Fanfics Brasil - 107° Capítulo Sorte no amor AyA finalizada

Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada


Capítulo: 107° Capítulo

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O pensamento quase o fez rir. Droga, como ela pode­ria entender alguma coisa se ele mesmo não conseguia?


Mas, mesmo assim, apressou-se, alcançando-a na porta. Esticou o braço, bloqueando a passagem.


- Não, não estamos. Não entendemos um ao outro...


Ela rangeu os dentes. Ocorreu-lhe que nunca vira uma mulher tão magnífica.


- Saia do meu caminho. - Como ele não moveu o braço, disse-lhe. - Estou lhe dizendo. Meu irmão me ensinou muitos golpes de defesa pessoal.


- Bom para ele. - Alfonso respirou fundo. Se não dis­sesse agora, nunca diria. - Eu fui noivo.


- O quê? - A idéia era totalmente estranha para ela. Ela simplesmente não conseguia visualizá-lo assumindo qualquer tipo de compromisso afetivo.


Não mesmo?


Quando fizera amor com ele, fizera amor com o ho­mem que descobrira embaixo do exterior carrancudo, o homem que não ridicularizava os seus medos, mas que a abraçava e a fazia se sentir segura.


Algo disse a ela que não gostaria de escutar o que ele tinha a dizer. Ainda assim, não conseguia sair de lá. Pre­cisava ouvir o que ele iria dizer.


- Continue.


Cada palavra parecia estar sendo resgatada de um abismo profundo.


- Foi quando eu estava na faculdade. Seu nome era Virginia Garrison e eu a amava.


Ciúmes percorrem-na como fogo numa panela. Conteve-os com uma tampa.


- Muito?


Por que ela se torturava daquele jeito?


Talvez precisasse que ele dissesse aquilo para ajudá-la a partir, para fazê-la entender que não havia futuro para eles.


- Muito - confirmou ele. Ela viu os olhos dele suavi­zarem-se enquanto falava da mulher a quem queria dar seu nome. - Ela tinha esse entusiasmo pela vida, se joga­va de cabeça nas coisas. - Olhou-a. - Parecida com você. A comparação simultaneamente a consolava e lhe espetava o coração. Ele amara alguém. E não era ela. Não seria ela.


- O que houve?


- Em seu entusiasmo, ela gostava de festas. - Parou, tentando escolher as palavras certas. Não as encontrava. As palavras que emergiam eram toscas. Assim como sua dor. - E de beber. Ela dizia que a bebida só a fazia se sentir mais feliz. - Deu de ombros enquanto falava, im­potente. - Eu era jovem, imaginava que ela soubesse li­dar com aquilo. Eu sabia. - Mesmo assim, olhando para Irás, sabia que bebia bem menos que Virginia. - Ela, hum, quis sair uma noite depois de passar de sua cota de margueritas num restaurante local.


Cada palavra era dolorosa, repleta de espinhos que dilaceravam sua garganta ao emiti-las.


- A princípio, disse não. Eu até tentei tomar as cha­ves dela, mas ela insistiu que estava bem e que eu estava me preocupando demais. Eu realmente me preocupava com relação a ela - admitiu. Ele deveria ter batido o pé, em vez de fazer o que ela queria. Este foi o seu erro, lazer o que ela queria. - Então, eu fui com ela, pensando que minha presença fosse protegê-la.


Como podia ser tão estúpido?, punia-se Alfonso. Mas, quando você tem 22 anos, pensa que é imortal. Apren­deu que não era.


Respirou fundo, para depois soltar o ar.


- Não funcionou. Não a protegeu, nem ao outro mo­torista do carro em que ela bateu. - Sua voz estava trê­mula. - Não sei nem se ela viu o carro. - Lembrava-se de ter gritado em alerta, mas já era tarde. - Ela entrou de frente na caminhonete. Eu fiquei desacordado. -Ao con­tar, reviveu o momento. Alfonso sentia como se alguém sen­tasse em seu peito.


- Quando despertei, os paramédicos a estavam colo­cando em um plástico preto. Puseram-me numa ambulân­cia. Estava muito ferido para me levantar. Não consegui vê-la. Não pude abraçá-la uma última vez. - Sua voz ame­açou faltar e ele fez uma pausa, tentando se recompor. Olhou para Anahí. Eram lágrimas em seus olhos? Não sabia dizer. - Algo dentro de mim morreu junto com Virginia naquela noite. - Era aquilo que ele queria que ela enten­desse. O que não podia acontecer entre eles não era sua culpa, era dele. - Eu não sinto mais nada.



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Autor(a): feio

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    Estava mentindo para ela, pensou. Ela escutava o que ele não dizia. Que a mulher que ele amava tivera um problema com bebida. Assim como ela. Tendo contado a ele que ela também tinha tal problema trouxera de vol­ta seus medos. Do seu jeito, ele provavelmente a odiava por trazer tudo de volta. Por fazê-lo pensar em Vriginia. - Entendo. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



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  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:29

    Nossa!!!
    que barra.

  • k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27

    Nossa!!!
    que barra.

  • k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27

    Nossa!!!
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