Fanfics Brasil - 1° Capítulo P.S.: Eu te Amo. - Ponny.

Fanfic:  P.S.: Eu te Amo. - Ponny.


Capítulo: 1° Capítulo

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Era noite. O salão estava cheio. A nova vernissage de Anahí Giovanna estava sendo um sucesso. Haviam muitas telas e fotografias de autoria dela, e as muitas pessoas que ali estavam pareciam apreciar. O lugar era um amplo salão, de teto alto, com musica ambiente. Garçons passavam servindo champagne aos convidados. Todos pareciam da mais alta classe.
Anahí era uma mulher alta, pálida, de cabelos castanhos, e olhos azuis. Era linda, de rosto e de corpo. Os cabelos caiam em cachos volumosos até o meio da coluna. Ela usava um vestido de seda negra, que ia até os joelhos, justo até a cintura, esvoaçante embaixo, com um generoso decote em V. Entrava em contraste com sua pele. Usava maquiagem preta, o que ressaltava os olhos azuis. Em suas orelhas haviam brincos, diamantes, que caiam em uma linha reta, como uma pequena cascata. Ela tinha uma taça de champagne na mão esquerda. Já não havia uma aliança dourada ali.
Anahí estava contente aquela noite, alegre. Seus quadros eram sucesso, todos os comentavam, os queriam. O dinheiro vinha pra ela como um imã. Mas não era feliz. Deixara de ser feliz há 4 anos, quando seu casamento de conto de fadas desmoronou. Mas ela não pensava nisso, não mais. Anahí caminhou, sorrindo e cumprimentando quem falava com ela, e parou a frente de um de seus quadros. Bebeu um golinho de champagne, observando a tela. Mesmo tendo-o entregue pronto, sentia que lhe faltava algo. Mas agora era tarde. Ela olhou pro lado e viu Dulce, sua melhor amiga. Sorriu, radiante. Mas Dulce parecia apavorada. Estava mais pálida que o normal. Ela olhava algo, atrás de Anahí. Quando os olhares se encontraram, Anahí viu o medo nos olhos da amiga. Mas não precisou se virar para saber o que era.


Alfonso: Olá, Anahí. – Disse, e a voz cortou ela como um golpe de espada. Já fazia muito tempo. Exatamente 4 anos.


Anahí saiu dali. Era uma assombração, uma alucinação sua. Se não tivesse visto o olhar de Dulce antes, teria certeza disso. Mas ouvia passos no chão refinado do salão, atrás de si. Não queria se virar. Não queria ver. Ele sumira, há 4 anos. Fora para o nada, e o casamento estava acabado. Deus, então porque ela sentia aquela presença opressora perto de si?

Anahí: Está bem, ma belle? – Ela cerrou os olhos. Apelidos nessa altura estavam fora de cogitação.

Anahí: Vá embora. – Rosnou, tomando outro gole do champagne, ainda sem olha-lo. Ela ouviu o som do riso fraco dele.

Alfonso: Não parece estar com saudades. – Disse, e sua voz parecia divertido. Ela continuava caminhando lentamente entre as telas, sem aparentar sua agonia, os outros não precisavam ver.

Anahí: Eu não estou. – Disse, decidida.

Alfonso: Você mente. – Rebateu, na mesma hora.

Demetria: O que quer? – Perguntou, atordoada. Alfonso observou os cachos dela, caindo pelas costas, do tom castanho. Eram loiros, quando ele se foi.

Alfonso: Você é minha mulher. Não preciso de satisfações para vir a sua vernissage, preciso? – Perguntou, parecendo calmo.


Com essa Anahí se virou. Quatro anos depois, o castanho claro e o mel se encontraram. Havia muito naqueles olhares para ser descrito. O coração dela acelerou desagradavelmente sob o vestido negro, ao revê-lo. Ainda pálido, os cabelos curtos, tão escuros quanto poderiam ser. Os olhos verdes, intensos. Usava calça social, uma camisa preta por baixo de um terno também preto.

Anahí: Não é mais. – Corrigiu, em um rosnado. – Já são quatro anos, se você não percebeu.

Alfonso: Percebi cada segundo. – Observou – E que mulher magnífica você se tornou, Anahí. – Ele ergueu a mão forte e tocou o rosto dela, por debaixo do cabelo e até do brinco.

Anahí se surpreendeu ao ver a aliança dos dois no anular esquerdo dele. Anahí conhecia aquela aliança. Seu nome estava gravado na parte interior dela.

Anahí: Tire a mão de mim. – Ordenou, furiosa. Alfonso sorriu, divertido. Mas antes que pudesse responder, interromperam.

Repórter: Anahí, uma foto? – Pediu, com a câmera na mão.


Já era madrugada quando a vernissage de Anahí acabou. A maioria dos quadros e das fotografias fora vendida a ótimos preços. Anahí, Dulce e Christian fecharam o salão, combinando de voltarem amanhã e dar conta do resto. Liberaram o bife, e os funcionários, exaustos, agradeceram. Logo Anahí entrava em seu apartamento. Não queria pensar em Alfonso. Aquele lugar era seu ninho, sua proteção, tudo ao seu modo. Ela deixou a chave do carro na mesinha, e caminhou, cansada, pro seu quarto. Entrou na suíte, e ligou a agua da banheira. O apartamento estava silencioso como sempre. Ela tirou os sapatos, e colocou num canto. Despejou os sais de banho na agua, fechando a torneira. O vestido de seda negra deslizou até seus pés, e ela o colocou em um canto. Prendeu o cabelo, tirou a lingerie e se deixou relaxar na agua fervente. O banho durou até que a agua, morninha, começou a esfriar. Tudo que Demetria queria agora era cama. Ela se levantou, se secou, vestiu uma camisola curta, de seda branca. Penteou os cabelos, e os prendeu em um rabo de cavalo. Usou uma solução para livrar o rosto da maquiagem, e estava pronta pra sua cama de casal, confortável e quentinha. Apagou a luz do banheiro, e, ao sair, ouviu sua própria voz vindo da secretaria eletrônica da sala.

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"Olá. Você ligou para Anahí Giovanna. No momento não posso atender. Ligue no celular, ou deixe uma mensagem, e logo responderei. Biiip."
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Dulce: Any? Sou eu, Dulce. Quando der liga pra mim, ok? Quero muito falar com você, amiga! Beijos.

Demetria: SAVIÑÓON! – Gritou, se atirando pelos corredores.

Anahí pensou ter ouvido um riso após seu grito histérico, e freou. Mas o silencio predominava. Ela correu até o telefone, e o apanhou.

Anahí: Dul? – Ela sorriu – Eu tava no banho. – Justificou.


Anahí avançou pelos corredores, tranqüila, conversando com Dulce, e entrou em seu closet. Tinha tanta roupa que precisava de um cômodo inteiro para guarda-las.

Anahí: É um sádico. Mas não se preocupe com isso. – Tranqüilizou – Eu deixei claro pra ele que quero que desapareça, que se exploda. Vou pra justiça, se for necessário.

Dulce: O que ele disse?

Anahí: Disse que não ia me interromper na vernissage, mas que em breve nós conversaríamos. – Ela revirou os olhos, se olhando no grande espelho que cobria a parede do fundo do cômodo. – É um sádico, já disse.

Então, encontrou suas pantufas brancas arrumadinhas, no canto entre uma prateleira e a porta da saída do closet. Sua voz travou.

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FLASHBACK DE ANAHÍ
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Anahí: Porque eu não posso deixar aqui? – Perguntou, emburrada, cruzando os braços. As pantufas rosas estavam nos pés da cama, escondidinhas.

Alfonso: Porque o lugar delas não é ai, meu amor. – Disse ,achando graça do biquinho dela. Era manhã. Os dois discutiam porque ela deixava as pantufas debaixo da cama, e ele insistia que elas deveriam ficar no closet.

Anahí: Mas eu me acostumei aqui. – Choramingou. Anahí riu, divertido, e carregou ela, enchendo-a de beijos.

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FIM DE FLASHBACK
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E quantas vezes haviam discutido por isso? Anahí deixava as pantufas debaixo da cama, e Alfonso as colocava atrás da porta do closet. Anahí tinha deixado as pantufas embaixo da cama aquela manhã. Tinha certeza absoluta disso. E agora estavam no closet. “Até breve”, ele dissera.

Dulce: Any?

Anahí: Dulce, ele está aqui. – Murmurou, com um pânico anormal a invadindo. Deixara as pantufas debaixo da cama. Tinha tanta certeza disso quanto de seu próprio nome.

Dulce: O que? – Perguntou, incrédula.

Anahí: Ele está aqui dentro. – Constatou, com os olhos vidrados na pantufa.


Selena: Como você sabe? – Perguntou, assustada.

Demetria: Eu sinto. – Agora era obvio. O riso rouco no corredor enquanto ela corria. As pantufas.

Dulce: Any, tem certeza?

