Fanfic: Inimigos intimos -[DyC]

Ele sorriu. Ela parecia estar lutando pra se controlar suas mãos batiam nervosamente no volante e ela tinha feito algumas ultrapassagens perigosas. Ele não disse nada, mas sentia seus olhares de reprovação quando ele sorria ao vê-la buzinar impaciente. Ela parou o carro em frente a um condomínio, falou alguma coisa com o porteiro e entrou na garagem. Estacionou.
Dul: bem, chegamos você me espera aqui dentro.
Ucker: você está de malas prontas?
Dul: não espere que eu as arrume.
ucker: acha mesmo que vou ficar aqui dentro até você ajeitar o seu guarda-roupa inteiro dentro de uma mala?
Dul: acho bom que fique ou dessa vez não vou ter pena de chamar os seguranças.
ucker: como você quiser, senhora.
Dul: obrigada! - e saiu pro apartamento.
Ela entrou direto pro quarto tentando ser o mais rápida possível.

Dul: vou precisar disso e disso.. - falava sozinha mesmo enquanto separava apenas o que seria estritamente necessário. Era incrível que pra um mês ou duas semanas a mala fosse a mesma e as coisas necessárias tbm. - pra que eu quero esse conjunto? - era um conjunto transparente que tinha ganhado de uma das amigas antes da lua -de -mel. Lembrou-se de como tinha rido com a amiga antes de embrulhar de novo o presente e sorrir satisfeita imaginando sua primeira vez.
Ucker : Dul!
Ela se virou assustada, não lembrava de ter deixado a porta destrancada.
Dul: o q vc ta fazendo aqui em cima?
ucker: tava quente lá e vc demorou demais - ele olhou pro conjunto na mão dela- agora já sei o motivo. Ela enrubesceu.
Dul: não é nada disso, ok? tava apenas separando as coisas necessárias.
Ele se aproximou dela por trás e ela não impediu que ele a abraçasse pela cintura.
ucker: e quem disse que isso não é necessário?
O jeito como ele falava aquilo em seu ouvido,quase como um gemido rouco, a fez sentir uma onda de desejo invadindo seu corpo.
Dul: eu sei que não..- ela se encolheu.
ele percebeu que a provocação a atingia e deu um selinho em seu pescoço.
ucker: e seu eu disser que sim, vc leva?
Dul: se vc disser?
ucker: aham.. - Ele mordiscou sua orelha e depois a virou para si. Eles se olha tempo suficiente pra ela acordar.
Dul: se vc disser que precisa, aí que eu não levo mesmo. Aquele sorriso safado dele ainda a deixava com mais raiva. Raiva de si mesma por não conseguir dizer não àquele homem. E ele a estava provocando descaradamente.

Ucker: então tá. - ele virou as costas e voltou à porta, se apoiou lá e ficou olhando o chão com ar pensativo.
Ela resolveu levar o conjunto, colocou num bolso secreto da mala e continuou pegando outras roupas. Assim que terminou, passou por ele e foi descendo até perceber que ele não estava seguindo-a.
Dul: vc vai ficar parado aí o dia todo?
ucker: desculpa, eu tava pensando em algumas coisas. - Ele ajeitou os ombros e começou a andar atrás dela em direção à garagem.
Dul: pensando em que?
ucker: em vc.
Ela não esperava uma resposta tão direta então parou de andar do nada. Virou-se.
Dul: em mim?
ucker: aham. em nós dois.
Dul: aahn.. - Ela não confessaria nem sob tortura mas também pensava muito neles dois. E se nada daquilo tivesse acontecido, como eles estariam hoje?
ucker: vamos. deixa eu dirigir?
Dul: por mim tudo bem. - ela não tava com cabeça mesmo.



Eles jogaram as malas nos bancos traseiros do carro e depois sentaram-se, dessa vez com os lugares invertidos.
ucker: de volta pra casa hein?
Dul: ééé - ela olhava pela janela com um ar pensativo de uma mulher mais madura que ele não conhecia.
ucker: tá preocupada?
Dul: não.. apenas pensando.
ucker: pensando em que?
Ela olhou pra ele e ele desviou os olhos da estrada apenas o suficiente pra perceber isso. Ela o fitava.
Dul: porque tudo aquilo com a gente hein?
ucker: não quero falar sobre isso.
Ela voltou a olhar pra fora.
Dul: td bem..
Ele olhou pras suas pernas. Aquela saia era comprida demais pra ele. Respirou fundo. Ela se ajeitou, puxou um pouco a saia que quase já lhe tocava os joelhos. Ele a olhou de novo. Ela estava de olhos baixos, fitando o chão do carro.
ucker: dull..
Dul: oi!
ucker: vc pensa em mim?
Ela engasgou. Era impossível não rir, ele pensou. Deixou mais uma vez que aquele sorriso de canto o traísse enquanto olhava pra ela quando podia.
Dul: como assim?
ucker: desejo!Sente desejo por mim?
Ela olhou pra ele de cima a baixo sabia que ele não aceitaria nada menos que uma resposta sincera.
E droga! Ele a conhecia demais.
Dul: às vezes..
ucker: as vezes quando?
Dul: não quero falar disso.
Ele segurou mais forte o volante, ela percebeu e se encolheu um pouco.
Não ia trair tudo que tinha ensaiado até aqui apenas com uma conversa de meia hora, eles já estavam chegando.
ela agradeceu silenciosamente. Desceu do carro e bateu a porta com força,os comentários dele tinham deixado ela chateada consigo mesma porque ainda pensava nele? aff.. ela sabia que para ele era apenas mais uma
e não conseguia evitar de se sentir usada.
Ele saiu devagar e fechou a porta do carro com o botão das chaves.
Dul: ei, minhas malas estão aí dentro.
ucker: eu sei quero conversar com vc.
Dul: ucker, aqui não ok?
ucker: por que não? - ele olhou ao redor, apenas alguns carros passavam por ali àquela hora. - do que vc tem medo? - ela tinha entrelaçado as mãos e fazia um movimento nervoso de estralar os dedos.
Dul: medo? eu não tenho medo!



Ele se aproximou dela com apenas dois passos largos e mais uma vez ela compreendeu a força
daquele homem e o domínio que ele tinha sobre ela..
se lembrou de algumas coisas que preferia não ter lembrado quando ele tocou seu braço e sussurrou:
ucker: é bom mesmo. Sabe que eu não faria nada que vc não quisesse não é?
Dul: aham..
ucker: então.. -ele encostou ela na porta do carro - a minha pergunta é simples, vc pensa em mim?
Dul: eu?.. - ela odiava perder os sentidos daquela maneira mas não conseguiu evitar se perder naquele cheiro de
loção pós barba que ele tinha. Estremeceu.
ucker: vc sabe que sim.. - ele mordeu a ponta da orelha dela.
Dul: penso. penso em você sim.
Essa resposta era tudo que ele precisava então começou a beijar o pescoço dela, empresando-a no carro.