Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada

- Sim, e não tenho como lhe agradecer pelo toque. Chegamos a um acordo quase imediatamente. O lugar é meu desde ontem. - Ela já tinha passado sua primeira noite lá e, diferentemente de outras primeiras noites em lugares para onde se mudara, não teve problemas para dormir.

Dulce estava encantada com a novidade.

- Você vai se sentir mais em casa quando sua mobí­lia chegar.

Anahí deu uma breve risada.

- Não tinha tanta mobília assim para trazer. - Ela ha­via embalado algumas poucas coisas que ainda conside­rava suas e dado como endereço de entrega um depósito em São Paulo. Gastara parte do dia anterior entrando em contato com a transportadora para que ela retransmitisse o novo destino ao caminhão de mudança, que já estava a caminho do Brasil .

Dulce tentou amenizar as coisas.

- Você sempre detestou carregar muita bagagem.

- Ao menos, fisicamente – especificou Anahi . Men­talmente era outra história, mas estava trabalhando nis­so. Estava trabalhando nisso, repetia silenciosamente, como se pensar no assunto duas vezes de alguma forma reforçasse o sacrifício e o resultado final.

- Bem, não sei quanto a você, mas eu ainda guardei um espacinho para a sobremesa.

- Atitude apoiada. – Anahí propositalmente investiu sua voz de um tom feliz, inutilmente tentando bloquear o fato de que Alfonso Herrera ainda estava olhando-a e, por alguma razão, aquilo estava lhe dando brotoejas. Ela quase podia sentir seus olhos inspecionando todo o seu corpo.

Até então, pensara que sua imaginação era dedicada exclusivamente às peças que desenhava. Particularmente, ela não apreciava o rumo que as coisas estavam tomando.

Andando descalça, as solas dos pés encostando no assoalho de madeira extremamente encerado, Anahí vas­culhava o amplo apartamento, depois de ter terminado de se vestir, na manhã do dia seguinte. Alfonso passaria por lá em poucos minutos para apanhá-la, pois veriam onde seria instalada a loja de bijuterias. Não podia deixar de se perguntar se a outra parte criticaria a localização. Bem, ele podia criticar o que quisesse, ela já tinha assinado o contrato de um ano de aluguel.