Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

Capitulo 08: Taylor me parabeniza

Não consegui dormir a noite. O motivo? Ela. Simplesmente por causa dela. Aquela dança rondava a minha cabeça, fazia meus sentidos delirarem só de lembrar. A cabelos de fogo me transformava quando eu estava perto dela. Eu não conseguia me reconhecer quando a tocava, quando olhava o brilho dos seus olhos.

Ao rolar pela cama, lembrei do pequeno texto que escrevi na noite anterior por causa dela. Me levantei, segui para a pequena mesinha ao lado da minha cabiceira, retirei o papel da única gaveta que ela tinha e comecei a escrever novamente. Era como se o que eu escrevia fosse o espelho do que eu estava sentindo. Eu consegui me ver naquelas palavras, naquela odiavél historia de amor que nunca achei que escreveria em minha vida. Mas não pensem que era uma historia de amor sobre mim, não pensem. Era só uma historia idiota.

 Paixão era um sentimento que eu não conhecia, muito menos amor. Mas eu não poderia estar sentindo aquilo. Para mim não era nenhum desses sentimentos. Era algo desconhecido, algo que eu ainda não havia explorado e que tinha medo de desvendar.

Lembrei que eu não havia perguntado se Poncho queria que eu desse carona a ele para ir a faculdade. Procurei meu celular e liguei para ele. Eram quase duas da manhã, provavelmente ele estaria dormindo, mas liguei mesmo assim. Chamou algumas vezes até uma voz gemer um "alo" do outro lado da linha.

- Desculpa te acordar, mas...

- Christopher, é você?  - ele parecia ter levado um choque ao me escultar. - O que aconteceu quando...

- Não quero falar sobre isso - interrompi bruscamente.

- O.k, entendi... por que me ligou então?

Lhe expliquei minha idéia e ele gostou,mas pediu uma condição. Que eu levasse Dulce também. Na hora, a proposta não me agradou em nada, mas Poncho me explicou que ela pegava o mesmo número de onibus que ele - ou seja, tres - para chegar até a faculdade. Imaginei ela tendo que acordar bem cedo e confeso que fiquei com pena. Acabei concordando. Combinamos um horario para eu busca-los e ele me falou que iria avisa-la naquele instante. Pedi para fazer isso mais pela manhã, não queria que acordassem ela por minha causa.

- Até de manhã - despediu-se ele.

- Até.

Parei de escrever e me deitei. Acordei com muito sono pelo despertador do celular. Escovei meus dentes, banhei, comi uma maçã que estava na geladeira e arrumei meus materiais. O papel no qual escrevera na noite anterior estava no chão de meu quarto, peguei e o coloquei em minha gaveta. Eu poderia ter jogado fora e não sei porque não joguei.

Segui para a casa de Poncho. O trânsito estava calmo me fazendo chegar rapidamente. Estacionei o carro e bati em sua porta. Seus tios deviam estar dormindo, então torci para não te-los acordado. Esperando meu amigo aparecer, dei uma pequena espiada na casa ao lado. A janela estava iluminada, provavelmente ela estava se aprontando. Poncho apareceu me recebendo com um sorriso. Eu lhe recebi com um soco no braço.

- Ai! - bufou ele. - Por que fez isso?

Ele ainda teve coragem de perguntar? Não me dei ao trabalho de lhe responder.

- Cade ela? - perguntou Poncho.

Neguei com a cabeça, sem saber a resposta.

- Vou chama-lá, você vem?

- Pode ir.

Eu não queria ve-la, não queria encara-la, nem mesmo saber dela. Poncho me fitou e seguio para a casa da ruivinha. Encostei no meu carro esperando ele chama-lá. Após algumas batidas , ela surgiu. Se comprimentaram e seguirão em direção a carro. Senti um estranho friozinho na barriga. De longe eu sabia que ela me fitava do jeito que  sempre fazia. Entrei no carro evitando esse maldito olhar e o liguei. Poncho sentou na frente e ela atraz. Aquele perfume feminino invadio o ambiente e me lembrei da dança que tivemos. Sacudi a cabeça tentando esquecer.

- Algum problema? - perguntou Poncho.

- Não, nada.

Eu olhei para a cabelos de fogo pelo retrovissor, estava com uma tristeza em seu rosto.

- Vamos? - Poncho me apressou.

- Há, sim. Vamos.

Concentrar-me nas aulas sempre me aliviava dos problemas. Os exercicios começavam a aparecer aos montes e agora eu precisava encontrar um tempo para estudar, coisa que eu não fazia desde o primeiro dia de aula. Conversei com alguns colegas, mas nenhum era interressante ao ponto de cobinarmos algo depois das aulas. Meus amigos estavam na sala ao lado.

O sinal bateu. Sai da sala e avistei alguem que eu não esperava na frente. Ela me enviou um pequeno sorriso.

- Oi - disse Miley.

- Oi.

Poncho havia dito que Miley era muito timida ao ponto de não falar com ele por duas semanas. E agora, com um rapaz que ela conheceu há dois dias atraz, não apresentava tanta timidez assim. Confeso que eu não entendia o motivo para essa mudança, mas diferente de outras garotas, ela não me pediria para beijá-la.

- Trouxe?

Levei minha mão a testa. Como eu pude ter esquecido? Minha noite passada havia sido muito maluca e acabei ocupando minha mente com outras coisas.

- Desculpe - era tudo que eu poderia dizer.

- Tudo bem. Eu... - ela estava vermelha.

Percebi que Miley segurava um caderno atraz da costas. Agora me lembrei que ela também traria seu textos para mim ler.

- Posso ver?

Ela virou o rosto de lado e me entregou o caderno.

- Não leia agora - me implorou.

Confirmei com a cabeça. Ela ainda estava muito timida comigo, mas não me importava. Eu gostava do jeito dela, o que há tornava mais bela que Anahí e no mesmo nivel que Du... deixa quieto. Seguimos para a mesa. Na praça de alimentação, todos me olhavam, o motivo, eu não sabia. Ao chegar a mesa acompanhado de Miley, o idiota do Poncho me mostrou o seu já amaldissoado "legal" com o polegar. Revirei os olhos, me sentei e somente naquele instante percebi que a ruivinha estava na mesa e com ela o Taylor.

- Parababéns! - me disse ele.

Meu cerebro parou. Taylor estava me parabenizando? Pelo que?

- Para de ser bobo - disse a ruivinha lhe dando uns tapinhas no braço.

- Não entendi - falei.

Poncho chegou um pouco mais perto.

- Você é o primeiro garoto com quem a Miley andou em publico em toda a faculdade - sussurrou.

Ela provavelmente sabia do que Poncho me falava o que a fez corar e colocar o rosto de lado. Eu não me impressionei com meu feito. O que havia de errado em ela me acompanhar? Que bando de idiotas. 

- Preciso falar com você - disse alguem que havia chegado a mesa.

Todos nós viramos. A pessoa perguntara para Poncho. Tanto Taylor como eu, Dulce e Miley ficamos perplexos. Não sei qual era a expressão de Poncho, mas tenho certeza que era de surpresa.

- Anahí?