Fanfic: Indifereças e eu não esqueço Noemi (mini-web) (terminada)

- James já é hora de sair desse quarto! - disse minha tia, da qual eu não suportava, ela me fazia sofrer, ela me tratava como um lixo. E nesses horas que eu lamentava mais a partida de minha mãe. Meu pai? Sabe lá se ele existe, mas também não quero saber. Com certeza ele é um idiota, talvez se ele aparecesse pra mim dizendo que era meu pai, eu mataria ele. Minha mãe tinha morrido quando eu tinha 5 anos. E agora eu tenho 16,  são 11 anos sem ela. E eu não consigo sorrir como antes. Na verdade eu consegui uma vez, quando eu tive uma namorada chamada Noemi, ela era linda, maravilhosa me fazia muito feliz, eu sorria como um bobo com ela. Mas infelizmente a vida me mostrou que eu nasci pra ser perdedor, ela fez uma viagem com os pais. E morreu também. O que eu posso fazer? . Eu já tentei me matar, não consegui, acho que foi falta de coragem. Ótimo , além de perdedor sou um fracassado.

- James eu já disse saia desse quarto!! – disse minha tia novamente. Muito bem, eu sai e como sempre a casa estava uma zorra, meus primos e primas tudo pulando. Deixando minha tia e Luciana doidas. Ah e a Luciana, minha prima mais velha. Ela era a melhor amiga da Noemi. Sofreu bastante com a perda dela também, entrei novamente no único lugar que eu tinha paz naquela casa, no meu quarto. Olhei-me no espelho, e como sempre eu era apenas um garoto loiro do cabelo bagunçado, dos olhos azuis cheios de amargura, e de aparência de meu mundo não está nada bem. Eu sai de casa sem dar explicação a ninguém para onde eu iria. Eu ia ver o mar, mesmo com a temperatura muito baixa. É a cidade toda estava muito fria. Só que mesmo assim tinha escola, sabe eu odeio a minha escola. Mesmo falando bastante sobre Bullyng, o Erick, adora brincar comigo. Não me pergunte o motivo, porque eu não sei. Por incrível que parece só o mar me deixava mais tranquilo, eu lembro-me que no verão eu sempre vinha aqui com a Noemi, foram momentos de felicidades que vão ficar para sempre na minha memória, momentos que jamais quero massacrar.

- Ei o que faz aqui nesse frio? – disse a voz que mais me agradava, e eu respondi. – Apenas esfriando a cabeça – sorri de lado. – Não dava para fazer isso na sua casa? Porque esta  frio em todo lugar! – disse ela novamente. – Só aqui me deixa melhor, e eu gosto do frio – disse a ela. – Atah, desculpa senhor vampiro. – sorriu ela. E eu pensei será que os vampiros vivem melhor que eu? Então eu disse a ela – Mary porque está aqui? – ela veio sentar-se ao meu lado. – Eu sabia que você estava aqui. Eu sou sua amiga. – Ela me abraça. As vezes chegava a pensar que Mary queria ser mais que minha amiga, mas em outras vezes via que o que ela realmente queria ser era minha amiga mesmo. Eu não tinha o sorriso mais belo do mundo, mas eu sorria pra ela. A minha melhor amiga, eu nunca quis ela mais que isso. Desde aos 5 anos éramos amigos, minha mãe era babá dela. E eu sempre ia pra casa dela com a minha mãe.

- Ei amanhã tem aula, acho que amanhã não vai estar tão frio assim não é? – Ela perguntou a mim.

- Eu não sei, mas se tiver frio igual a hoje pode ter certeza de uma coisa, eu não vou.

- Você só quer uma desculpa para não ir – disse ela sorrindo. Eu sorri junto com ela.  Então ela disse novamente no nosso silêncio – Desculpa James.

- Por quê? – Eu perguntei a ela.

- Porque eu não tenho falado muito com você na escola, eu tenho me afastado.

Aquelas palavras me vinham lembranças nada agradáveis. De quando esse ano eu perdi a atenção de Mary, pois é, ela conheceu o Erick, ela não sabia o que o Erick faz comigo, mas então eles estão namorando. E ela virou uma líder de torcida, merecida ela é linda. Então ela começou a andar com as pessoas populares e tem me deixado meio sozinho, mas ela não tinha como me aturar para sempre. Antes disso ela não era nada disso, ela parou de usar os óculos dela, e começou a usar roupas que eu admito. Deixaram ela super Sexy. Mas só que mesmo assim, eu preferia a outra Mary. Ela me deixava mais feliz. Só que eu descobri que nem tudo é para sempre, mas uma perda a minha amizade com a Mary, ela se tornou diferente.

- tchau Mary – eu me levantei.

- Você não vai me perdoar – disse ela quase chorando.

Eu não conseguia perdoar ela. Porque ela não era a mesma pessoa, inclusive me humilhou uma vez só para mostrar aos novos amigos dela, que ela não se importava comigo. E ótimo ela fez, e conseguiu. Mas na altura de amigos que ela tinha, perder um como eu não fazia problema, eu estava com os olhos vermelhos, as lágrimas quase caiam quando eu virei as costas para ela e voltei para casa. Eu tinha que trabalhar, deixei ela sozinha lá.