Fanfics Brasil - 18° Capítulo Doce Inimigo {AyA [terminada]

Fanfic: Doce Inimigo {AyA [terminada]


Capítulo: 18° Capítulo

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Capítulo Oito


 


 


Any sentou na cadeira ao
lado de sua cama no escuro, durante horas, com uma dor mais profunda do que
qualquer outra. A crueldade deliberada era quase insuportável. Ele sabia que ia
machucá-la. Ela tinha visto a satisfação nos olhos de jade. E tudo porque ela atingiu
seu ego. Por nenhuma outra razão do que essa. As lágrimas não pararam desde que
ela fechou a porta atrás dela para este interior de segurança que era a
escuridão. Não tinha parado, não tinha amenizado. Nem quando bateram na porta e
a voz hesitante de Emma chamou o nome dela suavemente. Nem quando ouviu duas
vozes do lado de fora do quarto fechado, uma profunda, lenta e irritada e outra
suave e suplicante.


Quando a primeira luz da
aurora passou pelas cortinas brancas macias, ela ainda não havia se levantado
da cadeira ou dormido. Seus olhos estavam vermelhos com olheiras escuras, o
rosto tão branco quanto na noite anterior.


Automaticamente, ela
começou a arrumar suas coisas, calma e eficientemente, separando a roupa limpa
e suja na única mala, reunindo os cosméticos da cômoda, e os produtos de
higiene do banheiro. Ela não se permitia pensar. Nem sobre o que ela sentia por
Alfonso, nem sobre o que ele fez com ela, nem sobre angustia de se afastar dele
pelo o resto de sua vida. Mantinha sua mente longe e nada mais. Escapar era a
única coisa importante em sua vida agora. Ela queria correr. Sem parar para
passar uma escova nos cabelos, ela pegou a mala e sem olhar para trás, fechou a
porta.


— Oh, você está aí, Emma
disse em um tom estranho, hesitante quando Any chegou ao fim da escada. —
Pronta para o café da manhã, querida? Certamente você não vai sair sem café da
manhã?


Any não respondeu, fazendo
um curto movimento com a cabeça, sem palavras. Ela pegou o telefone e chamou um
táxi com calma, consciente de que enquanto colocava o fone no gancho, Alfonso
tinha se aproximado pelo corredor.


Emma trocou um rápido
olhar com ele e saiu do corredor, fechando silenciosamente a porta da cozinha
atrás dela com um clique macio.


Any pegou a mala e foi
para a varanda da frente justamente quando Alfonso movia-se, ficando em pé,
parado na frente dela, com as mãos enfiadas nos bolsos da calça jeans. Seus
olhos estavam vermelhos, seu rosto pálido. Ela dispensou-lhe um olhar breve e
frio antes de desviar os olhos.


— Por favor, saia do meu
caminho, disse ela em um tom aparentemente calmo.


— Eu quero falar com você,
Any.


— Escreva-me uma carta,
ela disse — Se você tentar, provavelmente pode me insultar mais um pouco ao
enviá-la.


— Any! gemeu, chegando a
tocar seu ombro.


Ela encolheu-se dele como
se ele tivesse cortado a ela para o osso, recuando, com amplas e ardor nos
olhos. — Nunca mais faça isso de novo, ela sussurrou instável. — Nunca me
toque. Estou saindo de sua vida tão rapidamente quanto posso Alfonso, não é o
suficiente? Lágrimas nublando seus olhos. — O que mais você quer de mim,
sangue? gritou ela.


Ele respirou profunda e
lentamente. — Meu Deus, nunca quis machucar você… disse num fio de voz rouca,
algo escuro e sombrio em seus olhos enquanto procurava por seu rosto.


— Não, você não queria,
não é? Ela perguntou amargamente. — Você queria arrancar a pele de Belinda, mas
ela não estava aqui e eu estava. Talvez as coisas agora mudem, já que ela vai
voltar.


— Any, não é nada disso,
pelo amor de Deus! ele grunhiu enquanto ela se aproximava da porta. — Eu quero
te dizer…!


— O placar está igualado, Alfonso,
você disse isso, ela afirmou da varanda, os olhos acusando-o. — Não há nada
mais que você possa dizer que eu queira ouvir. Você disse tudo a noite passada.


Os olhos dele se estreitaram,
como se sentisse dor, seu olhar procurando, calmo, como se ele nunca a tivesse
visto antes e não conseguisse ver o suficiente de seu rosto. — Não, querida,
disse ele gentilmente. — Eu não disse tudo. Any…


O som alto de uma buzina
de carro estacionando no caminho que levava a casa interrompeu-o, e ela
virou-se e começou a descer os degraus com uma explosão de alívio que fez seus
esbeltos ombros relaxarem. — Diga adeus a Emma, ela disse por cima do ombro, —
e diga a Dulce que vou escrever!


Ele não respondeu, seu
rosto moreno e imóvel, com os olhos pregados à forma esguia que entrava no
carro e a porta que era fechada. Viu-a ir, com os olhos assombrados e
torturados enquanto o táxi se desvanecia lentamente em uma mancha amarela na
distância.


Emma saiu para a varanda,
secando as mãos no avental branco. — O café da manhã está pronto, ela disse
suavemente.


Ele não respondeu, com os
olhos perplexos, o rosto tenso.


— Você queria que ela
fosse, Emma lembrou-o. — Isso foi o que você me disse ontem à noite.


Ele se virou e entrou na
casa, em seu escritório, fechando a porta atrás de si com firmeza. Com um
suspiro, Emma voltou para a cozinha, imaginando como explicaria isso para Dulce.


Mais tarde, sentada
cansada no ônibus para Miami, Any lia a carta de Duke Masterson pela terceira
vez e agradecia silenciosamente ao grande homem moreno por esta saída. Ela não
teria suportado voltar ao apartamento ainda, enfrentar Dulce e as perguntas
inevitáveis. A ferida estava em carne viva, muito recente para ser explorada.
Em poucos dias, algumas semanas… ela olhou carinhosamente para a passagem da
prometida fuga. Era um alívio para tanto dano, tanta dor. Rodrigo, então Alfonso…
especialmente Alfonso. Ela fechou os olhos para as memórias amargas. Será que
ela nunca se esqueceria de como ele a humilhou, nunca se recuperaria do duro
golpe sofrido em seu orgulho?


Seus olhos se voltaram
para a janela, para as palmeiras e pinheiros no horizonte, ocasionalmente uma
casa era vista aninhada entre as árvores. As coisas estavam complicadas agora.
Ela não seria capaz de passar férias com Dulce nunca mais se isso significasse
ir ao rancho e encontrar Alfonso. Seria pior quando ele voasse para a cidade a
negócios e viesse ver a irmã. Ela suspirou, cansada. Talvez fosse melhor se ela
procurasse um emprego em Atlanta e se afastasse de sua amiga de infância. Isso
seria doloroso demais. Mas talvez, a longo prazo, seria o melhor.


Ela inclinou a cabeça para
trás contra o banco e fechou os olhos cansados. Parecia que fazia muito tempo
que tinha dormido, desde que tinha sentido alguma paz. Sua mente estava cheia
de Alfonso, dos velhos tempos.


Parecia que tinha sido há
muito tempo que ela e Alfonso tinham sentado no balanço da varanda juntos e
conversado sobre cavalos. Ou tinham feito longos passeios na floresta, ouvindo
seus contos sobre os primeiros dias de exploração da Flórida quando canoas
desciam o Rio Suwan-nee em viagens de reconhecimento.


Ele fez a Flórida ganhar
vida para ela. Podia ver o orgulho dos conquistadores espanhóis que vagavam
através dos bosques as margens do rio. Podia ouvir os tambores, Seminoles
ferozes, que nunca foram conquistados pelo governo dos Estados Unidos, apesar
de uma série de três guerras que ocorreram entre 1817 e 1858. Podia imaginar os
navios que partiam da costa arenosa da Flórida, com destino às Índias ou
América do Sul.


