Fanfic: Inimigos intimos -[DyC]

Dull cerrou os dentes e só percebeu que o fazia quando sua mandíbula começou a doer, mas mantendo a calma, ela desceu do balcão, parou atrás dele e se encostou o máximo que podia puxando seus ombros. Sussurrando provocante no ouvido dele ela disse:


Dul: Não acho que seja da sua conta, mas quem sabe se você me perguntar com quantos eu fiquei enquanto a gente ainda tava junto, eu tenha um número exato né?
Ucker se virou pra ela, ele não entendia se sua raiva era por que o sussurro dela tinha feito com que ele se arrepiasse e ela percebeu, ou se tinha sido tudo que ela disse e que ele também acabara falando, mas apenas a empurrou pelos ombros afastando-a o mais gentilmente que conseguiu e subiu pro banheiro. Dulce se manteve parada olhando pra porta até ouvir o som dos passos dele na escada. Que idiota! Que grande idiota esse cara era! Como ele podia chamá-la daqueles nomes se sabia que ele tinha sido o único da vida dele durante todo esse tempo? Pois se era isso que ele pensava dela, era isso que ela seria daqui pra frente. Não importava com quem, o momento pedia diversão e ela iria à caça! Subiu pro quarto desejando que ele morresse afogado no chuveiro. Ucker sentia a água escorrer dos seus cabelos por suas costas enquanto o cheiro daquela mulher saía do seu corpo.. Mas ele tinha uma idéia, ela ia pagar muito caro por cada coisa, por cada traição, por cada palavra.


Ucker: Ah Dulce.. você não perde por esperar..



Dulce acordou com o barulho irritante do despertador, levantou devagar e foi se olhar no espelho do banheiro.
Dul: que droga.. depois de tudo aquilo eu to com uma cara horrível.. - ela fez uma careta - como alguém conseguiria olhar pra mim nesse estado? - dulce abriu o armário da pia e examinou minuciosamente procurando algum creme pra passar no rosto, não achou. Mas que beleza hein? Ela arrumou os cabelos pra trás e decidiu tomar um banho antes de descer. Entrou no chuveiro, passou sabão por todo o corpo e se deixou enxaguar lentamente..

Ucker ouviu os passos no andar de cima, Dulce já estava de pé.. era a hora de entrar em ação. Ele subiu pro quarto dela e sentou na cama de frente pro banheiro da suíte, ficou estralando os dedos enquanto esperava ela sair. Dull se enrolou na toalha e, cantando alguma música que tinha escutado no dia anterior, saiu do banheiro, abriu a porta devagar e Ucker: bom dia, princesa!
Dul: o que vc ta fazendo aqui?
Ucker: no momento? te olhando.. - e desceu os olhos por todo o corpo molhado da ruivinha.

Dul: já olhou o suficiente, não acha?
Ucker: pra que a pressa hein? eu to mt confortável aqui, vc não?
Dul: Ucker, isso ta sendo infantil.. vc sabe que a gente ta aqui pra ficar cada um no seu canto né? você no seu quarto, eu no meu.. e td certo!
Ucker: e não esta sendo assim, Dul?
Dul: não estava! agora vai começar a ser assim.. - ela foi pra porta e segurou a maçaneta - agora você pode me dá licença? eu preciso me vestir!
Ucker olhou pra ela, se levantou devagar e caminhou até a porta, de repente, virou-se pra Dull e a puxou pela cintura. Dulce não esperava aquele beijo do nada e sentiu seu corpo todo acender de vez com o movimento que a língua dele fazia em sua boca um aperto veio subindo da sua barriga ao mesmo tempo que algo que a esquentava descia. Ela abraçou o pescoço de Ucker e o puxou pra si com vontade, o beijo ia ficando mais intenso e mais forte até que ele, sem aviso, parou tudo e se afastou.
Ucker: acho que vc ainda precisa se vestir né? - e saiu.
Dull ficou parada por algum tempo olhando o corredor. Depois de algum tempo, se deu conta de que não estava respirando e soltou o ar de vez. Ainda ofegante ela fechou a porta e se encostou-se a nela. Mas o que ele pensava que estava fazendo? E ela? por acaso era alguma gata no cio que não agüentava reprimir um beijo? Dulce tirou a toalha e jogou na cama, ficou andando nua pelo quarto até decidir o que ia vestir e esperando que Ucker aparecesse sem aviso. Ele não apareceu.
Dul: Uckeeeer! Ucker! você inda ta aí embaixo? - ela descia a escada rapidamente com a roupa impecável que vestira pra ir trabalhar. - Ucker! cadê você, poxa? - e mais baixo - não acredito que já foi embora, que idiota!
Ucker: o que vc disse? - ele apareceu por detrás dela no pé da escada.
Dul: que quero uma carona!
Ucker: pq não vai no seu próprio carro?
Dul: pq estamos indo pro mesmo lugar, é pedir demais?
Ucker: e toda aquela história de "cada um no seu cada qual?"

Dul: você sabe que não era disso que eu tava falando!
Ucker: acho melhor não hein..
Dul: cara, como vc é idiota! separa as coisas! vê se entende que eu ir no seu carro não quer dizer que eu vou dá pra você - Dulce foi andando rapidamente até a porta da rua mas, quando estendeu a mão para abrí-la, Ucker já lhe barrava a passagem. Ele segurou os ombros dela com força e depois seu queixo fazendo com que Dull olhasse pra ele.
Ucker: eu não to nem aí pra quem você dá ou não! tudo o que vc tem é seu, to certo? então, se quiser tudo bem,eu não me importo nem um pouco.. uma a mais, uma a menos pra mim da no mesmo.
As palavras dele entraram rasgando pelo ouvido de Dulce, ele estava sendo frio, distante, sarcástico! O queixo dele se levantava num gesto que ela ha muito conhecia como sendo de defesa. Dull o olhou de cima a baixo e decidiu.
Dul: não, obrigada, eu vou no meu carro mesmo! espero que sinta-se confortável com uma a menos ao invés de ter uma a mais. - e saiu pela porta que, a essa altura, já se encontrava aberta.
Ela entrou em seu carro e, com ele ligado, esperou alguns instantes até sair da garagem.. tinha que terminar de bolar seu plano se queria que Ucker pagasse por cada coisa que tinha jogado em sua cara com intenção de ferí-la! Ainda pensava sobre isso quando seu celular tocou.
#: oi querida..
Dul: err.. quem é?
#: não acredito que não reconhece mais a minha voz, amiga!
Dul: Gio, é você?
Giovanna: claaaaaaaro! estou na cidade ha alguns dias! a gente precisa se ver, Dull!
Dul: claro claro! desde quando vc está aqui? por que não me ligou?
Giovanna: tive uns contra-tempos.. ah, encontrei com seu ex!
Dul: eu também - ela disse quase pra si mesma.
Giovanna: como, querida?
Dul: a gente ta morando junto.
Giovanna: voltaram então? - Dulce estranhou o tom de surpresa na voz de Giovana.
Dul: não, longe disso! é uma longa e chata história..