Fanfic: Novos titans cancelada

A viagem estava tranqüila, até o mar começar a ficar agitado, fazendo com que Ares e Ártemis fossem para o convés, onde puderam ver Poseidon emergindo da água cristalina e azul do mar. Seus cabelos longos e brancos, além da barba longa o diferenciava de seu irmão Zeus, mas demonstrando o mesmo temperamento explosivo, característicos dos irmãos. Ares e Ártemis o reverenciaram no momento em que o deus colocou seus pés na embarcação, batendo seu tridente no chão, os fazendo levantar;

Poseidon: Sabes que não precisam fazer isso comigo! Até porque não temos tempo para isso...

Ares: Como assim?

Poseidon: Estarão indo para Tersália! Estou mudando o rumo dessa embarcação. Estejam preparados para o pior.....

Ártemis: Ele acordou?

Poseidon: Acordou e com ajuda de um grande aliado; Hades...

Ares: Hades? Aquele covarde do reino dos mortos resolveu partir pra briga? – com aquela reação se mostrava bem clara que o deus da guerra não se dava muito bem com o deus dos mortos.

Na verdade, nem Ártemis sabia o por que da briga entre os dois, já que a grande maioria dos mortos de Tártaro eram em conseqüência das guerras de Ares. Mas só o fato de descobrirem que Hades estava junto com Cronus, isso os deixavam mais preocupados.

Hades, o deus dos mortos ou do submundo, como alguns o chamavam, era um deus frio e prepotente, que se gabava em torturar as almas de seus condenados. Era o único deus que não poderia ter mudado de lado, pois Zeus, como irmão mais velho, o havia proferido o poder que abrir as portas do aposento de Cronus, que ficava no centro da Terra, rodeado por larva do monte Vesúvio, e cercado por soldados de confiança de Ares. Isso se mantinha por mais de séculos, e que agora, estava tudo perdido. Ártemis ainda ouvia as explicações de Poseidon, quando viu que os titans estavam se aproximando, ouvindo parte da conversa;,

Poseidon:...vcs devem voltar para Delfos para pegarem mantimentos, além de avisarem Apolo. Exército não ajudará vcs, por isso, preparem se para a batalha....

Ares: Já deram essa notícia em Athena?

Poseidon: Mandei recado a meu filho Tristan, que já avisou os outros deuses...Assim que Athena chegar no templo, ela será informada do ocorrido...

Ares: Então, voltaremos a Delfos! – soltando um suspiro, olhando para Discórdia, que estava junto com os outros titans. – Acho que a prova de vcs chegou cedo demais.... – saindo do convés e indo para o porão.

Ártemis ficou mais um pouco conversando com Poseidon, até o deus levantar sua mão, formando uma onda, onde ele pisou e desceu para o fundo do mar, desaparecendo de vista. O olhar da deusa posou sobre Celes, que estava esperando por mais detalhes. Ártemis foi andando para falar com Hefestos, e sendo acompanhada por sua pupila e por Pyro. Discórdia estava olhando o horizonte, pensativa, pois sabia que algo mudaria a partir daquele dia.

Já era de tarde quando os deuses e os titans voltaram para Delfos, seguindo diretamente para o templo de Apolo, onde encontraram o deus e Solaris perplexos com a volta do grupo. Ares fora direto ao assunto, pois sabia que não poderiam perder tempo. Os deuses se reuniram num salão separado, deixando os titans conversando entre si. Com isso, Solaris descobrira o que estava acontecendo, o deixando preocupado, pois associado ao despertar de Cronus, estava a vida de Celes, já que ele não sabia o que seria o futuro negro, o qual Hermes o havia mencionado.

A noite caiu e com ela, o barco partindo para Tersália, onde iriam encontrar com os outros deuses para ver o ocorrido com a abertura do aposento de Cronus. Todos estavam muito calados, compenetrados no que iriam encontrar, e pior, o que iriam fazer. Ártemis, Ares e Apolo conversaram por horas a fio, tentando descobrir algo que pudesse ajuda-los com relação a Cronus. Celes e Pyro estavam acordados, de prontidão, pois assim que eles tinham sido treinados, enquanto Discórdia e Solaris descansavam um pouco. Viajaram a noite toda e um dia inteiro até chegarem no porto de Tersália e encontrarem Vino e Harmonia, ao lado de Athena e Tristan. Os amigos repararam que eles estavam com posturas diferentes; tinham ganho resistência de soldados, o que ganhara em um lado, mas estavam preocupados até onde isso seria válido para eles.

