Fanfic: O Que Eu Sinto Por Você - DyC ♥

2 dias depois...

Eu sou uma covarde. E essa é a verdade.

Fui parar na casa da Amanda, nem sequer tinha saído da cidade do México como todo mundo pensava.
Simplesmente não tive coragem de ir para a casa dos meus pais e ter mais uma briga pessoalmente com meu pai e agüentar ele por alguns dias tentando me convencer a voltar para a faculdade. Mas eu precisava ficar longe do Chris por um tempo... Precisava pensar longe dele depois daquilo que aconteceu.

Então fui pra casa da Amanda que ficou bem contente em me ter ali por esses dias, era bom ficar ali, ela não ficava em cima de mim perguntando o que aconteceu para eu ir parar ali, simplesmente me deixava a maior parte do tempo sozinha pra eu pensar na vida.

Olhei meu celular que tocava pela décima vez hoje pela manhã,  achei que seria ele, Chris já tinha me ligado milhares de vezes desde que eu tinha saído do apartamento, e eu como covarde que sou não atendi nenhuma vez. Mas pra minha surpresa não era Christopher, era minha irmã que estava ligando.

- Alô?

- Dulce? Você tá bem? Onde você está? – Ouvi a voz preocupada de Claudia do outro lado da linha.

- Oi Claudia, calma, eu estou bem. Por que?

- Ah graças a Deus, achei que tivesse acontecido algo com você! Christopher ligou aqui em casa pedindo pra falar contigo, disse que tu tinha saído a dois dias dizendo que vinha pra casa dos nossos pais!

- Ah droga, ele ligou aí é?

- Ligou! Onde diabos você está afinal? Ele está louco de preocupação!

- Eu estou na casa de uma amiga... Ah me desculpa Claudia, desculpa a confusão. Eu acabei desistindo de ir aí...

Ela brigou uns minutos a mais comigo e então finalmente me deixou desligar.  Ah mas que droga! Agora ele estava preocupado achando que algo aconteceu comigo! Como eu consigo me meter nessas coisas? Aiai Dulce Maria...

Comecei a arrumar minhas roupas na mala de novo, deixei um bilhete pra Amanda que não estava em casa e minutos depois já estava na rua procurando um táxi.

Meia hora depois eu saí do elevador do meu prédio puxando a mala de rodinhas em direção a porta do nosso apartamento. Só quando estava ali na frente lembrei que tinha deixado as chaves com a Anahí. Mas que droga! Não estava afim de descer lá em baixo atrás das chaves.

Respirei fundo e então apertei a campainha e esperei até ele aparecer.

Demorou alguns segundos até ele abrir a porta. Quando me viu ele parou tudo, me fitou espantado em silencio.

- Oi – Eu disse quebrando o silencio.

- Dulce! – Ele me puxou pela cintura e me abraçou forte – Meu Deus, onde você estava? Eu achei que tinha acontecido alguma coisa quando Claudia disse que você não tinha ido pra lá. Você tá bem? – Ele começou a me apalpar pra ver se eu tinha algum machucado – Tá bem mesmo?

Ele se afastou pra me olhar e sorriu quando viu que eu parecia estar perfeitamente bem.

Eu me senti terrivelmente culpada por ele ter se preocupado desse jeito, fugindo do olhar dele eu entrei no apartamento com a mala e fui indo em direção ao meu quarto.

-  Mas onde você esteve? O que aconteceu com seu celular que não atendia? – Ele veio atrás de  mim.

- Estava na casa da Amanda, não atendi o celular por que queria ficar um tempo longe de... tudo. E você não precisava ter se preocupado.Eu estava ótima! – Respondi as perguntas dele, vi quando o sorriso dele morreu e ele ficou sério.

- Você não atendeu o celular por que não quis? E estava na Amanda esse tempo todo?

- Uhum...

Ele me olhou incrédulo

- Você é uma idiota Dulce Maria – Disse simplesmente antes de me dar as costas e sair do quarto.

- Ei, do que você me chamou? – Eu fui atrás dele e o encontrei já na sala.

- Quer dizer que eu passo horas morrendo de preocupação, imaginando coisa horríveis e você estava o tempo todo ótima me ignorando por que queria? Pelo amor de Deus garota, não pensou nem um por um momento em me avisar onde estava?

- Eu já sou bem grandinha, sabe... Posso me cuidar sozinha e não preciso dar satisfação pra ninguém.

- Podia ter acontecido alguma coisa!

- Mas não aconteceu! Olha só, desculpa se te preocupei, tá? É só que precisava de um tempo sozinha... pra pensar.

- Podia ter pelo menos me avisado onde ia... eu... eu já começava a imaginar que talvez Pablo tivesse ido atrás de você ou que tivesse tido um acidente... – A voz dele falhou - Não faz mais isso Dulce... eu fiquei louco de preocupação!

- Desculpa Chris... – Eu repeti, o olhar triste dele estava me matando!

E então antes que eu pudesse me preparar para essa aproximação as mãos dele estavam no meu rosto. Ele me olhou nos olhos por um momento e então me beijou.

Me beijou com urgência,como se não tivesse muito mais tempo para me beijar. Eu não tive tempo de pensar, apenas o correspondi por que o desejo que ele demonstrava sentir nesse beijo era o mesmo que eu estava sentindo.

Ele me puxou pela cintura para mais perto dele e continuou a me beijar, a boca se encaixando perfeitamente na minha.

- Dois dias foram demais pra mim – Ele disse ofegante com a testa colada na minha.

Eu sabia do que ele estava falando, dois dias também foram demais pra mim... eu achava que não poderia mais ficar muito tempo sem ele perto de mim desse jeito.

- Aquele dia... foi... incrível! – Ele continuou – Se foi por isso que você sumiu esses dois dias, só quero dizer que não precisa ficar assim, ok? As coisas entre nós não precisam mudar.

- Elas já mudaram, Chris. Ou por acaso há três meses atrás você me beijava?

- Você quer que as coisas mudem? – Ele se afastou um pouco de mim e me olhou nos olhos.

- Não quero perder sua amizade, essa amizade legal que nós temos. Mas aquele dia foi realmente incrível! E... eu não sei... eu to confusa Chris.

Ele me deu um beijinho delicado e então voltou a me encarar.

- Já ouviu falar em... hum... Amigos com direito? – Perguntou com cuidado, analisando meu rosto.

Eu comecei a rir mas aí parei quando vi que ele continuava sério me olhando.

- Está falando sério? – Perguntei incerta.

Ele capturou minha boca de novo antes de responder.

- Seriíssimo.