Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada
Ela levantou a cabeça, fazendo uma análise rápida. De onde estava, não era difícil ler nas entrelinhas. Seu pai o estava obrigando a fazer aquilo.
- Você não parece o tipo de pessoa que se conforma por não ter opção. Estaria tentando bajulá-lo? Ou fingindo ser intuitiva? Ele não sabia dizer, e o incomodava não poder decifrá-la. Decidiu esquivar-se dela por enquanto, até que se recompusesse. - Olhe, como disse antes, seria muito mais produtivo se nós remarcássemos a reunião. Sinceramente, eu acabei de descer do avião e não estou cem por cento. - Vejo que você é bom com eufemismos. - Não pôde evitar. Aquelas palavras driblaram o acordo que mantinham. Ele a conduzira até ali. Ela ruborizou. - Quero dizer. - Sim. - Interrompeu-a, tentando não reparar que aquela tonalidade rosa do batom lhe conferia um ar sedutor. - Sei exatamente o que quer dizer. - Uma vez que ela era o seu único compromisso em São Paulo, sua agenda estava bastante livre. Mesmo assim, queria estar com Christopher para reencontrar algumas pessoas que trabalhavam no escritório de Nova York até recentemente. -Que tal depois de amanhã? Por volta de nove horas? Ficou feliz em saber que ele queria começar logo. Ao menos, tinham algo em comum. - Parece bom para mim. - Como ele não havia mencionado o local, ela perguntou. - Onde você gostaria que nos encontrássemos? Sua nova loja seria o lugar perfeito, mas ocorreu-lhe que nem sabia se ela já tinha escolhido um ponto ou se ainda estaria procurando. - Já parou para pensar onde será sua loja? Lá ia ele de novo, tratando-a como se tivesse o cérebro do tamanho de uma ervilha. - Para dizer a verdade, sim. E o local é perfeito. Ele é que decidiria isso, Alfonso pensou. - Está bem, então vou passar em sua casa para lhe buscar e daremos uma olhada no tal local perfeito. Ela estava no purgatório, Anahi pensou, e pagando por todos os pecados de sua vida. Mas, tudo bem, iria sobreviver a tudo aquilo, afirmou para si mesma. O que não mata fortalece, lembrou-se. E, a essa altura, estava se tornando uma mulher danada de forte. - Certo. - Lançando mão de um bloquinho, escreveu as informações necessárias para ele. Arrancou a página e entregou-a a Alfonso, devolvendo o bloco à bolsa. -Aqui está o endereço. - Certo - Alfonso murmurou, enquanto guardava o pedaço de papel no bolso. - Certo - repetiu ela. Mas definitivamente não estava nada certo a seu ver, e não estaria enquanto ela não se livrasse daquele homem e de sua interferência. - Até lá - profetizou, para depois deixar o escritório. Anahí acelerou o passo consideravelmente ao sair da sala. Passando rapidamente por Doris na recepção, teve a presença de espírito de lançar-lhe um sorriso ligeiro e superficial. Anahí não reduziu o passo até alcançar o elevador. Não podia esperar para ir embora. Ao entrar no elevador, sentiu o ar entalado em sua garganta. Que idiota, pensou contrariada. Que idiota mais esnobe. Tentando controlar a raiva que a consumia, apertou o botão do andar de Dulce. Ela não queria lidar com Alfonso Herrera. Olhava fixamente para os números do painel enquanto descia. Anahí segurava o lábio inferior entre os dentes, pensando. Talvez pedisse à mãe que falasse com Pedro. Não tinha dúvidas de que preferia tratar com o Herrara sênior do que com seu sarcástico e orgulhoso filhinho. O dois eram tão opostos quanto noite e dia. Franziu a testa. Ela não tinha nove anos de idade e se envolvera em uma briga no pátio da escola. Ela tinha trinta anos, pelo amor de Deus, e já havia se virado sozinha algumas vezes. Mais que isso. Mesmo aos nove anos, não corria em busca do colo da mãe. Sempre resolvera suas próprias brigas. Nada havia mudado. Poderia dar um jeito no convencido Sr. Alfonso Herrera, e faria isso sem perder a pose. Acalmou-se com a idéia de colocá-lo em seu lugar. Ele nem ficaria sabendo o que o atingiu, prometeu para si mesma. Ela sobrevivera à reabilitação, a um casamento falido e a todo o remorso. Comparado com isso, lidar com Alfonso Herrera seria moleza. Para enfatizar seu pensamento, estalou os dedos quando a porta do elevador se abriu. Bem na hora. Sorria ao sair.
Autor(a): feio
Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Dulce segurou suas perguntas até que se sentassem no restaurante que escolhera: um que estava em evidência e ficava no décimo andar do prédio do banco Herrera- Ucker. Longe de ser um refeitório de funcionários, ele ganhara boa reputação tanto por sua comida quanto por seus preços acessíveis. Sempr ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:29
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra.