Fanfic: O Que Eu Sinto Por Você - DyC ♥

♪ Rozar tu cuerpo intacto despacio
Y así hasta el fin.
Llegar al sítio mas claro exacto
Contigo y por ti... ♪

2 semanas depois.

~*~

Atirei para um lado a mochila com minhas coisas e me joguei no sofá exausto. Fechei meus olhos deitado ali sem vontade nenhuma de me mexer, as gravações tinham sido bem intensas hoje. Horas e horas em um set de gravação repetindo cena após cena, é... ser ator não era tão fácil.

Foi quando eu começava a considerar tirar um cochilo ali mesmo no sofá que eu senti seus dedos no meu cabelo, eu sorri sem abrir os olhos.
- Dia longo? – Ela perguntou sem parar de mexer no meu cabelo.
- Uhum – Eu concordei com um suspiro. Virei ficando com o rosto pra cima e a olhei sentada ali na pontinha do sofá perto da minha barriga, Dulce sorriu pra mim e então se inclinou e me deu um rápido beijo no rosto e depois já se afastou ficando em pé. – Por que a pressa? – Eu perguntei, ela só rolou os olhos e fez menção de se afastar, mas eu a puxei pelo braço a fazendo cair em cima de mim – Sério, por que a pressa? – Eu disse rindo.

- Bobo – Ela bateu de leve no meu braço mas riu comigo.

Quando paramos de rir ficamos ali nos encarando por longos minutos, o rosto dela a centímetros do meu. Eu toquei sua bochecha com a minha mão e ela corou imediatamente, eu sorri e ela mordeu o lábio inferior meio nervosa. E então eu finalmente a puxei para um beijo.

~*~

Amigos com direito. Meu coração pulava só de pensar nisso.
Eu ainda ficava completamente confusa com essa história, mas nesses momentos que estava com ele tudo parecia tão... certo. Então eu parava de ser negativa e me perguntar se não era errado a gente ter entrado nessa.

As mãos dele apertaram minha cintura e um calor que não tinha nada a ver com o clima percorreu todo o meu corpo. De repente ele me girou e ficou por cima de mim no sofá sem parar de me beijar.

E então quando um turbilhão de sensações e sentimentos começaram a vir à tona um alarme soou na minha cabeça e eu na hora coloquei as mãos em seu peito e o empurrei. Ele se afastou um pouco e me olhou confuso.

- Que foi? – Perguntou sem entender minha reação.
Eu sentia meu coração a mil e um calor absurdo no meu rosto me informando que eu devia estar vermelha.

- Eu não sei. – Murmurei sem olhar direto em seus olhos. Eu estava mentindo, uma parte de mim realmente entendia o que eu sentia nessas horas. Ultimamente algo muito grande despertava dentro de mim quando estávamos juntos, não era ruim mas me assustava a maneira como eu andava gostando dele. Com certeza o que eu andava sentindo não fazia parte da ideia que ele tinha do que amigos com direito podiam sentir.  Eu me sentia mal só de pensar nessas coisas dentro de mim... era absurdo demais!

- Você não está... quero dizer... hãn... quando você concordou com essa história de amigos com direito, sabe... você se arrependeu? – Ele perguntou devagar. Eu encontrei seus olhos preocupados me olhando – Tudo bem se você não quiser mais... sabe...

~*~

Antes que eu pudesse terminar ela me puxou e me deu um beijo me fazendo calar. Confesso que senti um grande alivio com isso, se ela voltasse atrás nessa história eu não sabia muito como conseguiria ser apenas seu amigo de novo.
Ela me deu um beijinho antes de se afastar completamente e então me deu um meio sorriso.
- Eu não me arrependi, ok? É só que sei lá... ainda é meio novo tudo isso pra mim.
- Só isso? – Perguntei tocando seu rosto.

- Só isso. – Ela respondeu, mas eu percebi que ela hesitou um pouquinho antes de responder.

Antes que eu insistisse nisso ouvimos a porta do apartamento abrir e a voz de Anahí chamando pela Dulce. Ela pulou pra longe de mim e quando Anahí apareceu na sala nós dois estávamos sentadinhos muito bem comportados um do lado do outro. Ainda não tínhamos contado para nossos amigos sobre essa nossa história confusa...

- Bater na porta para que, né? – Eu comentei olhando para a Anahí.

- Estava destrancada! – Ela mostrou a língua pra mim e então se virou sorridente para Dulce. – Você tem um admirador!

~*~

- Eu tenho o que? – Perguntei sem entender. Então ela tirou as mãos de trás das costas e mostrou um enorme buque de flores que segurava.
- As flores tinham acabado de chegar quando passei pela portaria, o porteiro me deixou entrega-las pra você. – Ela empurrou o buque em minhas mãos.

Eu olhei meio boba para as flores.

- De quem são? – Ouvi Chris perguntar com uma voz mal humorada, eu ergui os olhos das flores e o olhei a tempo de ver uma ruga em sua testa antes dele arrumar a expressão e dar de ombros pra mim – Só estou curioso.

- Abre o cartão! – Any disse sentando no meio de mim e do Christopher.
Eu peguei o pequeno cartão do meio das flores e li o que estava escrito ali.