Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada

Ela riu, e a tensão finalmente começou a esmaecer. A tempo de dar seu testemunho ao policial que se aproxi­mava.

Quarenta minutos depois, tendo alugado um carro, estavam no interior de uma loja no segundo andar do Big T Mall. Até um mês atrás, o espaço era ocupado por uma loja de roupas de bebê. Como estava indo bem, o proprietário decidira mudar-se para um ponto melhor. O letreiro azul e rosa da porta de vidro da frente tinha sido retirado naquela manhã. Havia andaimes dos dois lados da entra­da, e o interior modesto estava um caos.

Nos três dias desde que alugara o espaço, graças ao empréstimo de Pedro Herrera, ela teve que indicar a dez clientes incautos o novo endereço da antiga loja. Todos disseram pensar que a loja seria ali para sempre. Uma mulher certamente tirara proveito da indicação. Ela tinha quatro crianças com ela. Duas num carrinho, outras duas penduradas nele. E, se aquela protuberância que Anahí notara era evidência de algo, um quinto estava a caminho.

Esperava que, um dia, os clientes viessem à sua loja daquele jeito, procurando fielmente por ela para serem informados de que ela se mudara para um endereço mais sofisticado.

Perguntava-se se algum dos seus clientes de Nova Iorque viajaria até ali, ou tentaria entrar em contato com ela através do site da loja.

No momento, o que parecia ser o mais importante - e nem ela sabia realmente por que isso significava tanto para ela - era o carimbo de aprovação do homem que vasculhava a loja.

Segurou a respiração enquanto observava Alfonso olhar à sua volta. Não havia mais resquícios da loja anterior, com exceção de uma versão bidimensional em papelão de um bebê engatinhando que o dono resolvera deixar para trás. Estava capenga de um lado. Ela o via como um amuleto da sorte, uma relíquia de um bem-sucedido negócio.

Seus nervos chacoalhavam. Ver Alfonso inspecionar a área, para ela, era como um pai assistindo ao filho ser avaliado. Até então, não havia indicação do que a loja planejava se tornar. Mas ainda era cedo.

Finalmente, seus pés cravaram em um pano de prote­ção do chão, e ele olhou para ela por cima do ombro.