Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada

- E tudo o que peço.

Uma hora, pensou Pedro, deve ser tempo suficiente para mudar essa situação. Mari ligara para ele na ma­nhã do dia anterior. Descobrira em sua primeira xícara de café que estava prestes a se tornar avô. O resto dos detalhes seguiu-se, inclusive aquele sobre a mãe do seu neto não querer contar a seu filho que seriam pais.

A lembrança trazia uma agitação ao seu coração toda vez que pensava. Quando ligara para sua esposa para contar,Ruth sentira-se nas nuvens com o novo mem­bro da família Herrera.

E assim seria com Alfonso, quando ele soubesse. Mas que droga, o homem era apaixonado por aquela mulher, ainda que se recusasse a admitir para si mesmo. Na se­mana que passara, assistira a Alfonso se arrastar de um dia para o outro, um homem lutando contra um demônio pessoal que não queria compartilhar.

Cada vez que perguntava, Alfonso dizia que não vira Anahí. E, cada vez que respondia, seu filho parecia mais inquieto.

Jovens, pensara, balançando a cabeça. Perdiam tanto tempo sendo cabeças-duras.

Quando Mari lhe contara sobre o bebê, tentara vis­lumbrar uma combinação perfeita entre Anahí e seu fi­lho. Alfonso era determinado, inteligente e ameaçadoramente belo. Anahí era esperta, extrovertida e uma das mulhe­res mais bonitas que já vira. Seus bebês seriam esplêndidos.

Não permitiria que seu filho cometesse o maior erro de sua vida ao deixar aquela mulher sem ao menos ten­tar resolver as coisas. E, graças a Mari, já tinha até um plano para juntá-los. Simples, mas perfeito.

- A festa é às sete e meia - disse-lhe. - Podemos ir juntos na limusine.

Alfonso já estava pensando em como escapar. Não deixa­ria que seu pai o convencesse a ficar mais. Com alguma sorte, poderia até evitar Anahí. Haveria provavelmente uma multidão em volta dela, disputando sua atenção.

- Se você não se importar, papai, vou dirigindo. As­sim, você pode ficar quanto tempo quiser e eu poderei sair após aquela hora que lhe prometi. - Olhou para o seu pai.

Pedro deu um sorriso indulgente, mas não se deixa­ria dobrar.

- Não tem problema. Simon pode voltar e me buscar depois de lhe deixar em casa. - Quando Alfonso abriu a boca para protestar, seu pai atropelou-o. - Eu pago a ele um salário obscenamente alto para fazer coisas assim.

Não tendo escolha, Alfonso foi obrigado a aceitar. Pedro sentiu o desgosto do filho quando este dei­xou a sala. Sorriu para si mesmo ao pegar o telefone. A mulher atendeu no primeiro toque.

- Ele vai - foi tudo o que disse. Uma risada calorosa encheu-lhe o ouvido.

- Você é um anjo, Pedro - Mari declarou.

- Não, só um avô esperançoso - discordou Pedro. E, então, desligou, querendo ligar para Ruth de novo para implicar com o fato de ela se tornar avó.