Fanfics Brasil - 16° Capítulo Doce Inimigo {AyA [terminada]

Fanfic: Doce Inimigo {AyA [terminada]


Capítulo: 16° Capítulo

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A admissão atordoou-a até
que ela perceber, que como a maioria dos homens, ele não suportava lágrimas de
qualquer natureza. Ela lutou para recuperar a compostura e parar as lágrimas
quentes de correr pelo seu rosto e para os cantos de sua boca.


— Eu gostava dele, disse
ela hesitante. — Era como… como se eu o conhecesse a vida toda.


— Isso acontece às vezes.
Seus braços estavam contraídos, e ela sentiu uma mão quente encostar nas suas
costas nuas logo acima da linha de seu vestido de verão, acariciando a pele
sedosa. Sob a sua orelha, ela podia sentir o súbito suspiro pesado de sua
respiração, seus lábios roçaram a testa, e ela enrijeceu involuntariamente.


Ele afastou-se abruptamente,
sua mão indo para o bolso interno do paletó. — Masterson tinha isso no bolso,
disse ele, entregando-lhe um envelope sem lacre. — Estava endereçada a você.
Seu sobrinho me pediu para entregar.


Ela engoliu nervosamente,
olhando para o pequeno envelope branco na mão, no seu nome escrito em negrito
preto e o endereço da fazenda. — Para mim? O que… o que é?


— Não sei, disse ele,
afastando-se dela para recuperar o seu cigarro no cinzeiro sobre a mesa.


— Nenhum de nós se sentiu
no direito de lê-lo.


Ela tocou o envelope com
os dedos e suspirou. Ela não poderia abri-lo agora, com Alfonso há apenas
alguns metros de distância. — Eu vou ler mais tarde. Alfonso, Dulce ligou. Ela
chega no sábado.


Ele girou sobre seus
calcanhares, seus olhos estreitaram-se no rosto duro. —Você chamou reforço?
perguntou veementemente.


— Não! ela piscou. — Ela
ligou e disse que estava vindo. O que eu deveria fazer? Dizer lhe que não, e
que seu irmão…?


— Que o seu irmão o quê?
ele rosnou.


Ela virou-se. — Deixei
todos seus recados sobre a mesa, disse ela calmamente.


Houve uma longa pausa. —
Comprei algumas novilhas de reposição, disse ele, finalmente, o controle de
ferro por trás de sua voz profunda. — E um par de touros para acrescentar ao
meu plantel de reprodutores. Faremos esses registros amanhã.


— Ok, disse ela em um
sussurro.


— Any.


Ela parou com a mão na
maçaneta da porta, mas não se virou para encará-lo. — O que?


— Não use esse vestido de
novo.


Ela estava com medo de lhe
perguntar porquê. A nota em sua voz rouca quase foi resposta suficiente.


Lá em cima, na privacidade
do seu quarto, ela sentou em uma cadeira ao lado da janela escura e leu a carta
com a luz da pequena lâmpada.


Anahí Giovanna, começava em uma grossa e pesada letra
masculina, se eu tivesse tido mais tempo para organizar tudo, iria lhe mandar
uma passagem para Stonehenge, ao invés disso. Mas daí, eu teria que ter mais
uma semana livre, e com toda honestidade, não tenho esperança disso. Você
encontrará todas as despesas pagas, o cruzeiro, as refeições e a hospedagem. Eu
tinha que chegar em casa rápido, ou teria te convencido a aceitar essa
passagem.Any, por favor, não recuse. Satisfaça um velho homem que desfrutou
algumas das horas mais felizes de sua vida na sua companhia. Foi quase como um
regresso a casa. Não sei se você acredita em deja vu,
a carta continuava, e ela estremeceu
involuntariamente, mas se tais coisas
acontecem, talvez nós nos conhecemos em algum passado distante e partilhamos
mais do que café e conversa. Esta vida não era para nós. Talvez da próxima vez.
Com profundo afeto. Duke Masterson.


