Fanfic: O Que Eu Sinto Por Você - DyC ♥

Não sei como eu consigo, mas parece que me atrasar para compromissos importantes é o que eu faço de melhor ¬¬

Saí do apartamento e soquei o botão chamando o elevador impaciente, olhando a toda hora pro relógio que me informava que eu estava cada vez mais atrasado pro almoço com o pessoal do filme.

Assim que entrei no elevador meu celular começou a tocar.

- Alô?

- Oi Chris, aqui é a Amanda.

Demorei alguns segundos para lembrar quem era ela, então lembrei que Amanda era a amiga da Dulce da faculdade e que há alguns meses atrás tinha ficado comigo em uma festa =P

- Ah, oi. Como está? – Perguntei enquanto olhava mais uma vez pro meu relógio de pulso.

- Estou bem. Escuta Chris, eu estava saindo da aula agora e vi uma cena que me deixou bastante preocupada. Eu sei que você e a Dul são muito amigos por isso estou ligando...

- Aconteceu alguma coisa com a Dulce? – Eu a interrompi.

- Vi Pablo discutindo com ela e depois a arrastando literalmente pra dentro do carro. Não sei o que pensar disso... Acha que ele poderia fazer algum mal a ela?

Fiquei em silencio, um medo misturado com a raiva se apoderando de mim.

- Eu ligo pro celular dela, mas ninguém atende – Amanda continuou do outro lado quando eu não respondi sua pergunta.

- Eu sei onde ele mora, vou até lá. – Respondi e já desliguei o celular.

O elevador parou na garagem e eu corri pro meu carro. É claro que eu estava apavorado! Não confiava naquele cara e tinha medo do que ele podia fazer com ela...

Dirigi como um louco até o bairro onde aquele desgraçado morava, torcendo para que eles estivessem ali.

~*~

Ele abriu a porta do apartamento e nada gentil me jogou no seu sofá.

- Ok, agora podemos finalmente conversar, princesa. – Ele sentou ao meu lado e eu me encolhi. – Que foi? Tá com medo de mim?

- Não – Respondi não sendo totalmente sincera.

- Você terminou comigo e nem deixou eu me explicar – Ele começou.

- Explicar o que? Eu vi você aos beijos com aquela mulher! Não tem o que explicar! – Eu tentei levantar do sofá, mas ele me puxou de volta.

- Qual é Dulce, aquilo lá não foi nada... você sabe que eu te amo, não sabe? – Ele veio pra cima de mim e tentou me beijar.

- Não! O que você ta fazendo?? – O empurrei pra trás e levantei, mas antes que eu desse mais do que três passos ele me puxou de volta pro sofá e me jogou de costas nas almofadas. – Me deixa em paz!! – Eu gritei quando suas mãos voltaram a segurar forte meus braços.

- Você me ama também, eu sei disso... – Ele se inclinou sobre mim e beijou meu pescoço.  Comecei a sentir o medo que antes não sentia, esse não parecia o Pablo como qual eu tinha namorado.

- Eu não amo você! – Gritei tentando me desvencilhar dele. – Me deixa em paz, Pablo!Você está me machucando! Me solta!

Ele me olhou, os olhos brilhando de raiva e então de repente soltou meus braços, mas ainda continuou me impedindo de sair dali com o seu corpo. Percebi que eu estava tremendo, provavelmente de medo. Ele também percebeu isso e começou a rir.

- Sabe, eu não teria te traído se você me desse o que eu queria. – Ele disse lentamente, sentia a mão dele deslizar pela minha coxa. – Você nunca quis fazer nada comigo... acha que algum homem agüenta isso?

Eu queria gritar, mas minha voz de repente sumiu, senti algumas lágrimas escaparem dos meus olhos e o pavor tomou conta de mim.

- Eu desejo você Dulce Maria... – Ele voltou a beijar meu pescoço. – Não posso deixar você terminar comigo sem antes me dar àquilo que eu quero há tanto tempo... Você também quer, eu sei que sim...

- Não! Eu tenho nojo de você! – Minha voz saiu baixinha e apavorada, mas ao ouvir minhas palavras ele parou de me beijar por alguns segundos. Eu fiz a única coisa que podia fazer naquele momento. Com a força que consegui reunir lhe dei uma joelhada no meio das pernas e o empurrei pra longe de mim enquanto ele urrava de dor.

Corri pra porta mal vendo o trinco direito por causa das minhas lagrimas, escancarei a porta e corri pra fora no corredor ao mesmo tempo que ouvia ele levantar do sofá xingando.

Corri sem enxergar quase nada até me chocar com alguém. Não sabia se Pablo estava atrás de mim e simplesmente não encontrava voz pra dizer o que estava acontecendo pra pessoa com a qual eu me choquei. Então senti aquele perfume tão familiar e a voz que sempre me acalmava. Suspirei aliviada e me joguei pra frente o abraçando forte e desatei a chorar nos seus braços.

~*~

- Ei, ta tudo bem Dul. Tudo bem. – Eu a abracei de volta chocado com o estado dela, nunca a tinha visto desse jeito. – O que aconteceu? O que aquele desgraçado fez??

Então eu olhei pra frente o vi nos olhando no final do corredor. Eu não sabia o que tinha acontecido ali, mas sabia que a culpa dela estar daquele jeito era dele.

- Fica aqui, amor – Eu lhe dei um beijo na testa antes de me afastar dela e ir caminhando em direção dele.

- Ora ora, chegou o herói – Ele disse rindo. Estava visivelmente bêbado.

- Seu imbecil! – Eu fechei o punho e lhe dei um soco no rosto que o fez cair de costas no chão. – Nunca mais toque nela!Nunca mais seu verme!

Eu nem esperei que ele levantasse do chão, apenas lhe dei as costas e voltei para Dulce que estava encolhida no meio do corredor abraçando o próprio corpo.