Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

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Capítulo: Capítulo 82: Uma flor morta...

 

Capítulo 82: Uma flor morta...

 

Estávamos tomando café da manhã. O pai de Dulce havia feito um café para nós. A casa não tinha uma mesa para sentar, então tivemos que comer no quintal. Eu não me importei, até porque com aquela bela paisagem e sentado ao lado dela, nada mais me incomodava.

Nunca pensei em minha vida que encontraria alguém como a ruivinha e muito menos que fosse acabar me apaixonado por ela. Depois de tanto repetir em minha cabeça para não me envolver com garotas, para não ficar muito próximo delas, eu acabei me apaixonando por uma e me envolvendo de uma forma que eu nunca faria no passado... Eu ignorei meu objetivo, minha meta... mas no lugar ganhei algo muito maior.

Naquele momento, sentado ao lado dela, milhares de duvidas cercavam minha cabeça – algo que, como vocês sabem, acontecia sempre... – e a que mais eu precisava de uma resposta era: Eu devo me afastar de Dulce?

Estou mentindo se disser que eu não sabia realmente a resposta para aquela questão, mas eu não queria aceita-la e tentava encontrar uma resposta diferente, uma solução que não machuca-se a nos dois...

- O que você tanto pensa? – disse a cabelos de fogo, interrompendo-me. – Você parece preocupado... aconteceu algo?

- Não... só estou pensando mesmo...

Ela ficou me fitando. Dei um selinho em sua boca para ver se ela parava de me provocar e ela se afastou sorrindo.

- Não adianta me beijar... um dia vou saber dos seus segredos... Christopher Unckermann...

Juro que tremi quando ela falou aquilo... Se ela soube-se de todos os meus segredos, com certeza, ela não me veria mais somente como um universitário normal...

- Filha – disse o pai de Dulce que só agora eu havia percebido que estava conosco – Quem é esse garoto?

A ruivinha olhou para mim e depois para o seu pai.

- Ele é...bem... ele é um amigo...

Sim... eu sou um amigo... me retirei do local no mesmo instante e sai em direção a porta que dava acesso a casa. Mas antes de eu entrar, escutei a cabelos de fogo gritar o nome do seu pai. Olhei para traz e vi que o homem estava de joelhos no chão, tossindo enquanto saia algo de sua boca... Corri para onde ele estava e pude notar que o que saia era sangue...

- Pai! – disse Dulce tentando ajudá-lo a se levantar. – O senhor está...

- Dulce, o que seu pai tem? Precisamos levá-lo a um hospital!

- Não – implorou o homem como se estive-se suplicando pela sua vida – Não me tirem dessa casa! Eu não vou embora! Não me tirem daqui!

- Calma pai!

Ele tossia ainda mais e sua boca já estava vermelha.

- Ele vai desmaiar Dulce! – falei percebendo que as pernas dele já tremiam – Vamos levá-lo logo para o hospital.

- Por favor! - gritou o homem abraçando as pernas de Dulce - Não me tirem daqui! – e logo depois ele desmaiou.

- Vou ligar o carro – avisei.

- Christopher, espera! – disse ela desesperada. – Não posso fazer isso com meu pai, ele... ele confia em mim... não posso tira-lo daqui...

- Dulce! Ele está sangrando! Seu pai precisa de um medico agora!

- Eu não posso...

E assim, ela o colocou em seu colchão no pequeno cômodo no qual ele dormia. Eu não estava acreditando que ela estava escutando o pedido de alguém que nem sabia a gravidade do que estava acontecendo... Passamos a tarde toda sentados ao lado do colchão... Algumas vezes o homem tossia e sangue voltava a aparecer em sua boca. Seu corpo estava muito magro e ele estava muito velho e debilitado, não poderia aguentar aquela situação por muito tempo...

- Pai... – ela dizia chorando, olhando para o homem dormindo em sua frente – Você ficou doente... tudo porque eu não cuidei de você... tudo porque me afastei...

- Ele deve estar assim há muito tempo, provavelmente já teve outras dessas tosses, mas não deve fazer idéia do problema que tem... – segurei na mão de Dulce, que estava tremendo – Você precisa me escutar...

- Não posso... ele me pediu...

- Mas Dulce...

- Christopher... essa casa foi a moradia dele durante muitos anos... – ela olhou para as rosas brancas que estavam espalhadas pelo local – Essas flores foram à única companhia dele nesses anos... eu imagino a dificuldade que foi conseguir cultivá-las. Meu pai não tem muita facilidade para aprender as coisas, mas ele aprendeu a cultivar flores simplesmente para poder cuidar das rosas brancas que mamãe e eu tanto gostamos.

- Eu entendo, mas deixá-lo sofre aqui é errado. Se não levarmos ele para um hospital...

- Por favor Christopher, deixe eu cuidar dele – ela dizia enquanto chorava – eu sei que você está assim por causa do que eu falei lá fora.

Eu não disse mais nada... Dulce virou seu rosto para me olhar.

- Eu estou apaixonada por você...

- Não precisa mais dizer isso...

- O que você está insinuando?

- Nada... eu sei que você ainda gosta do Taylor... Agora se preocupe com sei pai!

Ela me encarou profundamente.

- Você sabe do que? Pare de falar como se soubesse de meus sentimentos! Eu gosto de você!

Dulce precisava para de falar aquilo... só estava dificultando as coisas... O pai dela começou a tossir de novo e dessa vez ele acordou.

- Dulce, é você? – perguntou o homem abrindo um pouco seus olhos.

- Sim pai, por favor, fique descansando.

- Onde estamos?

- Em casa.

- Minhas flores, onde elas estão?

Eu peguei um pequeno pote onde uma rosa estava plantada e entreguei para ele. O homem devagar a aproximou de seu rosto até poder vê-la e deixou um sorriso aparecer de felicidade. Impressionante ele conseguir sorrir naquele estado...

- Eu fiquei sozinho quando você saiu... – ele tentava dizer olhando para a sua filha – As flores me diziam para não ficar com medo... Diziam-me que você logo viria... e você veio...

A tosse foi ficando mais forte e mais sangue escorreu pela boca dele, sujando a sua camisa. Eu não aguentava mais vê-lo daquela maneira... eu precisava fazer algo...

- Eu sei que sou um péssimo pai... sei que sou um idiota e que me chamam de maluco... Mas eu não queria ser assim – ele começava a chorar também, ao seu lado a pequena rosa branca estranhamente começava a murchar – e mesmo depois de sua mãe ter saído para passear sem mim – ele ainda achava que sua mulher estava viva – você estava comigo... você não foi embora também...

- Pai, eu... – Dulce estava chorando muito.

- Obrigada... obrigada por ser a minha filha... Espero que esse rapaz sempre esteja ao seu lado, mesmo eu achando ele estranho ele parece ser um bom homem... – ele tossiu mais uma vez, dessa vez muito sangue sio pela sua boca o fazendo quase engasgar – Eu já falei que... essas flores são as prediletas da sua mãe?

- Sim... pai? Pai? – começou a dizer Dulce se desesperando.

O homem havia fechado os olhos. Sua pele estava pálida e gelada. A rosa branca ao seu lado, morta...

- PAAAAAAAAAAAAAI! – gritou Dulce em desespero.

Puxa, quantos cometários *-*, muito obrigados a vocês leitores por acompanharem e continuarem comentando. Fico muito feliz por ter conseguido esse numero grande de leitores sem nunca ter pedido para divulgarem nem nada. Espero que signifique que minha web esteja agradando a vocês e espero conseguir mais leitores. Até...

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