Fanfic: ~⋆⋆Refugio de las estrellas⋆⋆~

Voltando ao presente.

As feridas continuavam abertas. E não iriam cicatrizar facilmente...

Jogando para o alto tudo o que sua cabeça fazia questão de lembrar, ela encaminhou-se até o carro e ligou os faróis. A choupana até então escura, recebeu um brilho a mais... Correu até a porta e sem pensar, entrou na bela casinha. Estava tudo arrumado, havia flores no pequeno jarro, o chão varrido. Não haviam paredes, existia apenas uma cama e no centro uma mesa que continha o jarro de flores... era tão simples e fora isso que fizera Anahí se apaixonar pelo lugar.

- Os melhores momentos eu passei aqui... ao seu lado Poncho. Sei que nunca mais terei você, tenho que me conformar né?

A amargura era evidente em seus olhos. Nunca mais teria Alfonso ao seu lado, os seus abraços, os sussurros que expressavam o quanto ele a amava, os beijos, a paixão... Demorara a entender que nunca mais teria aquele homem ao seu lado. A boca contraiu-se e a dor era evidente, havia ido embora e deixado o amor de sua vida para trás. Porém, Poncho nunca soubera da verdade. Era muito tarde para arrepender-se e mudar o final da sua história de amor.

Só então deu-se conta do pedaço de papel que havia em cima da cama. Olhou ao redor e tudo continuava da mesma forma. Quem ? Quem estava fazendo tudo aquilo? Passivamente, pegou o papel e sentou-se na cama.

" Os melhores beijos você desfrutou, mas, terrivelmente, sem explicações você nunca mais os teria. Lá... onde a água nasce, onde loucuras você cometeu, estão lembranças que jamais serão esquecidas. "

Aquele letra desengonçada e escrita rapidamente só poderia ser... Levantou-se e fechou a porta lentamente. Alfonso estava morto, lembrou a si, nunca mais você poderá acalmar-se com o seu abraço, jamais. As lágrimas brotavam novamente, estava ali e continuaria para ver no iria dar. E Anahí não sabia o que a esperava.

Encostada no carro, Anahí tentava decifrar o enigma do papelzinho. Só então lembrou-se que descendo um pouco a floresta, havia um riacho. E novamente, Alfonso voltou a sua mente.

- Annie, abre os olhos. Já chegamos. - ele subiu em uma pedra e abriu os braços. - Vem, pequena.

Parecia uma miragem, quando lentamente ela abriu os olhos e viu a pequena cachoeira que descia tranquilamente e formava o riacho. Sorriu, diante daquela surpresa, Alfonso era o único homem que conseguia fazer seu coração bater mais rápido e mais lentamente ao mesmo tempo.

- Como fui eu que descobri esse paraíso, esse lugar chamara Riacho do amor proibido... - ele parou por um instante e pensou no que havia dito. Suspirou e continuou: - Porém, o amor mais sincero e puro que existe. Anahí e Alfonso Herrera.

Ele chamou-a com a mão e vagarosamente ela subiu na grande pedra. O beijo que eles trocaram mostrava a cumplicidade, o amor... Um beijo calmo. Quando abriu os olhos, sentiu que Alfonso a empurrava na água gelada. A estrondosa gargalhada ecoou pela floresta. Era aquele amor, tão simples... que fizera com que Anahí lutasse por tudo que quisesse.

Um vento frio soprou e tentando aquecer-se, entrou no carro. Olhou o relógio, 02:30, não custaria muito esperar o dia amanhecer e voltar a recordar as maravilhosas tardes que passara naquele lugar. Ao lado de Alfonso... Encostou a cabeça no assento do carro e dormiu, cansada e triste por tantas lembranças... apenas lembranças.

O coachar de um sapo invadiu a imensidão da floresta, um gavião abocanhou a sua indefesa presa e quando ela abriu os olhos a visão foi surpreendente, o sol nascia e com ele mais um dia começava. Passou as mãos nos olhos e deu-se conta que ainda estava no carro, nada daquilo fora um sonho.

- Você ainda pode fugir. - falava, enquanto saia do carro. - Essa é a hora... Mas, por que você é tão teimosa Anahí ? - sorrindo, ela caminhava em círculos, tentando pensar no que ia fazer. - Será um psicopata ? Ou um louco ? Mas, como ele sabia que eu vinha aqui com o Poncho... Como ?

Sua barriga reclamou, estava faminta e ansiava por água. Iria buscar as respostas, mesmo que existisse por trás delas uma ameaça. E o coração batia descompassado, quando ela começou a entrar em um lugar que não conhecia, onde perigos existiam, porém, a vontade de descobrir quem estava por trás de tudo aquilo, a fez tomar coragem. E sem olhar para trás, continuo a andar.

O caminho sinuoso fazia com que a caminhada foi cansativa. Descalça, ela sorria encantada com o que via. Um passarinho assoviava, como se ensinasse seus pequenos filhotes a fazer o mesmo, as formigas traçavam o mesmo caminho de sempre, levando comida. E Anahí ? Caminhava distraída, sem dar-se conta, de onde havia chegado. O riacho do amor proibido, continuava lindo. Tropeçando, ela tentou esquivar-se de uma pedra que havia no chão. Com as mãos apoiadas, ela levantou-se e a visão que teve fez seu coração gelar. Só havia uma única explicação: Alguém estava brincando com os seus sentimentos.

Sob o olhar atento do jovem rapaz, ela caminhou em direção do riacho. Um sorriso surgiu no canto da boca do homem, passou as mãos pelo cabelo e embrenhou-se mata a dentro. Anahí era uma moça incrivelmente bela, porém... isso ele já sabia.

Capítulo Três.

O barulho da cachoeira guiou-a até o pequeno riacho. E só então pôde perceber como sentira falta daquele lugar. Sorriu, encantada e feliz por tudo que havia vivido ao lado de Alfonso. Sentiu as pernas fraquejarem quando no alto da enorme pedra, uma rosa chamava a atenção. Aquele jogo estava tornando-se perigoso.

O sol da manhã fez bem a Anahí. Caminhou passivamente até a pedra e subiu. O coração acelerou quando junto a rosa ela observou uma carta... E só então observou que adiante havia uma foto. Eram eles, quando