Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada

E ela não gostava de ser desestabilizada. Já passara bastante tempo de sua vida assim.

A expressão de Pedro era apaziguadora. Não deixa­va margens para briga.

- Temo estar muito atarefado para lhe oferecer a aten­ção pessoal que você merece. - Soltou as palavras apro­priadas, para depois olhar para Alfonso.

Oh, e eu não?, Alfonso pensou. Seu pai nunca minimiza­ra sua contribuição para os negócios ou sua importância para a empresa. O que estava acontecendo?

- Você nos daria licença por um segundo? - disse Alfonso para Anahí.

- É claro. – Anahí respondeu, deixando a sala.

Dirigindo-se ao bar em tamanho natural, que fora a última peça de decoração a ser instalada em seu escritó­rio mais-que-espaçoso e ultramoderno, Pedro Herrera esperava Alfonso começar.

Alfonso olhou para a porta para se certificar de sua pri­vacidade.

- Pai, eu fiz algo que lhe desagradasse?

- Pelo contrário, eu não poderia ter escolhido um braço-direito melhor, ou um filho melhor - respondeu Pedro.

Certo, então ele não havia aborrecido seu pai sem perceber, pensou Alfonso. Sua mente deu meia-volta. Christopher teve algo a ver com isto? Christopher Ucker era seu melhor amigo havia anos. Foi Alfonso quem trouxer Christopher  para perto do pai, lamentando por ele não ter tido a mes­ma proximidade nas relações familiares que existia em sua casa. Com o tempo, a atitude estudiosa de Christopher fez sombra sobre Alfonso, e seu pai recebera-o na empresa de braços abertos. Mais que isto, o que seu pai fizera foi adotar Christopher,  tratando-o mais como um filho do que o próprio pai de Christopher.

Será que ele tinha usurpado o seu lugar? Não, aquele era um pensamento baixo, mesquinho. Christopher nunca armaria para ele, nunca faria nada pelas suas costas. O homem era um altruísta. Além disso, seu pai pedira que Christopher viesse ao escritório de São Paulo  semanas antes dele, Alfonso pensou. Alfonso parou de especular.

- Então, por que estou servindo de babá para esta mulher?