Anahí: Absoluta. – Murmurou, controlando a voz – Depois eu te ligo.

Anahí desligou o telefone, ainda olhando as pantufas. Ela olhou a porta do Closet, a esquerda. O lado direito era dela, o esquerdo estava vazio há quatro anos. Ela não abrira ele desde então. Não queria ser açoitada pelo perfume. Mas, prendendo a respiração, puxou a porta, que correu, revelando o interior do guarda roupa. Estava cheio. Ternos, camisas, gravatas, bermudas, calças. O sapateiro estava cheio, haviam tênis, sapatos sociais, chinelos. Ela puxou uma gaveta, e achou as camisas dele, dobradas como se estivessem ali há muito tempo. Puxou outra, e as cuecas dele estavam lá, organizadas por cor, como sempre. Na outra gaveta, cintos.

Alfonso: Procurando alguma coisa? – Perguntou, divertido, encostado na porta do Closet, atrás dela. Anahí virou o rosto, exasperado e assustado, para encara-lo.


Anahí: O que... saia da minha casa! Saia agora! – Ordenou, furiosa, confusa, e viu ele rir, se afastando.

Ela o seguiu, consternada. Ele andava tranquilamente, descontraído.

Anahí: O que faz aqui? – Perguntou, irritada.

Alfonso: Ma belle, eu moro aqui. – Disse, parecendo surpreso pela pergunta.

Anahí observou ele se sentar no lado em que ele deitava em sua cama, e empedrou, horrorizada, olhando-o.

Anahí: Eu vou chamar a policia. Saia daqui, Alfonso. – Rosnou.

Alfonso: Casamento com divisão de bens. Este apartamento está no nome de nós dois. A policia nada vai fazer. – Ele afofou o travesseiro.

Anahí: Você... você enlouqueceu! Você não mora aqui! – Gritou, exasperada.

Alfonso: Quatro anos. – Disse, se recostando no travesseiro que afofara – E você não trocou a chave da porta. Você não ocupou meu guarda roupa. Você manteve até a minha poltrona, no mesmo lugar, na sala. – Ele viu Anahí ruborizar, consternada – Você sabia que eu iria voltar. Queria que eu voltasse.

Anahí: Enlouqueceu. – Murmurou – Saia da minha cama. Saia da minha casa.


Alfonso: Você também não se desfez disso, apesar de não usa-la onde deveria. – Comentou, erguendo a mão com uma aliança dourada na palma. Anahí estremeceu. – Largada, no fundo de uma gaveta. – Ele balançou o rosto com desgosto – No lugar errado, mas ainda assim, não se desfez. – Assinalou.

Anahí: Suma da minha vida, Alfonso! – Quase gritou, recuando.

Alfonso: Você nunca foi histérica. Não é agora que vai ser. – Repreendeu, e ela gemeu, exasperada. Ele sorriu com o som do gemido dela. – Porque não vem até aqui? – Ele tocou no linho branco ao seu lado.

Anahí: Vá pro inferno. – Murmurou, exaltada.

Alfonso: Bela camisola. Usava umas iguais a esta, antes. – Disse, observando-a, e Anahí estava subitamente consciente de suas coxas expostas.

Mas não era intencional. Londres era fria na maior parte do tempo, mas Anahí não conseguia dormir coberta. Suas camisolas e seus pijamas eram curtos e sem mangas. Demetria, ruborizando barbaramente, saiu dali. Quem ele pensava que era? Voltava pra sua vida depois de tudo, como se nada tivesse acontecido, ainda queria leva-la para cama? Ela foi até a sala, pronta pra vestir um sobretudo e sair de casa. Então ele, vendo o que ela fazia, puxou-a com tudo pelo braço e a prensou contra sua poltrona. Era de couro negro, de costas altas, confortável. Demetria não queria senti-lo. Mas ali, prensada entre ele e a poltrona, era impossível. Sua camisola era curta demais e ele era muito homem para que ela conseguisse senti-lo. Alfonso meio que resmungou algo, saudoso, e beijou o ombro dela de leve. Anahí rosnou, com mil lembranças vindo em sua cabeça, e ele sorriu.


Alfonso: Lembra-se, ma belle? – Perguntou, no ouvido dela, e ela olhou pra frente, evitando encontrar seu olhar – Essa poltrona. Lembra-se de quantas vezes lhe fiz amor nela? – Anahí se arrepiou, involuntariamente, lutando contra as lembranças, e ele viu isso – Ah, sim, você lembra. – Disse, satisfeito – Lembra-se de como, as vezes, terminávamos no chão?