Com explicações a parte, o grupo sai em direção ao Templo de Airinos, onde, no porão desse lugar, havia a passagem para as portas de Cronus, como era chamada. Para o auxílio dos deuses, Atlas e Hércules foram chamados por Athena. O grupo era pequeno, mas ainda sim poderoso, mas isso não bastava; eles tinham que saber o que os esperavam. Entraram no templo com toda cautela, com armas em punho e atenções redobradas. Estavam chegando ao final do templo, quando viram a primeira porta, que levava para as escadas que desciam até o centro da Terra. Ares estava na frente de todos, recebendo o sinal de Ártemis, que estava preparada logo atrás dele, caso algo saísse com a abertura da porta. Com movimentos rápidos, Ares abriu e entrou no pequeno corredor, sentindo o pavor tomar seu corpo; todos os seus soldados foram mortos. Sentiu raiva pelo ocorrido, mas voltou a ficar frio e calculista quando ouviu a respiração de Ártemis perto dele. A deusa estava consternada, mas não pode evitar que Celes e Discórdia vissem a cena dos corpos amontoados. Com o tempo, os quatro afastaram os corpos do corredor, informando aos outros que nada havia no local, fazendo o grupo entrar. Desceram as escadas durante um tempo incalculável, chegando na segunda porta. Os procedimentos foram os mesmos, os deixando ainda mais apreensivos. Começaram a sentir o calor que o local estava emanando, significando que estavam chegando perto do rio de larvas.

No local havia uma ponte com apenas três cordas, formando um triângulo de ponta cabeça, fazendo com que cada um passasse de uma só vez. Levaram algum tempo discutindo quem iria atravessar, chegando a conclusão que Ares, Apolo, Ártemis, Hercules e Atlas iriam passar, deixando os outros de guarda. Abriram a terceira porta com todo cuidado, entrando devagar pelo aposento do titan supremo. Verificaram em cada cômodo da ampla caverna, chegando a conclusão que Cronus não estava mais lá. Ares soltou um grito de raiva, enquanto Ártemis procurava por algo, andando pelos corredores, sem saber aonde ir.

Parou em frente a uma porta pesada, mas que não estava trancada. Chamou Atlas para lhe ajudar, a abrindo por completo. O ambiente estava escuro e impregnado com o cheiro de morte, a fazendo crer que Hades estava no local. Apolo chegou ao local e estalou os dedos, provendo a luz ao ambiente, mas o que viram os deixaram assustados; Hades estava com os pés e as mãos amarradas numa parede de canto, enquanto sua esposa, Perséfone, estava mortalmente ferida, deitada na cama. Hades não tinha mais força para se soltar, o deixando desacordado. Ártemis foi para perto de Perséfone, ver como a deusa das plantações estava, observando que a ferida era na região de seu útero, a deixando esvair em sangue. Atlas chegou perto de Hades, o vendo com a cabeça tombada, percebendo que seu rosto havia marcas e escoriações. Viu que as cordas que o amarrava eram as mesmas utilizadas para a captura de Prometeu e o aprisionamento de Andrômeda, ou seja, nem os deuses conseguiam se soltar tão facilmente das cordas. Pegou uma pequena adaga e cortou as cordas, fazendo com que o corpo de Hades caísse sobre o seu. Atlas fora ajudado por Apolo e Hercules, colocando o deus deitado na cama, ao lado da esposa;

Ártemis: Consegue cura-los?

Apolo: Não sabemos quanto tempo eles estão nesse estado.... – soltando um suspiro. –Vou tentar, mas nada garanto....

Assim, os outros deuses deixam Apolo se concentrar para iniciar o seu processo de cura, onde emitia raios solares por seu corpo, que chegavam como fios dourados nos pontos feridos de Hades e Perséfone, que ainda estavam imóveis. O tempo estava passando e nada de resultados aparentes, fazendo Hercules correr até o portão, chamando por Solaris, que atravessou a ponte de corda para ajudar seu deus protetor. Quando chegou ao aposento e viu a cena de Apolo se consumindo em luz, mas ao mesmo tempo, com expressão de dor, pode perceber que a cura estava mais difícil que imaginava. Chegou perto do deus, apenas levantando sua mão em direção aos deuses feridos, emitindo luz de seu corpo também. O calor do ambiente estava pior que as larvas do Vesúvio, deixando apenas Hercules no aposento, como forma de proteção aos outros deuses. Já não tinham mais esperanças, até verem que Hades estava abrindo os olhos, fazendo com que Apolo e Solaris parassem com o processo de cura. O deus do sol se apoiou na cama, sentindo o cansaço bater em seu corpo. Agradeceu ao seu pupilo pela ajuda.