Fanfic: Doce Inimigo {AyA [terminada]
Capítulo Cinco
Ele estava esperando por
ela na mesa do café da manhã, uma camisa vermelha de malha esticada em toda a
vasta extensão de seu peito com a pele bronzeada e os pelos negros ondulados
apenas visíveis no V da garganta. Seus olhos pálidos procuraram os dela por um
instante antes de descer para a delicada blusa azul sobre o jeans.
Estreitaram-se na fita fina que prendiam seus cabelos na nuca.
— Por que você puxa o
cabelo para trás assim? perguntou ele calmamente.
— Ele fica em meus olhos
quando cavalgo, respondeu ela, tomando o seu lugar à mesa.
— Como você quer seus
ovos, querida? Emma perguntou da cozinha.
— Nada para mim, Emma! Só
café esta manhã, ela respondeu de volta.
— Sem apetite? Alfonso
repreendeu.
Ela olhou nos olhos dele. —
Sim, ela disse com uma voz que soou sem fôlego até mesmo para seus próprios
ouvidos.
Sorrindo, ele estudou a
sobre a borda de sua xícara de café. — Sem maquiagem? ele perguntou suavemente.
Ela viu a luz tocar os fios de prata em seus cabelos e fazê-los cintilar.
— Eu… eu não coloquei
ainda. Ele manteve os olhos sobre a mesa, o rosto solene.
— Não coloque. Não me
agrada o gosto.
Seus lábios se separaram
em um protesto, mas Emma entrou com uma xícara de café e Any deu-lhe toda sua
atenção.
Foi uma manhã perfeita
para um preguiçoso passeio a cavalo. Mesmo o calor sufocante era imperceptível
sob a sombra das imensas nogueiras espalhas pelo bosque. Any nunca deixou de se
impressionar com as linhas ordenadas como haviam sido plantadas há muitos anos
antes.
— Eu me pergunto quão
velhos eles são, ela murmurou distraidamente.
— As árvores? Alfonso
sorriu. — Mais do que qualquer um de nós, isso é fato.
— Fale por si mesmo, vovô,
ela respondeu maliciosamente.
Ele lançou um olhar
vingativo em sua direção e puxou o chapéu sobre a testa. —Terreno perigoso, Any.
— Eu não tenho medo de
você, ela provocou. — Seus pobres ossos velhos são tão frágeis que
provavelmente iriam quebrar se você me perseguisse.
Ele freou seu cavalo e
olhou para ela. — Eu acho que Christopher tinha razão, disse a ela. —Escolhemos
as armas e contamos cinquenta passos amanhã de manhã?
— Tem certeza que sua mão
é firme o bastante para segurar uma arma…?
— Dane-se! ele riu.
Ela riu de volta e os anos
quase diminuiram. — Vamos apostar uma corrida até o pasto! ela desafiou e tocou
os flancos Melody com seus calcanhares.
Ela pensou que poderia
passá-lo à medida que atravessasse o pasto verde coberto de flores do campo e
foi em direção ao bosque. Mas antes que ela pudesse chegar até ele, Alfonso
passou-lhe como se a égua pequena que ela montava estivesse empacada. Ninguém,
pensou miseravelmente, poderia vencê-lo nisso. Ele era um excelente cavaleiro,
parecia fazer parte do cavalo que montava, um exemplo da graça e do poder
masculino.
— Onde você esteve? ele
perguntou quando ela freou ao lado dele. Ele fez uma pausa no ato de acender um
cigarro sorrindo para o rosto dela corado de raiva. — Perdedora nervosa!
Ela fez uma careta para
ele. — Por que você sempre tem que ganhar?
— É a minha terra, ele
respondeu calmamente.
Seus olhos percorreram a
luxúriosa pastagem, as cercas ao longe na distância, e o rebanho de gado que
parecia pontos vermelhos e brancos. — É lindo, ela murmurou baixinho.
— Você nem sempre pensou
assim, ele lembrou-a. — E você estava certa. A vida em uma fazenda tem os seus
inconvenientes, Any. Não há muita vida noturna por aqui, nem diversão. Pode
ficar muito solitário.
— É assim que você me vê?
perguntou ela com um sorriso melancólico. — Uma garota da cidade, com paixão
por casas noturnas?
Ele estudou-a atentamente
sobre seu cigarro. — Definitivamente, uma garota da cidade. Você sempre foi.
Ela deixou os olhos
seguirem o vôo de uma borboleta amarela e preta nas proximidades. — Estou feliz
por você me conhecer tão bem.
Houve um silêncio explosivo.
— Se você odeia tanto a cidade, por que mora lá?
Ela se encolheu sob a
moderada fúria em sua voz. — O que mais eu poderia fazer? Tudo que eu sei é ser
secretária. Ela olhou para ele. — Não existem muitos postos de trabalho
disponíveis para vaqueiras mulheres, no caso de você ter esquecido. Ou, disse
ela com frieza, — você simplesmente nunca percebeu que eu não era um menino?
Seus olhos brilharam com
humor. — Para dizer a verdade, querida, nunca prestei muita atenção.
Ela tocou os flancos da
égua delicadamente e incitou-a em uma caminhada.— Obrigada.
O caminho através do
bosque era grande o suficiente para ambos os cavalos andarem lado a lado, mais
uma estrada de fogo do que uma trilha. A paz era hipnótica, só quebrada pelo
farfalhar suave dos pinheiros na brisa da água, não muito longe o som do
borbulhar, da água correndo suavemente.
— Por aqui, Alfonso disse,
colocando sua montaria num caminho menor e menos claro.
