Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada
O pensamento quase o fez rir. Droga, como ela poderia entender alguma coisa se ele mesmo não conseguia?
Mas, mesmo assim, apressou-se, alcançando-a na porta. Esticou o braço, bloqueando a passagem.
- Não, não estamos. Não entendemos um ao outro...
Ela rangeu os dentes. Ocorreu-lhe que nunca vira uma mulher tão magnífica.
- Saia do meu caminho. - Como ele não moveu o braço, disse-lhe. - Estou lhe dizendo. Meu irmão me ensinou muitos golpes de defesa pessoal.
- Bom para ele. - Alfonso respirou fundo. Se não dissesse agora, nunca diria. - Eu fui noivo.
- O quê? - A idéia era totalmente estranha para ela. Ela simplesmente não conseguia visualizá-lo assumindo qualquer tipo de compromisso afetivo.
Não mesmo?
Quando fizera amor com ele, fizera amor com o homem que descobrira embaixo do exterior carrancudo, o homem que não ridicularizava os seus medos, mas que a abraçava e a fazia se sentir segura.
Algo disse a ela que não gostaria de escutar o que ele tinha a dizer. Ainda assim, não conseguia sair de lá. Precisava ouvir o que ele iria dizer.
- Continue.
Cada palavra parecia estar sendo resgatada de um abismo profundo.
- Foi quando eu estava na faculdade. Seu nome era Virginia Garrison e eu a amava.
Ciúmes percorrem-na como fogo numa panela. Conteve-os com uma tampa.
- Muito?
Por que ela se torturava daquele jeito?
Talvez precisasse que ele dissesse aquilo para ajudá-la a partir, para fazê-la entender que não havia futuro para eles.
- Muito - confirmou ele. Ela viu os olhos dele suavizarem-se enquanto falava da mulher a quem queria dar seu nome. - Ela tinha esse entusiasmo pela vida, se jogava de cabeça nas coisas. - Olhou-a. - Parecida com você. A comparação simultaneamente a consolava e lhe espetava o coração. Ele amara alguém. E não era ela. Não seria ela.
- O que houve?
- Em seu entusiasmo, ela gostava de festas. - Parou, tentando escolher as palavras certas. Não as encontrava. As palavras que emergiam eram toscas. Assim como sua dor. - E de beber. Ela dizia que a bebida só a fazia se sentir mais feliz. - Deu de ombros enquanto falava, impotente. - Eu era jovem, imaginava que ela soubesse lidar com aquilo. Eu sabia. - Mesmo assim, olhando para Irás, sabia que bebia bem menos que Virginia. - Ela, hum, quis sair uma noite depois de passar de sua cota de margueritas num restaurante local.
Cada palavra era dolorosa, repleta de espinhos que dilaceravam sua garganta ao emiti-las.
- A princípio, disse não. Eu até tentei tomar as chaves dela, mas ela insistiu que estava bem e que eu estava me preocupando demais. Eu realmente me preocupava com relação a ela - admitiu. Ele deveria ter batido o pé, em vez de fazer o que ela queria. Este foi o seu erro, lazer o que ela queria. - Então, eu fui com ela, pensando que minha presença fosse protegê-la.
Como podia ser tão estúpido?, punia-se Alfonso. Mas, quando você tem 22 anos, pensa que é imortal. Aprendeu que não era.
Respirou fundo, para depois soltar o ar.
- Não funcionou. Não a protegeu, nem ao outro motorista do carro em que ela bateu. - Sua voz estava trêmula. - Não sei nem se ela viu o carro. - Lembrava-se de ter gritado em alerta, mas já era tarde. - Ela entrou de frente na caminhonete. Eu fiquei desacordado. -Ao contar, reviveu o momento. Alfonso sentia como se alguém sentasse em seu peito.
- Quando despertei, os paramédicos a estavam colocando em um plástico preto. Puseram-me numa ambulância. Estava muito ferido para me levantar. Não consegui vê-la. Não pude abraçá-la uma última vez. - Sua voz ameaçou faltar e ele fez uma pausa, tentando se recompor. Olhou para Anahí. Eram lágrimas em seus olhos? Não sabia dizer. - Algo dentro de mim morreu junto com Virginia naquela noite. - Era aquilo que ele queria que ela entendesse. O que não podia acontecer entre eles não era sua culpa, era dele. - Eu não sinto mais nada.
Autor(a): feio
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Estava mentindo para ela, pensou. Ela escutava o que ele não dizia. Que a mulher que ele amava tivera um problema com bebida. Assim como ela. Tendo contado a ele que ela também tinha tal problema trouxera de volta seus medos. Do seu jeito, ele provavelmente a odiava por trazer tudo de volta. Por fazê-lo pensar em Vriginia. - Entendo. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:29
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra.