Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada
Ele havia desafiado o leão na toca dele. Dela, corrigiu-se. Mais do que qualquer coisa, ele queria livrar-se daquilo, o que quer que fosse que lhe estivesse fazendo mal, deixando-o para trás de forma a parar de ser devastado pelas garras da tentação e seguir em frente com sua vida.
Pela sua experiência, nada sobrevivia ao exagero, nunca chegava perto de suprir as expectativas criadas. Uma decepção incomensurável sempre se seguia à antecipação, por menor que esta fosse. Esqueça as coisas maiores. Grandes expectativas sempre trouxeram grandes decepções aos seus ouvidos.
Mesmo assim, não estava decepcionado. Pelo menos, não com relação a suas expectativas. Estava desapontado era consigo mesmo. Porque, em vez de se afastar, em vez de sentir nada mais vibrante que uma fração de indiferença quando a beijou, ele queria mais. Maldito seja, ele a queria.
Aqui, agora, com tinta sendo passada de um macacão para outro, ele queria fazer amor com ela no chão, no balcão, na escada. Em todo e qualquer lugar.
Uma excitação espalhava-se por seu corpo de um jeito que não conseguia compreender.
Ele não queria nada daquilo, só serviria para confundir e complicar tudo.
E, mesmo assim, queria mais. Queria abraçar aquela sensação doce e agonizante, e entregar-se a ela até que o envolvesse completamente. Até seus pulmões doíam.
Não era diferente de como se sentira quando correra sua primeira e única maratona de Nova York, aos trinta anos. Seus pulmões iriam explodir a qualquer momento. Eles já o deixaram de sobreaviso.
Anahí olhou para ele, com uma expressão tão confusa quanto a dele.
Demorou um minuto inteiro para que houvesse ar suficiente em seus pulmões para que pronunciasse uma única palavra.
- Então - sussurrou finalmente.
- Então - ele repetiu, com não mais que um deserto na cabeça.
Anahí apertou os lábios, querendo beijá-lo novamente. Querendo fazer amor com ele. Feliz por ele não ter contado vantagem que ele obviamente tinha sobre ela. Ela finalmente reuniu ar suficiente para dizer:
- Já passou.
Nem de longe, Alfonso pensou, a não ser que tivesse um controle sobre-humano. Mesmo assim, pelo bem da sua sanidade, ele seguiu com a pretensão.
- Creio que sim.
A qualquer momento, ela faria algo estúpido que a atiraria direto nos braços dele. O desespero começou a estremecê-la por dentro. Sem nunca retirar os olhos do rosto dele, deu um passo atrás.
- Talvez devêssemos voltar ao trabalho.
- Talvez.
Tudo o que ele podia fazer era emitir uma palavra solitária, quiçá duas. Do jeito que seus pensamentos se atabalhoavam, ele não se achava capaz de construir uma frase completa coerente. Naquele instante, todas as palavras de seu vocabulário estavam num turbilhão fantástico a caminho do liquidificador que era o seu cérebro, girando e não fazendo sentido algum.
Suas pernas estavam bambas, como acontecera quando ele a puxara para fora do carro naquela semana logo após o air-bag ter ameaçado separá-la de sua afirmação como ser racional. Talvez devesse reagir a ele com claustrofobia. Deus sabia que ele tinha o mesmo impacto sobre ela que o confinamento em locais apertados. O pânico era o centro de seus sintomas agora. O tipo de pânico que surgia quando ela se encontrava em circunstâncias completamente fora de controle e além de seu alcance. Ele fizera aquilo com ela. Então, por que ela queria beijá-lo de novo? E por que, em nome de Deus, ela estava querendo levar o que acontecia ali à frente?
No segundo em que cogitara fazer amor com ele, algo dividiu sua atenção, uma resolução férrea estabeleceu-se para manter sua sanidade.
Não, droga, ela não iria por aquele caminho de novo, ela não iria seguir seus hormônios por aquela ladeira danosa e escorregadia. Ela estava mais velha, mais sábia - bem, pelo menos, mais velha. Já não era hora de a sabedoria dar o ar da graça?
Querendo recuperar um fiapo de compostura, deu uma olhada em seu macacão. O vivo borrão de tinta que deixara no peito dele quando ele a segurara tinha se transferido para o dela. Apesar da seriedade da situação em que se encontrava, Anahí podia sentir sua boca curvar-se.
Autor(a): feio
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Tudo o que ele podia fazer era emitir uma palavra solitária, quiçá duas. Do jeito que seus pensamentos se atabalhoavam, ele não se achava capaz de construir uma frase completa coerente. Naquele instante, todas as palavras de seu vocabulário estavam num turbilhão fantástico a caminho do liquidificador que era ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:29
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra.