Fanfic: Plano B *Vondy* - Mini {adaptada}

Caramba olha pros meus pés... Estão horríveis. Se houver uma próxima vez tenho que me lembrar de cuidar deles.

Disse os colocando para cima, para vê-los melhor. Ela estava numa clinica de inseminação artificial, numa cama... Esperando para que o processo tenha sido terminado. O despertador tocou. O medico voltou.

- Senhorita Saviñón não há necessidade de ficar com os pés tão altos. Fique relaxada. – Tirano as luvas, que fizeram um alto estalo.

- Perdão. – os abaixando meio sem graça.

- Pronto, a senhora já pode se vestir. – ajeitando a cama para que ela descesse.

Sem falar mais nada ele se retirou e ela seguiu para o banheiro para trocar o roupão de clinica por suas roupas de costume.

Não demorou muitos minutos para que ela estivesse saindo da sala. Passou pelo corredor com os joelhos alinhados, como se estivesse com vontade de ir ao sanitário, e uma cara receosa. As pessoas a olhavam estranhando, foi quando o responsável pela inseminação [Doutor Cold] passou por ela e lhe sorriu compreensivo, mas sem para de andar.

- Senhorita Saviñón pode andar normalmente. Não haverá problemas. – ela assentiu e assim o fez. Ele voltou a olhar pra frente.

Lá fora chovia muito o primeiro taxi que ela colocou a mão passou direto.

Paciência, só por hoje, nada te tirará do serio.

Outro taxi passou e dessa vez parou. A bagunça tradicional de New York resulta nessas coisas: Assim que ela entrou no carro, por outro lado, entrou um jovem. O rapaz estava tão molhado quanto ela, mas nenhum percebeu o outro antes que falassem ao mesmo tempo seus destinos.

- Ei... – se queixou ele sendo interrompido por ela.

- Esse taxi é meu! – indignada.

- Não. Ele é meu! – retrucou.

- Meu!

- Meu. – disse ele por fim. Ela olhou pro motorista que nada dizia apenas olhava pelo retrovisor. O homem mais uma vez disse para onde gostaria de ir para o motorista e ela fez o mesmo. Ele permaneceu calado.

- Tudo bem, eu saiu. – disse ela conformada saindo do taxi.

- Não. Eu saiu. – fazendo o mesmo e fechando a porta com força.

 O taxi deu partida sem passageiros e um ficou olhando para cara do outro. Ele tinha um olhar desafiador, na verdade. Ela respirou fundo e deu meia volta. Havia uma estação de metro ali, bem próximo, menos de cinco minutos. Só quando ela entrou no metro que percebeu que o rapaz do taxi também fazia o mesmo. Fechou a cara e deu as costas. O metro estava cheio, havia pouco espaço pra escolher um lugar longe dali.

- É feio ficar de costas para as pessoas. – disse ela atrás dela.

- Por favor, mantenha distancia. – pediu naturalmente. Ele apenas foi para frente dela. – Você não tem mais o que fazer não?

- Não. – respondeu tranquilamente. Ela suspirou. O resto do caminho foi em silencio. Curiosamente eles desceram na mesma estação.

- Você não e muito de falar, não e? – ele disse andando logo atrás dela.

- Não com estranhos. – respondeu.

- Mas qualquer amigo ou pessoa querida foi um estranho algum dia. – disse sorrindo indo pro lado dela. Ela ficou calada.

- Me desculpe pelo taxi. Estava atrasado.

- Não esta mais?

- Agora o compromisso já deve esta acabando. Me desculpa?

- Ta... Me desculpe também. Fui um pouco arrogante.

- Deve ter tido um dia ruim.

- Não... Foi um ótimo dia pra mim.

- Estava com o namorado? – deu uma olhada pra ela.

- Não tenho... – respondeu e podia jurar que o viu sorrindo. – Você vai seguir reto? – perguntou para mudar de assunto.

- Na verdade vou virar logo ali a esquina. Você vai reto? – ela assentiu. – Então... – ficou sem saber o que dizer.

- Tchau. – disse ela passado a frente dele.

- Ei, olha. – ela parou e o olhou. Ele se agachou e pegou uma moeda de cinco centavos ao chão. – Dizem que da sorte. – dando para ela.

- Dá sorte, se você encontrá-la com o numero virado para cima. – disse ela colocando a moeda novamente no chão, da forma que disse. – Deixemos para que alguém que precise de sorte. – Deu um sorriso e voltou a andar. – Tchau.

- Tchau... – Ele disse e depois ficou por segundos olhando pra moeda. Pegou-a sem pena e a segurou como se fosse única. Aquele dia, foi único.

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bjs