Anahí: Pare com isso. – Pediu, atordoada. Não queria lembrar.

Alfonso: As vezes eu tinha algum documento a mão, estava revisando-o. Você vinha, me sondava, me beijava, acarinhava. – Anahí se debateu contra os braços dele com toda sua força, inutilmente. Alfonso só fez aperta-la ainda mais, mantendo-a ali – Ah, sim. Quando eu a acusava por me seduzir, você corava, tal como está corando agora. – Ele beijou o rosto dela que choramingou, em sua prisão, os braços dele – Então tomava-me os documentos, e jogava-os longe. Montava no meu colo, me provocava, e sussurrava em meu ouvido.

Demetria: Pelo amor de Deus. – Grunhiu, atordoada.

Alfonso: Em seus sussurros, me pedia que lhe fizesse mulher. – Lembrou, e Anahí estava a beira de lagrimas – E eu atendia, com ardor. Ouvia seus gemidos, sentia seus estremecimentos. – Demetria cerrou os olhos, estava perdendo a batalha, as lembranças tomavam conta dela – E sabe, ma belle, durante esses 4 anos que estive longe, eu nunca procurei outra.

Anahí: Vá pro inferno. – Rosnou, furiosa.

Alfonso: Mesmo passando noites rolando na cama, agonizando por uma mulher, eu não procurei. Era você que eu queria. – Ela foi se contraindo nos braços dele. Não queria ouvir – Entretanto, agora, que enfim me senti em paz para voltar, você foge de mim como se eu fosse lhe infligir dor. – Ele soltou ela, que se afastou rapidamente, tomando distancia.


Demetria: Não pode me infligir mais dor do que já fez. – Disse, e seus olhos estavam vermelhos – Não pode mais me machucar. Já chegou ao ponto máximo. Me feriu até onde eu não achava ser capaz. Saia da minha casa. Suma de novo.

A verdade era a seguinte: Anahí e Alfonso haviam se apaixonado a primeira vista. O casamento veio 2 meses depois. Precoce. Ela tinha 22, e ele tinha 24. Os dois viveram em harmonia por um ano. Se combinavam em tudo. O sexo era maravilhoso. As brigas eram bobas. Então, uma carta anônima semeou a desconfiança em Anahí. Alfonso a estava traindo. E ele estava. Descaradamente. Várias mulheres, inúmeras. Era o marido exemplar, mas a traia. Seu ultimo alvo fora Dulce, sua melhor amiga. A carta anônima fora dela. Anahí se lembra de como estranhou o comportamento de Dulce: a amiga não ia mais a sua casa, se afastara dela e de Alfonso, parecia amedrontada. Em uma bela tarde, Anahí entrou no escritório da amiga, e encontrou Alfonso lá. Ele beijava ela. A prensava na mesa, e estava dentre suas pernas. Anahí se sentiu morrer naquele momento. Dulce, recuperando a consciência, bateu nele, se afastou. Alfonso a olhou, surpreso. Anahí não deveria estar ali. Ela fugiu. Correu dele, correu dali, correu da verdade. Anahí seguiu ela até em casa, mas ela explodiu em dor. Como pudera? Ela o colocou para fora. Ele tentou falar, mas ela não deixou. Então, ele foi embora, e desapareceu. Ela também não o procurou. Dulce pediu demissão do emprego e iria mudar de cidade, não queria ver ninguém que conhecesse. Anahí encontrou ela empacotando as coisas do próprio apartamento, dias depois. Anahí havia ficado em casa, sozinha, mal se alimentando, curvada em bola, chorando sua dor. Mas quando soube que Dulce estava indo embora, precisou ir atrás. Era sua melhor amiga, desde pequena. Se lembra de como Dulce a olhou, temerosa, assustada, quando a viu, vestida de preto, em luto por seu coração, parada na porta de casa, com os olhos vermelhos, magoados.


Anahí a acusou, e ela aceitou tudo calada. Enfim, falou, e Anahí entendeu a verdade. Ela se afastara para fugir das investidas de Alfonso. Deixara de ir a sua casa, e se afastara de Anahí, para evitar o pior. Fora ele, sempre ele. Mas Joseph tinha uma mulher quando a queria. Ele continuou mandando flores e jóias, e ela devolvia todas. Então ele apareceu em seu escritório, sem avisar. Seduzira-a, e ela caíra em seus encantos. Foi quando Anahí chegou. Então, as duas estavam chorando abraçadas, caídas no chão do apartamento. Dulce não pediu desculpas a Anahí, considerava o que fizera imperdoável, mas o perdão de Anahí foi inevitável. Anahí chorou, e perdoou Dulce. A culpa era de Alfonso. Então convidou Dulce, agora sem emprego, para abrir um ateliê. Dulce entendia de arquitetura, decoração, publicidade e finanças. Anahí traria as telas. O negocio deu certo, fez o sucesso que é hoje. As feridas foram se desinflamando, sem cicatrizar, e a dor se tornou suportável. Ela aprendeu a viver sem ele. Mas manteve o apartamento intacto, como lembrança da felicidade esmagadora que pensou ter.

