Fanfic: Inimigos intimos -[DyC]

oiii

eu quero dedicar esse capitulo a karolina e a naths2vondy2

bjs.

la vai outro capitulo

Agora sim! Ao se acomodar no seu vôo de primeira classe, Dulce finalmente pôde relaxar da tensão de uma despedida e se concentrar nas lembranças que a atormentavam mesmo contra a sua vontade. Ela subiu os pés pro acento do avião e abraçou os joelhos com a testa neles também.


Dul: como eu posso ser tão idiota? - ela perguntou a si mesma - como eu posso te amar mesmo depois daquilo tudo? - a voz parecia esganiçada e ela pigarreou - como é que essa criança pode ser a melhor coisa que me aconteceu só por que é um pedaço seu dentro de mim?
Dull soltou o ar devagar ciente de que suas perguntas não seriam respondidas por ninguém, nem por ela msm. Ela se lembrou dele perguntando `tem certeza que depois daqui a gente não vai brigar?` e ela prometendo `não..` Que tola tinha sido pra acreditar que eles iam viver um conto de fadas lindo e indestrutível! A imagem do rosto dele apareceu viva em sua mente, a voz dele ecoou por cada mínima ligação da estrutura do seu corpo. Dull se encolheu ainda mais. Era uma coisa assustadora, essa sensação de que um buraco havia sido construído no seu peito, fazendo seus órgãos vitais pararem de funcionar e deixando- os em trapos, com cortes não curados nas beiradas que continuavam doendo e sangrando mesmo com a raiva que ela havia imposto a si mesma pelas coisas horríveis que ele dissera. Racionalmente, ela sabia que seus pulmões deviam estar intactos, mas mesmo assim Dull começou a lutar por ar e sua cabeça pareceu rodar como se os meus esforços não a levassem a nada. Seu coração devia estar batendo também, mas ela não conseguia ouvir o barulho da pulsação nos seus ouvidos. Suas mãos pareciam azuis de frio. Ela juntou ainda mais o peito às pernas e abraçou a si mesma o mais forte que pôde numa tentativa de se manter inteira pelo menos por fora.

Chorar deixara há muito de ser uma opção. As lágrimas quentes se espalhavam pelos `joelhos` da sua calça e por seu pescoço. Dull soluçava sem vergonha de ter alguém a observando ou que a restringisse pelo barulho que seu peito fazia naquele ritmo desigual. Ela não se importava! Não se importava com mais nada a não ser o seu bebê! Talvez por causa dele ela não tenha pensando em acabar com a própria vida nenhuma vez, por causa daquela criança que era um pedaço do homem que amava dentro dela. Dulce estremeceu e finalmente soltou os braços quando um homem se sentou ao seu lado.
#: boa noite - o homem cumprimentou respeitosamente.
Dul: oi.. - a voz dela soou infeliz demais até pra seus próprios ouvidos.
#: a senhora se importa que eu sente do outro lado, na janela? - ele ignorou o tom abatido da voz dela.
Dul: na verdade não, pode passar.. oh! desculpa! - ela se lembrou dos pés que ainda estavam na poltrona - agora sim, pode passar. - o esforço pra mudar a posição foi maior do que ela podia suportar no momento então ela fechou os olhos e se obrigou a cantar uma música que aprendera quando criança pensando que, assim, acalmaria a si mesma e ao bebê que devia ta captando todo o stress da situação. –“Nadie puede pisotear tu libertad, grita fuerte por si te quieren callar, nada puede detenerte, si tu tienes fé.. “- foi aí que percebeu que o estranho ao seu lado também cantarolava a música num volume mais baixo quase que pra acompanhá-la nesse esforço de se acalmar. Dulce se calou pra ouvir a voz dele.
#: no te quedes con tu nombre escrito en la pared, - ele sorriu quando percebeu que ela o observava - en la parede..
Dull não conseguiu evitar sorrir também por entre as lágrimas que jorravam de seus olhos tristes, mas seu sorriso não mudou a expressão de dor que ela sentia estar estampada em seu rosto.
#: ha algo que eu possa fazer por você?
Dul: acho que sim, por que não começa me dizendo seu nome?
O estranho sorriu satisfeito com a proposta.

#: certo.. vamos começar com vc me dizendo o seu então, ta?
Dul: nãaao! nem vem! - ela ja tinha se virado de frente pra ele cruzando as pernas à indiana no banco do avião - eu perguntei primeiro!