Fanfic: ~Uma segunda chance~

Jess acorda com uma luz branca no rosto, fecha os olhos, a luz
machucava. Apertou os olhos e em pouco tempo a luz começou a fazer os olhos
doerem menos, mas a cabeça sim explodia, parecia ter sido arremessada contra
uma parede a quilômetros de velocidade. Olhou ao redor, se viu num lugar que
não conhecia nada, ficou muito angustiada. Porque estava ali? E onde estava?
Onde estavam todos? O carro? Os amigos? Michael? Tudo retumbava em sua cabeça,
até rever a última imagem que vira antes de acordar ali, uma luz vindo em
direção ao carro, os gritos, uma batida e o escuro. Olhou tudo desesperada,
estava num hospital, só poderia. Apertou o botão da enfermaria e prontamente
uma enfermeira entrou em seu quarto.

Enfermeira: Acordou? Está sentindo alguma coisa querida?

Jess: (leva a mão a cabeça) Minha cabeça! Ela dói muito!

Enfermeira: Deve ser pelo impacto, não se preocupe, vou chamar o doutor.

Jess: Hei! O que aconteceu? Onde estão todos eles?

Enfermeira: Deve estar falando dos seus amigos né?! Olha ... descanse o doutor te explicará
tudo depois ok?!

Depois de poucos minutos, Jess vê a porta se abrindo e um médico
empurrando uma maca para dentro de seu quarto, havia uma pessoa ali, uma pessoa
que conhecia muito bem, inconsiente, mas certamente viva e bem, não pôde conter
as lágrimas que vieram a seguir quando constatou de quem se tratava, Dulce,
ficou em choque, só acompanhava a maca com o olhar, que parecia ir em slow,
pausadamente, interminavelmente.

Jess: (em choque) Dulce! Meu Deus, é ela! Doutor, como ela está,
ela está bem? Ela vai acordar não vai?

Doutor: Ela está bem, só está dormindo, não se preocupe, mas vamos saber de você, como se
sente?

Jess: Só um pouco de dor de cabeça! Mas eu não estou mais
preocupada com isso!

Doutor: Vou te examinar, pode ser grave, você sofreu uma pancada muito forte na cabeça.

O doutor começa então a examinar Jess, enquanto isso, alguém em outro quarto
acordava, era Chris, cerrou os olhos e em seguida os abrindo totalmente, pôde ver
que seu irmão estava inconsciente em uma maca, ele se assusta e tenta levantar,
mas é impedido por uma forte dor em sua cabeça, ele volta a repousar-se
totalmente na maca em que estava, o que estava acontecendo? Onde ele estava?

Logo
é retirado de seus pensamentos, por uma enfermeira que entrara no quarto.

Enfermeira: Olá! Como se sente?

Chris: Mal, minha cabeça dói muito!

Enfermeira: Vou lhe dar uma injeção que tirará um pouco essa dor, logo o doutor vem
examina-lo.

Chris: O que aconteceu? O que o meu irmão tem? Por que ele não tá acordado? Cade meus
amigos? Minha namorada? Cade?

Chris
já se mostrava assustado com tudo aquilo e preocupado.

Enfermeira: Não se preocupe, o doutor te explicará tudo.

A enfermeira sai, deixando com Chris uma preocupação ainda maior.

Alguns
minutos depois aparece o doutor, um homem com uma beca branca, parecia ter mais de 40
anos.

Doutor:
(entrando no quarto) Christopher não?

Chris: Sim ... o que aconteceu?

Doutor: Vocês sofreram um acidente bem grave! Mas vão ficar todos
bem!

Chris: Minha namorada? Cade ela?

Doutor: Christopher, não fique nervoso, isso vai fazer mal pra
você! Sua namorada teve um problema!

Chris: O que aconteceu com ela? Não pode acontecer nada com ela ... ela ... tá grávida, não
pode acontecer nada com ela!

Doutor: Você, seu irmão e mais duas meninas foram as
sobreviventes!

Chris: O que? Mas como? Quem são?

Doutor: Bom, eu não estou com a ficha delas, e sim outro médico,
mas ... (tentando achar as melhores palavras) entre elas não há nenhuma que
tenha estado grávida! Sinto muito!

Chris: Que?

Chris
estava em choque, Kelly não podia ter morrido, e
agora?

Doutor: Nós fizemos todo o possível, juro pelos anos de profissão
que eu tenho! Mas ela resistiu até onde pôde! Mas só vocês quatro estão vivos!

Chris
estava sem palavras, seus amigos, sua namorada, e agora? Agradecia a Deus por seu
irmão e as outras duas estarem vivas, com certeza era Jessica e Dulce, ou seriam Lorena , Any, Maite? A duvida e tristeza tomava conta do seu ser, ele já
chorava, estava desesperado.

Jensen se sentia bem zonzo, abriu os olhos e pôde ver o quarto
girando, não fazia idéia de onde poderia estar, num minuto estava conversando
com o irmão no carro e no outro estava ali, num lugar completamente
desconhecido. O que estava acontecendo? Onde estavam todos? Com um pouco de
dificuldade olhou para o lado quando ouviu um barulho, estreitou
os olhos e viu Chris sentado com o doutor.

Jen: (tentando se levantar) Chris, você tá bem? (mas a dor o
impede e ele volta a se deitar) Droga de dor! Au!

Chris: Não ... (disse com a voz chorosa)

Jen: (assustado) Chris, fala comigo, o que houve?

Chris: Tudo! Houve tudo! (já chorava)

Jen: Ou, ou, ou, como assim houve tudo, tudo o que? Doutor, do
que ele tá falando?

Doutor: Houve um grave acidente com vocês e bom ... você, seu
irmão e mais duas meninas foram os únicos sobreviventes! Sinto muito!

Chris: Ela se foi, os dois ... ela ... e o bebê ...

Jen: (chateado) Não cara!

Chris: Não sei por que, logo eles, por que não podia ser eu ...

Jen: Christopher Uckermann, sem essa, pára de falar essas
coisas! Doutor, quem mais sobreviveu?

Doutor: Bom, eu ainda não sei dizer, não sou eu quem está cuidando
delas! Mas assim que pudermos saber avisaremos Jensen! Sente alguma coisa?

Jen: Acho que não! Pelo menos não mais depois de saber isso!
Lorena, só queria saber se ela está viva!

Ale estava em casa olhando as fotos dos filhos e vendo os dessenhos
que Jensen fazia, desenhava muito bem, já lhe deu vários deles de presente.
Estava angustiada com algo, mas achava que não era nada, não queria pensar em
nada de ruim enquanto via seus bebês nas fotos, sorrindo quando eram crianças,
fazendo caretas. Sorria a cada foto que via e ao momento que elas
correspondiam. Até que ouviu o telefone tocar.