Ela seguiu-o até o que
parecia ser uma parede de vegetação rasteira. Ele desceu da sela e amarrou o
cavalo, guiando Any para amarrar a égua vários metros a frente.
Segurou os ramos para que
ela passasse, e enquanto caminhavam para uma pequena clareira, foi de repente,
como voltar através do tempo. O pequeno córrego, onde ela e Dulce uma vez passaram
as tardes preguiçosas de verão após brincar e compartilhar sonhos durante um
piquenique estava lá. Tão clara, doce e arenosa do que nunca.
— Olhe por onde anda, ele
a advertiu enquanto acomodava seu corpo alto sob um carvalho baixo. — Eu tive
gado atolado nessa areia macia.
Ela olhou para ele
enquanto se sentava para tirar suas meias e botas. — Se eu mugir educadamente,
você me puxa para fora?
Ele sorriu sob a aba do
chapéu, enquanto deitava-se com as mãos embaixo da cabeça. — Claro. Ela entrou
na corrente clara, deleitada com a sensação da água fria sobre os pés
descalços, o cheiro úmido de areia, silte e doces flores silvestres ao longo
das margens.
— Eu costumava vir aqui
quando era um menino, observou ele preguiçosamente. —Aprendi a nadar a poucos metros
acima, onde o rio se alarga.
— E pegar girinos e
lagartos também, aposto.
— Não.Só serpentes d’água,
respondeu.
Ela congelou no caminho. —
A… aqui? perguntou ela.
— Claro. Costuma ficar
cheio delas.
Calafrios subiram pelos
seus braços. Ela congelou no meio do rio, olhando cautelosamente ao seu redor.
De repente, toda vara fina que ela via era um inimigo silvando.
— C… Alfonso? O que eu
faço se ver uma?, perguntou ela.
— O que você costumava
fazer quando você e Dulce vinham aqui?
— Nós nunca vimos nenhuma.
— Pura sorte, comentou.
Ele levantou a ponta do seu chapéu e espiou-a antes de baixá-lo novamente. —
Bem, Any, se você ver uma, é melhor correr como o inferno. Não vai fazer muita
diferença, é claro, elas são rápidos e as cobras são conhecidas por perseguir
as pessoas…
Ela estava sentada ao lado
dele com suas botas e meias na mão antes de ele terminar a frase. Ele soltou
uma gargalhada. — Meu Deus, eu estava brincando, ele riu.
— Você sabe como tenho
medo de cobras, ela murmurou.
— Depois do verão passado,
tenho uma boa idéia, ele concordou.
Ela enxugou os pés com
suas meias, ignorando-o.
— O que você faz para se
divertir em Columbus? ele perguntou.
Chateada com uma das meias
na mão, olhava para as faíscas brilhantes na água. Ela deu de ombros. — Passei
a maior parte do meu tempo escavando o quintal e plantando coisas na primavera.
No verão, gostava de pescar no Chattahoochee. No outono ia para as montanhas
com algumas das outras meninas e observava a mudança das folhas das árvores. No
inverno, dirigia até Atlanta para ouvir a sinfonia ou assistir ao balé. Ela
estudou a meia amarrotada. — Coisas aborrecidas assim. Aposto que você não
suporta música clássica.
— Na verdade gosto, disse
ele calmamente. — Embora o meu gosto esteja mais para os velhos mestres —
Dvorak, Debussy, Beethoven. Não gosto muito das composições contemporâneas.
Ela olhou para o chapéu
sobre seu rosto. — Sarah disse que você gostava de música country.
— Gosto. E musica
instrumental também. Sua mão procurando cegamente no bolso da camisa o maço de
cigarros. — Gosto de arte, também, pequena. Costumava dirigir até Tallahassee
para assistir exposições também.
— Quando a exposição do
rei Tut estava em… exclamou ela.
— Eu vi, ele interrompeu.
Ele tirou o chapéu e jogou-o para um lado, enquanto acendia um cigarro e olhava
para ela com olhos de um verde mais escuro do que as folhas das árvores acima.
— Deixe seu cabelo solto. Não gosto deles amarrados assim.
— Você só quer que ele
caia em meus olhos para que eu não posso ver, ela amuou, mas soltou a fita de
qualquer jeitos, e deixou que as ondas douradas caíssem suavemente para emoldurar
o rosto.
Ele esticou um braço longo
e seus dedos pegaram um fio grosso, testando a suavidade. — Longo,grosso e
sedoso, ele murmurou baixinho. — Cetim dourado.
Ela não conseguia
respirar. Os olhos dela foram impelidos para o tronco da árvore atrás dele. –
Você…você ainda gosta de caçar?, ela perguntou ofegante.
— Só veado, ele murmurou.
— Seu cílios são tão longos que não parecem reais, você sabia?
Ela deu um suspiro. — Alfonso,
nós não devíamos…
— Não devíamos o que,
querida?, perguntou baixinho.
Ela encontrou com seu
calmo olhar penetrante e perdeu o resto de sua respiração enquanto seus olhos
abriam-se com algo parecido com choque.
Autor(a): theangelanni
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Sem tirar os olhos dela, atirou o cigarro no córrego e trouxe-a para mais perto dele. — Alfonso…! sussurrou ela com medo, apertando suas mãos pequenas contra o peito largo enquanto ele se inclinava sobre ela, deitando-a facilmente sobre as folhas secas de pinheiro e palha que cobria o chão duro Seus dedos magros tocaram seu rosto, d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 347
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:16
Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:05
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:57
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:40:09
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:58
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:22
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