Fanfic: Sorte no amor AyA finalizada

Ela sentia uma explosão alastrando-se por seu corpo quando, por diversas vezes, Alfonso a conduzia ao limite, para depois desistir e fazê-la recuar.

Beijos quentes e molhados ardiam por todo o seu tor­so. Anahí contorcia-se, querendo mais. Querendo o tal momento final.

- Depressa - ela murmurou em seu ouvido, mordiscando a língua antes de acrescentar -, por favor. - Ela não iria implorar, não faria um papel patético, mas, ah, como ele a fazia querer isto.

Com a necessidade retumbando por dentro, Alfonso es­ticou o corpo sobre o dela, buscando contato. Hesitou em penetrar, querendo prolongar aquilo, mesmo que, em algum lugar em sua mente, soubesse do risco de serem flagrados.

Isso aumentava a excitação?                    

Não sabia. Não sabia de mais nada. A não ser que havia definitivamente se perdido.

Quando ela ergueu o quadril contra o dele, aquela foi a última gota, a última tentação. Incapaz de segurar por mais tempo, Alfonso penetrou-a.

O ritmo foi instantâneo, como se conduzido por algo completamente externo a ele, sobre o qual não tinha qual­quer controle.

A dança começou docemente, aumentando num pas­so gradativo. Reviraram-se no chão, movendo-se de um lado para o outro, primeiro com ele em cima, então ela, então ele de novo. A cada movimento, a urgência cres­cia, cada vez mais errática, mais exigente.

Ela teve a vaga impressão de ouvir algo quebrar. Vi­dro? Mas não era possível.

O ar nos pulmões de Alfonso começou a sair. Sentia sua mente circular por lugares fora de alcance quando a pu­xava para mais perto dele, seus braços envolvendo-a como se ela fosse a coisa mais preciosa que já encontrara.

Talvez fosse.

O clímax foi tão poderoso que lhe roubou seu último suspiro.

Podia sentir seu coração bater tão forte que ameaça­va pular para fora de seu peito. Ou seria o coração dela, batendo forte contra o seu?

Eram como um só. Se pudesse, teria permanecido desse jeito, sentindo-se dentro dela. Sentindo-se com­pleto pela primeira vez desde que este mundo acabara abruptamente com um cantar de pneus e metal se chocando contra metal.

Com atenção, podia jurar que ouvia aquele som ago­ra. Metal chiando, contorcendo-se. De algum modo, em sua mente, o passado misturara-se ao presente.

Então, de repente, sentiu o corpo macio de Anahí enrijecer-se embaixo dele. Um segundo antes, as mãos dela o apertavam. Com esforço, apoiou-se sobre os cotovelos e olhou-a no rosto.

Estaria com medo novamente?

- O elevador - ela exclamou.

- Está tudo bem - disse-lhe. - Não vamos cair. - exceto, talvez, ele. O pensamento ocorreu-lhe do nada.

Mas ela o empurrava para longe dela.

- Não - exclamou, desesperada para fazê-lo enten­der o que ela tentava dizer. - Não estamos caindo, esta­mos subindo!

Foi quando as luzes se acenderam.