Fanfic: Cúmplices & Amantes - AyA

Capítulo 3.

O dia seguinte formou-se. E mais um dia de aula, para a minha decepção, e de muitos outros estudantes que nada querem da vida.. Apenas se divertirem e quando forem mais velhos estarem burros e desempregados.

Eu não tinha o menor motivo para ficar em alerta, não havia problema algum que eu soubesse. Eu escolheria a minha melhor roupa, ficaria impecável e conversaria com o meu namorado, como sempre fiz quando brigávamos. 

Coloquei uma tomara que caia roxa, até que bem decotada, e uma calça jeans colada. Um salto preto. Típico modelito adolescente das americanas.

Peguei o carro da minha mãe, na certeza de que ela não se importaria. Cheguei no estacionamento, já lotado, encontrei minha vaga, estacionei. Nenhum sinal do Ucker. DROGA!  

Estranhei muito que, enquanto eu passava pelos corredores à procura do Ucker, gente ficava me encarando, dando risinhos e sussurrando no ouvido de outras. Não liguei muito, mas nunca estive acostumada com olhares e risos vindos à mim. No meio do caminho encontrei a Angelique, minha melhor amiga.

— Angel. – a chamei. Angel se virou, sorrindo, enquanto conversava com Maitê, melhor amiga da Dulce María, argh! Meu semblante ficou sério. — Angel, vem aqui por favor. 

— Oi, Annie.

— Oi. O que faz conversando com a Maitê? – Angel revirou os olhos.

— Ela é legal, Annie. Deveria tentar conhecê-la melhor.

— O quê? Nem morta, Angel. Ela é a melhor amiga da Dulce María, francamente.

— Ai. Não sei porque você só de ouvir o nome da Dulce fica assim, toda enjoada. – comentou ela mexendo nos cabelos louros. Revirei os olhos.

— Eu não gosto dela! Ela dá em cima do meu Ucker, ela é doida pra transar com ele, tenho certeza. – eu disse ácida, fitando ao fundo do corredor uma certa ruiva metida e sua melhor amiga conversando animadamente, ela sorriu, só que desta vez olhando bem para a minha direção e perversa. — Aliás. Ela até lançou uns olhares para mim. Cretina! 

Angel olhou para trás. E ficou tensa.

— Ah, não é nada. Não ligue, Annie. Vamos para a aula! – segurei-a pela mão.

— Angel. Espera! Vamos lá ver qual é a da metida. – eu disse a puxando. Angel não queria ir, ela tentava me parar, olhando para os lados, nervosa. — Angel. O que foi?

— A Dulce e o Ucker estavam juntos na festa ontem!.. E todo mundo sabe. Bom. Só você que não. – disparou ela. Chocada, incrédula, surpresa e confusa, eu a larguei só e andei em passos longos até Dulce María. 

Momento: ENCRENCA! 

— Dulce. – eu disse firmemente. — Transou mesmo com o meu namorado ontem? – só de ver o sorriso que ela esboçou, olhando-me bem de cima à baixo, saquei que o cretino do Ucker ficou p. da vida comigo e foi se satisfazer com outra. Que não era uma qualquer até, era a Dulce María Saviñón, a garota que sempre deu em cima dele, e o otário sempre caia.

Engoli o choro naquele momento. Perguntando-me se eu devia agarrá-la pelos cabelos agora, ou mais tarde. Mas antes eu deixaria o Uckermann estéril.