Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

Capítulo 92: Um beijo, uma lagrima

Lentamente, me dirigi para a sala de aula. Eu não estava nem um pouco me importando se o professor não me deixa-se entrar, e até pensei em sair da faculdade deixando meu material para traz. Eu não estava com disposição para nada, apenas queria me encolher em um canto escuro e tentar sobreviver a dor que me machuvava a todo instante.

No caminho para a sala, encontrei  com Tay e Nick no caminho. Os dois estavam encostados em uma das paredes do corredor. Nick olhando para o teto pensativo e Tay mexendo com os dedos das mãos em sinal de nervosismo. Passei por eles sem nem ao menos falar ou olha-los. Os dois apenas me olharam, talvez confusos ou percebendo que eu não estava para conversa. Eles começaram a me seguir como deveriam.

Cheguei a sala e bati na porta. O professor me deixou entrar, pois achava que eu “estava ainda em choque pelo que aconteceu com meu amigo Poncho”. Não sei como ele sabia que eu era amigo de Poncho e não faço ideia de onde ele tirou aquela suposição. Entrei na sala e todos me olharam. Alguns com desconfiança, outros com preocupação e até curiosidade. Pareciam quererem saber o que eu estava sentindo naquele momento. Bando de “sem o que fazer...”

Me sentei, diferente dos outros dias, no fundo da sala. Não queria ninguem me olhando ou cochixando sobre mim pelas costas, e eu não iria prestar a atenção na aula, pois toda a minha concentração, todos os meus pensamentos e reflexões estavam destinados a pessoa que estava a sala ao lado.

Me peguei em um momento, ainda tentado pensar em um modo de não precisar me afastar dela, mas já era tarde e eu sabia que outra solução não iria aparecer. Eu estava condenado a aquele sofrimento por mais quanto tempo? Nunca achei que iria sofre por causa do amor novamente, não depois do que ocorreu quanto a mim e Tay, mas eu estava terrivelmente enganado. E o pior era que a dor parecia insuportavelmente maior do que na epoca que me separei de Tay, talvez porque eu havia tomado a decisão de me afastar... talvez porque eu realmente gostasse da cabelos de fogo.

Uma lembrança veio a minha mente. A única que eu não desejava esquecer, o momento em que beijei Dulce naquele jardim. Ela revelando o seus sentimentos e confirmando os meus. Nossas bocas se tocando em um gesto de amor, em um gesto de desejo... por que eu não merecia a felicidade? Por que estava condenado a ser filho dele? Uma lagrima de raiva, de dor, de um sentimento de injustiça brotou de meus olhos.

Alguem se sentou em minha frente e tocou em meu ombro. Eu estava com a cabeça baixa, encostada aos braços e ao sentir o toque a levantei devagar.

- Christopher, por que está sentado aqui atraz? – era Miley. Seu rosto demostrando uma preocupação igualmente a de Dulce ao me ver naquele ginasio – Você... – ela encostou o polegar ao meu rosto limpando uma lagrima que o manchava – está chorando?

- Por favor... – falei em suplica – não venha mais falar comigo... eu quero que me deixe em paz... – tentei ser grosseiro. Eu precisava me afastar dela, não porque queria, mas por causa do risco de vida que ela estava tendo perto de mim – me deixe em paz!

Miley demostrou-se ofendida no primeiro instante, mas logo seu rosto mudou. Ela me conhecia muito bem para saber que eu não agia daquela forma e que havia algo de errado. Levou assim, sua mão ao meu rosto levemente.

- Ela lhe machucou... – concluiu, com um ar de “eu esperava por isso” – você deveria ter me escutado...

- Ela não me machucou, eu a feri – disse em resposta, lento e melancolicamente – eu lhe deixei confusa... eu estou a fazendo sofrer...

- Dulce ama o Taylor. Ela sabe disso, mas ainda assim quis bricar com seus sentimentos...

- Miley, por favor, não fale dela.

- Se ela gostasse de você, não teria lhe feito ficar desse modo. Se ela se importasse com seus sentimentos, teria largado o Taylor, mas veja, ela ainda continua com ele. Eu não gosto de falar dessa maneira de minha amiga, mas é a verdade. Dulce sempre bricou com o sentimento dos rapazes. Sempre quis testa-los, e por isso ela te levou para a nossa mesa. Mas quando eu te vi, e depois que te conheci, percebi que ela não deveria fazer isso com você. Você é diferente... é totalmente diferente dos outros e é essa diferença que me encanta.

Miley aprocimou lentamente seu rosto ao meu. Tocamos nossos labios levemente. No mesmo instante me lembre de Dulce, me lembrei do seu beijo doce, de seu leve cheiro de rosas brancas, a mesma flor que ela tanto adorava. Ao paramos de nos beijar, comecei a chorar e me levantei logo em seguida.

- Christopher... – ela disse meio assustada.

Me dirigi para fora da sala. Na saida, acabei trombando com Nick.

- Eu estava te procurando, achei que tinha saido da sala... – sai da frente dele e corri por aquele corredor – Ei! – ele olhou para dentro da sala e vio Miley olhando para o chão com um rosto sombrio de medo e duvida. Mas para Nick, aquele era simplesmente um anjo em forma de mulher, simplesmente perfeita. – Ei Cristopher!  - disse ele na esperança de ainda alcansa-lo logo depois de sair do transe – Quem é aquele anjo?