Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada

Epílogo

- Eu não limpo janelas.

Dulce riu ao abrir a porta do seu apartamento, deixando a irmã entrar. Era a semana seguinte e muita coisa já tinha acontecido. Mais do que normalmente aconteceria em um ano para muitas pessoas. Em sete dias, Anahí abrira sua loja, anunciara que estava grávi­da e, com Alfonso ao seu lado, que iria se casar.

O que significava que teria que pagar a prenda agora.

Fechando a porta, Dulce examinou a fantasia que Anahí estava usando. Era uma versão de Hollywood para o que seria o uniforme de uma criada francesa. Dulce imaginou que Alfonso aprovara o tamanho supercurto da saia.

- Belo visual. E, sim, você limpa janelas. - Uma ruga surgiu na testa de Anahí. Dulce riu. - Não entre na roda se não agüenta o tranco. Sorte sua eu não ter uma casa. Agora, tenho toda uma lista de coisas para você fazer. - Ela desembolsou o que parecia ser um rolo, pu­ramente pelo efeito dramático.

Anahí olhou a lista. Todas as linhas do mais de um metro de rolo de papel estavam escritas. Ergueu os olhos até o rosto de Dulce .

- Você está brincando, né?  Dulce entregou-lhe o rolo.

- Se você acha que está demais, deveria ver a lista de Maite.

Anahí passou os olhos pelo moderno apartamento. Seus gostos eram parecidos, pensou. Clean, linhas acon­chegantes, não muito poluído, não muito austero.

- Mas você acabou de se mudar, o quão sujo poderia estar?

Dulce fixou-a com o olhar.

- Corrija-me se estiver errada, mas criadas não de­veriam ficar mudas?

- Você obviamente não via A Família Sol-Lá-Si-Dó. - Olhou para a lista que Dulce preparara. - Isto é incrível.

Dulce deu de ombros com indiferença. Metade das coisas que estavam ali não iria ser feita, especial­mente no estado de Anahí , mas ela gostara de aparecer com a lista impossível.

- Nós, executivas, não temos tempo para fazer faxina. Anahí enfiou a lista em seu bolso raso.

- Sabe, tem alguns serviços de limpeza que você pode­ria experimentar.

- Eu disse executivas ricas, não? Além do mais, eu me sentiria culpada de pagar alguém para limpar minha casa. Mamãe faz seu próprio serviço doméstico.

Anahí pensou no jeito como sua mãe armara para que ela ficasse com  Alfonso. Se não fosse por ela, quem sabia como as coisas terminariam?

- Mamãe é impressionante. - Abriu um largo sorri­so. - A melhor.

- É. - Não havia discussão quanto a isso.

Ajeitando a saia curta, Anahí preparou-se.

- Muito bem por onde você quer que eu comece?

- Por aqui. – Dulce surpreendeu-a com um abra­ço apertado. - Deus, espero que você seja feliz, irmãzinha.

Anahí sorriu, seus olhos dançavam.

- Se eu fosse mais feliz, teria que ser duas.

- Bem, você merece – disse Dulce , sentindo uma certa tristeza por saber que nunca poderia juntar-se a Anahí no novo lugar que encontrara. - Agora, pensei que você poderia começar por aqui...

Anahí resmungou, seguindo a irmã até a cozinha.

Lá, perto da bancada, havia um balde e todos os ti­pos de produtos de limpeza conhecidos pelo homem. Lacrados. Dulce apontou para eles, acrescentando:

- E gostaria que você assoviasse enquanto trabalha. Anahí fitou-a.

- Isso não faz parte do pacto.

- Hoje, eu sou sua chefe e sou eu que mando. Após um suspiro, Anahí começou a assoviar. De fato, pensou enquanto pegava a esponja e o detergente, ela tinha muitos motivos para assoviar.

FIM