Fanfic: ~⋆⋆Refugio de las estrellas⋆⋆~

Quando chegara ao cemitério, não havia mais ninguém. Ele estava morto! Ficara horas a fio, buscando uma explicação, tentando entender. E lembrava-se como tudo havia acontecido. Já era final de tarde quando estava no aeroporto, desolada depois da briga que tiveram, ele a culpara de traí-lo e não haviam respostas. Apenas perguntas. Quem mandara aquelas fotos falsas ? Depois de tudo, quando seu vôo já estava sendo anunciado, Dulce ligou avisando que Alfonso Herrera morrera em um acidente de carro. E seu corpo estava irreconhecível...

Assustou-se quando a porta bateu com toda força. A chuva começava a cair, e um relâmpago iluminou tudo que havia dentro. Anahí gritou assustada e encolheu-se no canto da cama, abraçada ao traseiro.

Capítulo Cinco.

Não poderia sentir medo, reafirmou em sua cabeça. Não poderia se entregar facilmente. Esticou o braço e pegou o pedaço de papel que havia na cômoda. E com os olhos ainda ardendo, pelo fato de ter chorado, ela começou a divagar pela leitura da pequena carta.

" Não quero assustá-la, muito pelo contrário. Nesse lugar existem lembranças, que jamais você esquecerá. Recordar tudo o que vivemos, Anahí ? Isso faz com que você sinta medo, dor, angústia ? Pois, foi isso que ocorreu nesse ano que você me deixou, me esqueceu... E simplesmente, achou que eu tivesse morrido. Você foi cega, como eu fui quando acreditei que aquelas malditas fotos eram verdadeiras. O amor me chamou, e eu não poderia deixar ele ir embora. Nunca mais. "

Ficou parada, por longos segundos, tentando entender o que estava acontecendo. Alfonso estava vivo! Encheu os pulmões de ar e com as lágrimas queimando seu rosto novamente, ela gritou:

- Poncho! - gritou. E após, longos segundos, nada aconteceu. - Poncho! - gritou novamente e por fim um vulto apareceu na porta.
- Talvez, eu esteja morto, fedendo... Não sei se você realmente quer me ver. - sussurou encostado na porta.

Anahí ainda não podia observar seu rosto. Via apenas um vulto. Tentou se levantar, porém, foi em vão, a dor que sentiu fez com que senta-se novamente na cama.

- Poncho, seu idiota! Como pôde fazer isso comigo ? Eu não acredito. - gritou. - Mentiu esse tempo todo, porque Poncho ? Por quê ?

A histéria com que ela falou, fez com que um sorriso maroto iluminasse o rosto de Alfonso. Sentira durante todo o ano que passara saudade daquela mulher, dos simples sorrisos, ao abraço apertado que esquentava seu corpo, os carinhos e as manhas. Gostava de comparar Anahí a uma gatinha manhosa, que buscava apenas segurança ao lado do dono, mas... que ao mesmo tempo queria ser independente e cuidar de sua vida sozinha.