Fanfics Brasil - 108° Capítulo Sorte no amor AyA finalizada

Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada


Capítulo: 108° Capítulo

559 visualizações Denunciar


 


 


Estava mentindo para ela, pensou. Ela escutava o que ele não dizia. Que a mulher que ele amava tivera um problema com bebida. Assim como ela. Tendo contado a ele que ela também tinha tal problema trouxera de vol­ta seus medos. Do seu jeito, ele provavelmente a odiava por trazer tudo de volta. Por fazê-lo pensar em Vriginia.


- Entendo.


Suas palavras eram quase inaudíveis. E tensas.


- Não sei se você entende - Alfonso rebateu. Tentou novamente. - Eu quero me importar com você, mas...


- Você tem medo que eu fique bêbada e enfie meu car­ro em alguém. - Forçou-se a controlar sua raiva, temendo que ela transbordasse, ardente, queimando a ambos.


- Não - ele protestou.


Ela balançou a cabeça, não deixando que ele conti­nuasse.


- Sempre reconheci um mentiroso, Alfonso. Talvez por­que eu mesma tenha contado tantas mentiras quando bebia. Mentiras para poupar os outros. Mentiras para poupar a mim. No fim, elas voltam para lhe assombrar.


Olhou para Alfonso, desejando que ele pudesse ver dentro dela. Desejando que pudesse fazer com que ele acre­ditasse nela.


- Estou sóbria há dois anos e mantenho isso sob con­trole. Curada? Não. Tentada? Sim. Quando estou nervo­sa, triste, o desejo retorna, sussurrando que, se eu tomar só aquele drinque, tudo vai ficar bem, cor-de-rosa. Mas sei que não vai. E, se eu tomar aquele drinque, sei que vou ter que começar tudo de novo. Vou ter que recomeçar a contar do dia um. É muito difícil, muito degradante. -Um sorrisinho triste surgiu em seus lábios. - Sou uma pessoa muito competitiva, Alfonso. Pergunte a qualquer um cm minha família. Não gosto de começar tudo de novo.


Ele identificou ali uma mentira. Isto não o deixou satisfeito.


- Mas você reabriu sua loja em outro lugar...


- Anahí balançou a cabeça. Ele estava tentando pegá-la? Tal pensamento incomodou-a.


. - Não é a mesma coisa. Mudar-se não significa co­meçar do nada. Tenho minha clientela via internet e to­dos aqueles fregueses em Hollywood. Eles fariam negó­cio comigo mesmo se eu me mudasse para a lua.


Ela sabia que eles não tinham futuro, mas ela queria que ele soubesse tudo isso sobre ela. Sobre a mulher que seu pai estava ajudando.


- Não vou beber de novo porque não gostava de mim na época. Eu era fraca, incapaz de encarar as coisas. In­capaz de me levantar sem uma muleta. Não era realmen­te ficar de pé, era escorar-se. - Seus olhos fitaram os dele. - Gosto muito mais de mim sóbria.


Ela acreditava no que dizia, pensou ele. Queria acre­ditar nela também. Mas não podia. Não podia arriscar queimar-se de novo.


- Ainda assim, você poderia escorregar.


- E o amanhã nunca chegará - rebateu. - Vivemos uma época perigosa, Alfonso. Tudo o que vemos ao nosso redor pode acabar em matéria de horas, você nunca sabe. Depende de nós sermos felizes onde estamos. - Ela não estava sendo bem-sucedida, percebeu. A armadura em volta do coração dele era espessa demais. Tinha que pa­rar de se debater contra ela.


- Sinto muito por você ter perdido Virginia, realmente sinto por você ter passado por tudo isso, mas não pre­tendo passar o resto dos meus dias tentando convencê-lo de que não sou Virginia. Não é uma batalha que estou pronta para lutar.


O rosto de Alfonso enrijeceu-se.


- Nem estou pedindo que você faça isso.


- Ótimo, então estamos entendidos - finalmente -, acrescentou. Olhou para o braço que ainda estava blo­queando a passagem. - Agora, vai abaixar o braço ou vou ter que agachar para passar por baixo?


Ele ficou sem dizer nada por um longo instante. No seu coração, esperava que Alfonso escolhesse uma terceira alter­nativa às que lhe dera. Que ele dissesse que ela estava certa, ele estava errado e queria tentar novamente. Que ela signi­ficava o bastante para que ele quisesse tentar novamente.


Quando ele retirou o braço, deixando-a passar, ela pen­sou que seu coração mergulharia em seu estômago. Podia senti-lo emaranhando-se num imenso e complicado nó.


Com sua cabeça erguida, partiu. Mordendo os lábios para conter as lágrimas.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): feio

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

  Capítulo 14   Anahí carregara a inócua caixinha em sua bolsa por quase uma semana, incapaz de abri-la ou colocá-la em uso. Incapaz de encarar as possíveis conseqüências. Mas já era hora de encarar as coisas. Ontem marcara a grande inauguração de sua loja e Alfonso não aparecera. Nã ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 167



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21

    Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
    Otimo! Final.

  • k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:29

    Nossa!!!
    que barra.

  • k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27

    Nossa!!!
    que barra.

  • k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27

    Nossa!!!
    que barra.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais