Fanfic: ~⋆⋆Refugio de las estrellas⋆⋆~

O pronto socorro mais perto estava vazio. Isso lhe soara estranho quando entrara com Anahí ainda desacordada. Fazia exatamente três horas que chegara ali e não possuía nenhuma informação. O coração disparava sempre que passava alguma enfermeira, mas, sempre ouvia a mesma resposta. Não tenho nenhuma informação, diziam. A noite tornara-se madrugada e daqui a algumas horas o sol começaria a nascer.

Como ela reagiria quando visse ele ? Imaginou a pior reação e novamente a vontade de sair correndo dominou seu ser. Iria ser mais forte, por ela.

- O senhor é parente de Anahí Giovanna ? - uma enfermeira perguntou. O sorriso que ela lhe dera foi sugestivo. Balançou o corpo suavemente e passou as mãos pelo cabelo.

Indiferente, ele perguntou:

- Como ela está ? O que aconteceu ? Por que tanta demora ? - o turbilhão de perguntas atingiu a enfermeira, e só então, ela deu-se conta do papel que fizera. Era aparente o amor e a preocupação que aquele homem sentia pela mulher. - Eu só preciso de uma resposta...
- Ela está bem. A pancada foi forte, porém, sem sequelas. Ela só precisava descansar, o desmaio foi emocional. - ela informou e quando deu as costas, lembrou-se de algo. - Ela fraturou o pé. Vai precisar de cuidados especiais. Mais tarde, ela terá alta.

Ele sorriu. O coração acalmou-se e por fim falou:

- Posso vê-la ?
- Ainda não. - olhou o homem a sua frente e sentiu uma profunda compaixão. Não abandonara o hospital um instante sequer. - Com licença, senhor.

Dito isso, ele relaxou na cadeira. Não iria ver Anahí, ela teria uma surpresa. Pegou uma caneta e lápis e escreveu rapidamente. Depois, deixou com uma atendente e correu rumo ao carro. Amava aquela mulher.

Ela não sabia nada de sua vida. Tudo mudara, menos o amor que sentia por ela. Tornara-se um advogado conhecido e bem sucedido. Como Anahí fora para outro país, não sabia de nada. Subia a estreita ladeira e parou, observando a velha choupana. Sorriu e percorreu uma estrada mais íngrime. Parou o carro e desceu lentamente. O portão da bela e imponente mansão, era escondido por algumas árvores. Observou a casa e sentiu orgulho de si, construíra aquele lugar para Anahí.

Ao entrar na casa, assoviou e um grande boxer veio ao seu encontro. Abraçou o cachorro e o mesmo retribui-lhe com lambidas no ouvido do dono. Sorriu, pelas cócegas que sentia naquela região. E cantarolando, subiu as escadas.