Talvez da próxima vez…
Seus olhos fecharam-se enquanto ela dobrava a carta de volta ao redor da
passagem. Quando as lágrimas pararam, ela leu a carta novamente e olhou para a
passagem. Era uma passagem de ida e volta para os sítios arqueológicos em todo
o Mediterrâneo, todos as despesas pagas, em um cruzeiro que começaria na
segunda-feira seguinte. Ela olhou fixamente para ele. Será que ela realmente se
daria ao luxo de ir agora, quando deveria estar procurando um emprego…


A voz de Emma chamou-a
para jantar e interrompeu seus pensamentos confusos temporariamente.


Atormentada,
questionava-se se deveria ou não ir ao cruzeiro. Ela queria, desesperadamente.
Mas ela estava dividida entre o prazer e o problema muito real de procurar um
emprego quando deixasse o rancho. Ela não tinha dito a ninguém sobre a
passagem. Estava seguramente guardado em sua bolsa, escondida na carta de Duke,
e ela a mantinha secretamente como uma oração preciosa demais para compartilhar
com alguém. Mas estava preocupada e aparentava isso.


Ela sentia os olhos
pensativos de Alfonso no café da manhã no dia anterior a chegada de Dulce.
Olhava-a como um falcão durante estes dias, ela pensou amargamente, mesmo que
ele tivesse tido o cuidado de se manter o mais longe possível dela desde que
tinha voltado de sua viagem. A maneira como ele a evitava foi notada até por
Emma, uma façanha. Any estava ao mesmo tempo ferida e aliviada por isso. Pelo
menos ela não tinha que de lutar contra qualquer tentação monstruosa. Não havia
nenhuma.


— Por que você não fala
sobre isso, Alfonso resmungou finalmente quando ela acabou de comer seu prato
de ovos e bacon, — ao invés de ficar sentada, com esse maldito olhar
mortificado em seu rosto?


Seus olhos ardiam enquanto
erguia seu rosto. — Por que você não se preocupa com as coisas que são da sua
conta?


— Você é da minha conta,
disse breve.


— Não por muito tempo.


— Louvado seja Deus!


Ela jogou seu guardanapo e
saiu, passando por Emma que estava entrando, com um prato cheio de presunto. — Any…?
Ela chamou.


Alfonso saiu atrás dela,
seu maxilar tenso, os olhos em chamas.


— Alfonso…? Emma murmurou.


Nem um deles parecia mesmo
ouvi-la. Com um suspiro e um encolher de ombros, ela levou o presunto de volta
para a cozinha.


Alfonso apanhou Any na
varanda da frente, segurando-a com uma mão áspera e cruel.


— Pare com esses acessos
de raiva, disse ele rispidamente, — ou vou dar meu remédio para eles.


Ela jogou os cabelos,
impaciente. — Por favor, largue o meu braço.


— Onde você está indo?


— Dar um passeio! Posso,
ou tenho que…?


Ele pressionou um dedo,
muito gentil contra seus lábios, percebendo a tempestade emocional que estava
rasgando-a enquanto ele encontrava seus olhos.


— Chega, disse ele
suavemente. — Venha cavalgar comigo. Vai ajudar.


Ela olhou para ele,
impotentes, sentindo o começo da rendição e odiando-o. — Você não… você não
está ocupado?


— Sempre, querida, disse
ele com um sorriso amável.


— Eu… eu posso ir sozinha,
ela murmurou.


— Eu quero ficar com você,
disse ele. Sua mão magra afastou alguns cabelos de seus lábios. — Nós não
tivemos muito tempo juntos desde que voltei para casa.


— Você quis assim,
respondeu ela, escondendo os olhos dele


— Eu sei.


— Alfonso… Os olhos dela
subiram ao encontro dele, com uma pergunta neles.


Ele balançou a cabeça. —
Agora não. Ainda não. Suas sobrancelhas escuras se uniram enquanto olhava para
ela, como se ela fosse um quebra-cabeça que ele não poderia juntar. — Maldição,
mulher…!


O lábio inferior tremeu
com a súbita raiva. — O que eu fiz agora? ela murmurou.


Ele respirou fundo e se
afastou. — Não importa. Vamos!


Eles montaram em um
silêncio de companheirismo por vários minutos, e Any sabia que ela tinha um
tesouro desta vez que guardaria como ouro quando deixasse o rancho. Os olhos
dela dispararam em sua direção quando ele não estava olhando, traçando o perfil
bem definido, os poderosos ombros, as costas retas. A visão dele era como uma
bebida gelada no deserto. Ela desejava ter trazido sua câmera, para poder ter
uma foto dele para levar para casa e… suspirou. Iria levar uma foto dele em seu
coração até o dia em que morresse. Isso teria que ser suficiente.