Alfonso: Any...


Anahí: Eu não quero ouvir! Tem noção do que me causou?! Não procurou outra mulher nos últimos 4 anos, mas procurou enquanto estava comigo! – Acusou – Não era por sexo. Não, eu era mulher pra você. Eu fazia suas vontades, mesmo com vergonha, e você achava graça do meu rubor! Mas eu só me dava por satisfeita quando você estivesse completamente satisfeito. Passando por cima dos meus pudores. Não foi por sexo, não foi por carinho, não foi por amor. VOCÊ QUIS ME TRAIR! – Gritou, agora desabafando. Ele a observava, quieto – EU FUI A MULHER PERFEITA! EU DEIXEI O MEU TRABALHO, PRA MEU TEMPO SER SEU! TODOS OS MEUS PENSAMENTOS ERAM SEUS, JOSEPH! E OLHA O QUE VOCÊ FEZ COMIGO! – Gritou, e uma lágrima caiu de seu olho, queimando seu rosto – Me deu o céu com uma mão, e me atirou no inferno com a outra. Minha melhor amiga. Quase a destruiu também. Quantas mulheres levou pra cama, enquanto eu te esperava em casa, fiel, acreditando em você, Alfonso?

Alfonso: Várias. – Admitiu, quieto.

Anahí: Exatamente. Eu não vou te perdoar. Eu não posso, eu não consigo, e eu não quero. Você não pode voltar pra casa como se nada tivesse acontecido, porque aconteceu. Se tivesse preservado o amor que eu sentia por você, talvez agora nós estivéssemos fazendo amor, nessa poltrona, no tapete, na cama, no banheiro, em qualquer lugar. Ou talvez houvessem crianças que nos impediriam de transar com tanta liberdade. Crianças de olhos azuis, ou verde. – Mais duas lágrimas caíram – Mas você não preservou. Está acabado agora, não importa o que você faça.


Anahí saiu dali antes que ele pudesse lhe impedir. Entrou no quarto de hospedes, trancou a porta. Se jogou no chão, ao lado da cama, encolheu os joelhos, se abraçou, pôs as mãos nas têmporas, e chorou. Soluçou alto, consumida em dor. Porque ele voltara? Uma vez que parecia que já havia acabado? Ela estava começando a reconstruir sua vida sem ele agora, e ele voltava. E o pior. Ela o amava. Intensamente, desorientadoramente. Ela o amava. Ouvir a voz dele, sentir sua pele, ver seus olhos, só provou o que ela já sabia: Ela o amava.



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Autor(a): marycandy

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Anahí acordou na manhã seguinte, e nem percebeu que havia adormecido. Chorara o que havia para chorar, chorara o que precisava para ser forte e não chorar novamente. Adormeceu no tapete. Seus olhos estavam inchados, e ela percebeu que não estava no chão. Estava na cama do quarto de hospedes, confortavelmente coberta. Seus olhos protestaram ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • k2323 Postado em 28/06/2011 - 13:34:48

    Você não vai postar mais????

  • k2323 Postado em 28/06/2011 - 13:34:47

    Você não vai postar mais????

  • k2323 Postado em 28/06/2011 - 13:34:47

    Você não vai postar mais????

  • k2323 Postado em 28/06/2011 - 13:34:47

    Você não vai postar mais????

  • feio Postado em 06/05/2011 - 15:40:43

    esse foi interesante
    so quero ver quando ela acorda
    o escadalo que ela vai fazer
    sabe parece que a dulce nao e tao inocente quanto parece
    bj

  • thaislove Postado em 06/05/2011 - 13:20:19

    Poxta mais alguns cap.s hj? pf pf pf pf pf pf pf *----*

  • thaislove Postado em 06/05/2011 - 13:20:00

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  • thaislove Postado em 06/05/2011 - 13:19:52

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  • thaislove Postado em 06/05/2011 - 13:19:47

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  • thaislove Postado em 06/05/2011 - 13:18:56

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