Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada
Mais parecida com uma profecia apocalíptica, disse a si mesmo. E ele faria bem em escutá-la.
Anahí sabia que precisava de ajuda.
Se ela soubesse disso antes, aquele beijo que ela permitira acontecer - aquele beijo que lhe foi mais que bem-vindo - mostrara-lhe o quão vulnerável era.
Aquele homem exalava sensualidade quando respirava. Quando acabaram de pintar a loja, ela flagrou-se encarando o macacão dele meia dúzia de vezes, querendo arrancá-lo só com os dentes.
Em vez de melhorar, aquela atração estava piorando.
Se ela não tomasse cuidado, acabaria retrocedendo exatamente à época em que tomou aquele porre de três dias após a briga com Dulce. Quando o entorpecimento abandonara o seu cérebro, deixando para trás uma tremenda ressaca, ela vira-se na cama com um homem que não conseguia reconhecer, não importava o quanto recorresse à sua memória.
Fizera uma promessa para si mesma então, uma promessa de nunca mais terminar ao lado de um homem com quem não tivesse a intenção de estar junto novamente.
Anahí estava com um sentimento angustiante de que aquela promessa soaria vazia se ela não fizesse algo para reiterá-la, e rápido.
Ela precisava de ajuda. Precisava apoiar-se em alguém sensato, com os pés no chão, e que a mantivesse também com os pés no chão.
Até que Alfonso a beijasse, teria dito que ela mesma era assim. Mas, depois de sentir os raios relampejando em suas veias, ela sabia que estivera se iludindo.
Assim como alcoólatras nunca se curam, continuando dependentes para o resto de suas vidas, o mesmo poderia ser dito sobre uma mulher que faz as escolhas erradas. Ela estava condenada a viver daquele modo, a sempre fazer escolhas erradas, porque estaria sempre se aproximando de homens que eram ruins para ela.
E, à sua maneira, Alfonso Herrera era ruim para ela. Ele definitivamente não vinha com a promessa de um felizes para sempre presa nele. Alfonso era claramente um homem que não queria se prender a nada. Qualquer tipo de relacionamento físico que ela mantivesse com ele seria só isso mesmo, físico, nada mais. Não iria a lugar algum. No mais, ela já tivera sua cota de decepções e não estava a fim de passar por tudo aquilo de novo.
Era preciso reconhecer, ele não tirou vantagem - e ele realmente tinha uma - quando a beijou. Deus sabia que ela não era mais uma influenciada, mas, com o homem certo - ou o errado, dependendo de que lado da situação você está -, ela não tinha a menor força de vontade para se pronunciar. Até que ele reduzisse sua resistência a destroços, ela pensara ter, mas agora ela sabia que não tinha.
O que significava que ela teria que ser mais vigilante, disse a si mesma, enquanto passava o rolo em uma bandeja cheia de tinta.
Ela podia jurar que ele a observava. Aquilo fazia com que reforçasse sua promessa consigo mesma: não mais se permitir ficar a sós com ele, mesmo com baldes de tinta entre os dois. Se ela teria que lidar com ele outras vezes, deveria haver alguém, qualquer pessoa, presente na hora.
Mas, por enquanto, precisava falar com alguém racional, alguém mais sangue-frio e durona que ela. Sua irmã Dulce era a escolha perfeita.
Anahí passou o rolo algumas derradeiras vezes antes de aposentá-lo. Alfonso, notou, ainda estava ocupado. Foi até a ponta do salão - o mais longe possível dele.
Ela sabia que podia recorrer a Maite com a mesma facilidade, mas, secretamente, ela sempre admirara sua calma, centrada e contida irmã mais velha. Mesmo no apogeu de sua rebeldia e de seu período anti-social, uma parte dela desejara ser como Dulce.
No segundo em que pisou em casa, Anahí defez-se do casaco, da bolsa e dos sapatos e foi direto ao telefone. Seu corpo ainda estava sentindo os efeitos daquela tarde, da torrente de desejo que quase a fizera beijar Alfonso quando ele partia. Aquilo tinha que parar.
Anahí alcançou o telefone e, assim que seus dedos entraram em contato com o aparelho, ele tocou sob sua mão. Ela hesitou em atender, e olhou o identificador de chamadas. O número identificava a chamada como proveniente do Banco Herrera-Urcker . Alfonso?
No momento em que pensou nele, sua pulsação aumentou. Deus, aquilo tinha que parar, pensou de novo.
Autor(a): feio
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Não podia falar com ele, disse a si mesma. Ela deixaria a secretária-eletrônica atender, para depois ligar para Dulce. Foi até a cozinha, tentando ignorar o telefone, esperando escutar uma voz masculina de qualquer maneira. O que precisava, decidiu, era de uma xícara de café. Café preto e forte. E, talvez, um ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 167
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:23
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:22
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
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k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 28/07/2011 - 18:20:21
Amei , até que fim ele teve coragem de dizer que a amava. Viva!!!
Otimo! Final. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:29
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra. -
k2323 Postado em 26/07/2011 - 14:25:27
Nossa!!!
que barra.