Fanfic: A falta que vc me faz aya finalizada

Poncho deu um suspiro e abraçou-a com força, apertando-a de encontro ao corpo e falou em seu ouvido.

—Ainda pensa que estamos nos distanciando? — disse com voz sensual.

Beijou-a com ardor, sem lhe dar chance de pensar ou retrucar, até que ela sentiu-se derreter de desejo. A voz dele tirou-a do sonho no qual mergulhara.

—Deixou que aquele sem-vergonha tocasse em você? Deixou? — ele repetiu, quando ela ficou muda. — Eu quero saber! Preciso saber!

Os olhos azuis brilhavam furiosos, sem acreditar no que ele dissera. Anny encarou-o e disse com raiva:

—Vá para o inferno!

Ele foi e levou-a junto. Arrancou sua camisola e as próprias roupas e amou-a com violência e desespero. Quando terminou, ela virou-se para o lado e Poncho foi para o banheiro. Depois de muito tempo, voltou para a cama, e Anny já estava dormindo.


Na noite seguinte, o telefone tocou no momento que Anny preparava o jantar das crianças. Ela foi atender na extensão do hall, porque a televisão na cozinha estava com o som muito alto.

—Alô, aqui é Anahi Puente —disse, distraída, esticando o fio do aparelho no limite, para enxergar o outro aposento.

Depois de uma pausa, uma voz fria perguntou por Poncho.

—Ele ainda não chegou em casa. —Quer deixar recado? Mais uma pausa, e Anny olhou preocupada para o forno elétrico. Se a ligação demorasse, os bifes acabariam queimando.

—Aqui é Claudia Schimdt.


Capítulo IX

Poncho chegou logo depois e encontrou Anny ao lado do telefone. Ela parecia em estado de choque.

—O que aconteceu?

—Claudia acabou de telefonar — disse, inexpressiva. —Pediu para você ligar de volta.

Continuou imóvel, sem saber se desmaiava ou simplesmente desaparecia e notou o rosto de Poncho avermelhar-se de cólera, e um som que nunca escutara saiu da garganta dele, dando a impressão de que explodiria.

Contraindo o maxilar, ele deixou cair a pasta com um estrondo e respirou fundo, soltando o ar com um assobio. Empurrou-a para o lado, entrou em seu escritório e bateu a porta com força.

Chocada, ela não sabia o que fazer. A simples menção ao nome de Claudia poderia provocar tal reação em Poncho?

Ao seu chamado, ele correu como um homem possuído!

Anny embalava Michael no sofá quando Poncho entrou na sala. Estava pálido e mais controlado, mas ela ainda notou emoção no brilho do olhar. Kate correu para o pai e, em vez do abraço costumeiro, recebeu apenas um afago na cabeça dourada. Sam esticara as pernas na frente da televisão e mal se moveu para lhe dar paisagem, pois estava entretido com o filme. O pequeno Michael, sonolento, lançou um olhar carinhoso e mergulhou no conforto dos braços da mãe.

Poncho olhava fixamente para ela.

—Quero que me desculpe. Ela já havia sido instruída para nunca ligar aqui.

—Não tem importância.

—É claro que tem! — ele disse com a voz alterada, e as três crianças olharam surpresas para o pai. Poncho passou a mão no cabelo, num gesto impaciente, se esforçando para se acalmar. —Sammy, Kate, por favor, brinquem um pouco com Michael enquanto converso com sua mãe.