Fanfic:     ※ Contos no Divã ※ ( 1º Temporada )

Era um início de dia chuvoso na cidade, o tempo estava assim já havia algumas semanas, nesta constante queda d`água. Lá por volta de 6:00 ddo Domingo, acordei e levantei, coloquei um casaquinho e fui para a sala, o caminho de meu quarto até a sala parecia interminável, ou meu apartamento havia ficado mais espaçoso, ou eu estava com alguma coisa. Eu caminhava tonta, com vertigem em meus olhos, mais parecia ter bebido quinhentas taças de vinho. Não sei porque eu estava daquela maneira, mas fui me escorando na parede até a sala...Cheguei ao sofá quase me arrastando, de fato eu estava consciente, e como estava! Quer coisa pior? Você estar nesta situação e ainda estar ciente do que está acontecendo e sentindo? É uma tortura! Nunca experimentei uma situação tão horrorosa e delirante em toda minha vida, como esta. Deitei de qualquer jeito sobre o sofá, com as pernas sobre o braço direito do estofado, e fiquei olhando para o alto, tudo girava e girava, por um momento achei que eu estava em um globo da morte, cheio de "Perus tontos", eu definitivamente estava, como dizem os jovens hoje em dia "Lezada", parecia que eu havia injetado doses enormes de heroína na veia, estava tão tonta, minha visão tão embaçada, porém eu estava consciente e lúcida, havia certos momentos em que eu fechava meus olhos e pedia a Deus que me fizesse desmaiar, assim eu não precisaria passar por aquela situação delirante. Fiquei por horas jogada no sofá, a mercê do tempo. Quando foi lá pelas 9:00, meu filho mais velho se aproximou, me olhou, e saiu...Fiquei 12 horas em trabalho de parto para parir este garoto mal agradecido, ele me vê naquelas condições e sai? Deve ter ido encher a cara novamente, acho que ele ter chegado em casa as 4:45 da manhã a uns dias atrás quase lambendo o chão, não foi suficiente, ele precisa beber mais, para conseguir lamber o chão de fato e ainda sentir um sabor de cereja! Isto está me matando por dentro! Tenho um filho "pinguço", um marido que mais parece uma morsa preguiçosa, e uma faxineira que vive pendurada no rádio! O único que salva é meu caçula, que ainda tem um pouco de senso e não ficou perdido no mundo como os demais! Agora você, vem e me pergunta; "Quem é você para julgar eles", não estou julgando ninguém em primeiro ponto, em sucessivo, estou apenas relatando o que se passa dentro de minha casa, e a propósito, dúvido que conseguiria aguentar mais de três dias na companhia destas três criaturas!

Mas voltando ao assunto, depois que meu filho me viu naquele estado e deus as costas, fiquei por mais três horas ali, jogada, inválida, como se fosse um nada! Sozinha, sem ninguém para me ajudar, o que eu fiz? Nada, fiquei ali, naquele estado até a Lourdes ( a faxineira) chegar, e me dá um saculejo e eu voltar a mim, e lembrar de que minha missão na Terra ainda não acabou...estava apenas no início.