— O que você está
pensando? — perguntou-lhe depois de um tempo.


— Lembranças, ela
suspirou, sorrindo para a vastidão do campo e como eles controlavam as rédeas
sentados calmamente em suas montarias, lado a lado. — Muitas lembranças. O
prado onde Dulce e eu costumávamos pegar flores do campo, as nogueiras, que
davam um delicioso fruto no outono, o…


— O riacho onde fiz amor
com você?


Ela olhou para ele,
corando, os olhos sobre a aba do chapéu, puxado para baixo sombreando seus
olhos brilhantes.


— Você é sempre convencido
assim ou tem que se esforçar para isso? ela respondeu.


— Você me deixa vaidoso,
pequena, ele respondeu rapidamente. — Meu Deus, se você reagisse ao seu tolo e
pobre noivo da mesma maneira que reage a mim fisicamente, você ainda estaria
noiva!


Ela apertou os dentes,
ignorando-o.


Ele jogou a perna por cima
da sela, enquanto acendia um cigarro. Empurrou a aba do seu chapéu para trás,
os olhos em seu rosto ardendo, mesmo a distância, verde, impetuoso e estranho.


— Como foi, Any?,
perguntou ele com um chicote, profunda baixa em sua voz. — Como é a sensação de
me beijar? Você queria isso desde que tinha dezesseis anos. Valeu a pena sonhar
acordada?


Ela estudou as mãos
trêmulas sobre as rédeas, quase não acreditando que o pesadelo retornava.


Ele jogou o cigarro longe.
— Sem resposta? Talvez eu tenha te decepcionado, ele continuou sem piedade,
estreitando olhos. — A paixão não resiste às exigências que um homem faz a uma
mulher, pequena? A realidade sempre supera os sonhos. Pena você não ter
percebido isso quatro verões atrás.


— Amém, ela sussurrou por
entre os dentes. — Isso foi…


Ele riu, e o som áspero
doeu mais do que as palavras. — Eu não poderia pensar em uma melhor maneira de
curar você, querida. Tive todas as honras que um herói deveria ter. Fiz um
favor a nós dois.


— Obrigado, disse ela em
um sussurro pálido. — Depois do fracasso do meu noivado, era tudo que eu
precisava.


— Você está partindo meu
coração.


— Você não tem um! ela
atirou de volta, com os olhos ardendo as lágrimas fluindo enquanto olhava para
ele. — Você não saberia o que fazer com ele se tivesse um.


Ele deu de ombros, levando
o cigarro aos lábios cinzelados. — Talvez, ele respondeu calmamente. — Mas é
melhor você agradecer sua estrela da sorte que eu tenha uma consciência,
senhorita, ele acrescentou:. — Eu poderia ter tido você.



Era a verdade, e doeu como
o inferno, e ela fechou os olhos pela dor e a vergonha.


— Paixão ou não, você me
queria! ele rosnou, denotando fúria em cada linha de seu rosto.


— Para minha eterna
vergonha, ela suspirou devastada. Seus olhos brilhavam pelas lágrimas e dor ao
encontrar com os dele.


O rosto dele enrijeceu
como pedra, como se ela tivesse dado um tapa nele.


— Irei embora pela manhã,
com Dulce ou sem Dulce, ela sussurrou com voz rouca. — Fui torturada o
suficiente para o resto da vida!


Ela girou a égua e
incitou-a em um galope às cegas de volta para casa, inclinando-se na sela, como
se demônios a perseguissem. Mas Alfonso não a seguia. Ele estava sentado
congelado na sela, com os olhos em branco e o cigarro queimando esquecido na
mão.





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Autor(a): theangelanni

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Comentários da Fanfic 347



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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:16

    Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
    *-* ....s2....!!!!!
    Ahhhhhhhhh começa plisssssssssssssss
    Bjoosss

  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:05

    Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
    *-* ....s2....!!!!!
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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:57

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    *-* ....s2....!!!!!
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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:48

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:38

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:23

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:05

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:40:09

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:58

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:22

    Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
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