Fanfic: O Que Eu Sinto Por Você - DyC ♥

- Uau, estou recebendo um convite de jantar de um tal de... Antonio? Eu não conheço nenhum Antonio...Ah! Na verdade... bem, será? O Antonio de ontem?

- Com certeza deve ser ele! – Ela confirmou a minha pergunta - Ele não tirava os olhos de você.
Eu rolei os olhos pra ela mas sorri meio tímida, a verdade é que eu nunca tinha recebido flores antes.

- De ontem? O que houve ontem? Quem diabos é Antonio? – Christopher perguntou com os olhos cravados em mim e parecendo me acusar silenciosamente como se eu tivesse feito algo errado.

- Eu e as meninas saímos ontem, fomos em uma casa de shows bem bacana aqui perto. Fizemos amizade com um grupo de turistas lá, Antonio é um deles... – Eu resumi desviando o olhar do dele.

- Hum...Legal. Legal mesmo. – Ele resmungou e então saiu da sala sem dizer mais nada.

Eu olhei meio constrangida para as flores.

- Ok, Christopher parecendo com ciúmes e você toda desconcertada com isso. O que está acontecendo aqui? – Anahí exigiu saber me olhando desconfiada.

~*~

Tomei um demorado banho e tentei colocar minha cabeça no lugar. Mas a verdade é que quando sai do banho ainda estava com vontade de socar alguma coisa. Eu me sentia um idiota e sabia que não podia me meter na vida dela, ela não tinha um compromisso comigo, podia ficar com quem quisesse! Eu era só... só uma amizade colorida dela.
Me atirei de costas na cama e pus as mãos no rosto, tentando não pensar... não sentir...

- Chris? – Ouvi ela bater na porta e então.
Eu suspirei e levantei indo abrir pra ela entrar. Abri a porta e então sem olhar pra Dulce voltei a me atirar na cama e ficar do mesmo jeito de antes.

- A Any já foi... – Ela disse depois de um tempo de silencio.
- Legal. – Eu murmurei tirando as mãos do meus rosto e olhando para o teto agora. Dulce ficou de pé ao lado da minha cama, eu podia sentir ela me olhando mas eu não me virei para encará-la.

- Escuta, sobre as flores... quero dizer, sobre o Antonio... eu...
- Tudo bem – Eu a cortei no meio da frase – Você não precisa explicar nada, com quem você sai ou de quem recebe presentes... tudo isso é seu problema e de mais ninguém.

- Você pareceu meio estranho na sala... – Ela sentou na beirada da cama – Chris, será que da pra me olhar? – Ela tocou meu braço. Eu suspirei e então a olhei. – É só que eu me senti esquisita com isso – Ela continuou – Sabe, em um minuto nos estávamos ali nos beijando e no outro alguém está me mandando flores e me chamando pra jantar...

- Esquisita por que? É assim que essa história de amigos com direito tem que funcionar. Nós não temos um compromisso... você não tem que se sentir esquisita em estar querendo sair com outra pessoa. – Eu disse meio irritado, a verdade é que eu ainda podia sentir aquele monstrinho chamado ciúme gritando no meu peito e isso só piorava tudo! As coisas não deviam estar indo para esse lado...

- Eu não disse que estava querendo sair com outra pessoa – Ela murmurou – Mas se é assim que você acha que as coisas tem que ser, tudo bem. Você com certeza tem mais experiência com essa coisa de ficar sem compromisso. – A voz dela parecia tão irritada quanta a minha. Ela cruzou os braços e desviou o olhar do meu. – Talvez eu saia com ele...

O monstro  ciumento gritou mais alto no meu peito com as últimas palavras dela e eu me senti um pouco ofendido com esse negocio de eu ter mais experiência com as coisas sem compromisso.
- Legal. Que bom para você – Eu disse mal humorado -  Na verdade é muito bom, eu também tenho um encontro marcado para amanhã, então... – Era uma grande mentira, mas eu não me importei.

Ela virou o rosto rápido e me olhou surpresa.
- Você tem um encontro?
- Tenho.

Ela se pos de pé imediatamente e se afastou da cama como se eu tivesse alguma doença contagiosa.
- Ótimo! – Ela disse – Então divirta-se amanhã com seja lá quem for que você vai sair. E é realmente legal que você tenha me contado isso só agora.
- Tão legal quanto você ter me contado sobre o seu amiguinho turista de ontem. – Eu sentei na cama e a encarei – Divirta-se também.
- Eu vou.
- Ok.
- Ok. – Ela me deu as costas e saiu do meu quarto. Eu ainda fiquei olhando carrancudo para o lugar onde ela estava a um segundo atrás, eu não tinha ideia do que tinha sido essa pequena troca de farpas! A única coisa que eu sabia era que estava mais irritado que nunca e claro... completamente louco de ciúmes.