vou embora sem você!

- Eu tenho que pegar algumas coisas importantes, vá para o heliporto com o Christopher.

- Mas...

- Escute o que digo! A segurança do nosso filho é o mais importante agora!

Ela ainda queria exitar, mas meu pai conseguio a convencer. Uma nova explosão fez o chão tremer. O telefone do meu pai tocou.

- Eles entraram? -ele gritou não acreditando - Que raios de guardas são vocês? Acabem logo com isso! Alo? Alo?

Esse era o sinal para nos apressarmos. Minha mãe pegou em minha mão e me puxou para fora daquela sala. Havia muitas guardas andando pelo corredos, todos com armas bem pesadas - no sentido de poder detonar um tanque de guerra - e a sensação de estar em uma guerra era eminente. Minha mãe me levou para um outro escritorio do meu pai.

- Mãe, por que a senhora... - eu tentei perguntar.

- Chris, eu vou ajudar o seu pai. Fique aqui e se esconda, prometo que volto logo. 

Ela me deu um beijo na testa e saio por aquela porta. Eu me escondi em baixo da mesa e só conseguia escutar os tiros e exploções a todo momento. Os minutos foram passando e eu sentia que aquela situação não acabaria nunca. Escutei gritos vindos do corredor e parecia da minha mãe. Eu sai do meu esconderijo e abri a porta. Ao chão do corredor, com uma enorme mancha ao peito direito estava a minha mãe. Tay estava chorando em cima dela e duas armas - uma preta e outra prata - estava ao seu lado. Meu pai estava de joelhos socando o chão e gritando o nome de minha mãe. Havia outro homem ao chão logo adiante, de onde provavelmente teria vindo o tiro.

Eu não conseguia pensar em nada. Minha respiração havia parado, meu corpo gelado, minha alma se apagado. Andei lentamente até ela com meu rosto marcado pelas lagrimas.

- Christopher! - falou meu pai - O que você está fazendo aqui?  Tay!

Eu pude ver sangue saindo da boca de minha mãe. Sua pele perdendo a cor, seus olhos perdendo a vida.

- MÃE! - gritei desesperado - MAMÃE!

Tay me pegou pelo braço e tentou me puchar. Eu tentei reagir. Eu precisava toca-la, precisava saber se ela realmente... tinha partido... 

- Christopher! - falava Tay me puxando.

Outra explosão aconteceu bem perto de onde estavamos e eu acabei desmaiando. 

Esse dia me assombra todas as noites. A morte dela me lembra que não há felicidade se você não estiver perto de quem ama. Aquele dia me mostrou que não era uma benção ser um Unckermann, era uma maldição. Ele, o meu pai, foi o culpado. A Edolas haviam invadido o local com o objetivo de matar ele, minha mãe e eu. Por que meu pai não escutava quando ela dizia para eles abandonarem aquela vida? Por que ele não percebia que só nos colocava em perigo? Por que ele não via que a vida que ele estava tendo, só trazia a morte? Por que ele havia deixa ela morrer? Por que?

Foi naquele dia que eu comecei a odiar as mafias, que eu comecei a odiar todas as injustiças que o mundo trazia, o dia em que comecei a odiar meu pai... O dia em que a Edolas havia pela primeira vez, me mostrando as suas garras - e aquela era a primeira de muitas...- Pensando em tudo isso, olhando para aquela lua, não resisti a deixar uma lagrima aparecer, uma lagrima que veio por causa dela... Alguem apareceu e sentou-se ao meu lado logo em seguida.

- Você estava chorando? - perguntou a cabelos de fogo.

- Não... apenas me lembrando de alguem especial...