Ela suspirou. Alfonso
gostava dela quando era uma criança. Eles haviam sido amigos. Mas agora ele era
um inimigo, e todas as suas lágrimas não iria mudar isso. Não depois do que ele
tinha feito a ela. Seus olhos fecharam-se pela dor da lembrança. Tudo isso
tinha sido realmente necessário, ela se perguntava, a humilhação que ele tinha
lhe causado? Por que aquilo o tinha incomodado tanto, o que ela disse enquanto
eles estavam cavalgando, sobre sentir-se envergonhada pelo o que ele a fazia
sentir?


Ela balançou a cabeça
lentamente. Se ele queria envergonhá-la, tinha conseguido isso. Mas o que a
tinha intrigado era o olhar no rosto dele na manhã seguinte, o olhar sombrio,
olhos verdes famintos que a viam sair do rancho. Seria culpa ou dor no seu
olhar?


Suas sobrancelhas se
juntaram. Ela perguntou o que Dulce iria pensar quando chegasse lá, ou até
mesmo o que Alfonso diria a sua irmã sobre a história toda? Ela não tinha
mencionado que estava indo para Miami. Ninguém sabia que ela tinha uma passagem
para um cruzeiro. Alfonso e Emma achavam simplesmente que ela estava indo para
casa em Columbus. Bem, que diferença faria, ela se perguntou, com os olhos na
paisagem colorida fora da janela do ônibus com o pôr do sol deixando belas
chamas no céu. O dia tinha passado rápido, e logo Miami estaria à vista no
horizonte. Ela moveu-se impaciente no assento confortável. Miami. Será que
algum deles se preocuparia além de Emma e Dulce? Bem, ela enviaria um cartão
postal da Grécia ou Creta para Dulce ou de onde quer que ela estivesse. Dulce e
Emma, ela corrigiu.


Ela desceu do ônibus em
Miami e tomou um táxi para Miami Beach, para a Avenida Collins que era repleta
de suntuosos hotéis. Ela parecia uma garota do campo diante das paisagens e
sons da Praia de Miami a noite, bebendo o cheiro do sal do mar, o glorioso
colorido daquele lugar irreal sob as luzes da noite. Não havia estacionamento
disponível no hotel que ela tinha escolhido, então o motorista deixou-a na rua
movimentada e entregou a sua mala.


— Cuidado com o trânsito,
senhora, ele advertiu ao entregar-lhe o troco.


Ela acenou e sorriu. —
Terrível, não? Ela riu.


— Não depois que você se
acostuma. Ele sorriu enquanto ia embora.


Ela levantou a mala, ainda
sorrindo enquanto examinava a grandeza e a riqueza construída pelo homem. Em
poucas horas, ela estaria em um navio de cruzeiro rumo ao Atlântico. Deixando
para trás suas preocupações, suas tristezas, suas obrigações, apenas por pouco
tempo. Ela respirou fundo o ar quente do mar. Obrigado, Duke Masterson, disse
ela em silêncio, sentindo uma pontada de tristeza pelo grande homem, o homem
moreno que não estaria em algum lugar daquelas ruínas antigas esperando por
ela.


Ela foi em direção ao
hotel do outro lado da rua, sua mente longe, seus olhos desatentos. Ela não
percebeu o carro potente se afastando do meio fio com um guincho de pneus a
poucos metros de distância. Não até que sentiu o impacto súbito e tudo girando
em uma dolorosa escuridão…




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Autor(a): theangelanni

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Sons iam e vinham em vagos fragmentos, de uma grande distância… Várias costelas quebradas, lesões internas. — Ela não está respondendo. — Ela tem que responder! Meu Deus, faça alguma coisa, qualquer coisa! Não importa o quanto vai custar! — Nós estamos fazendo tudo o que podemos, é ...


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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:16

    Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
    *-* ....s2....!!!!!
    Ahhhhhhhhh começa plisssssssssssssss
    Bjoosss

  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:05

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:57

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:48

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:38

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:23

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:05

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:40:09

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:58

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  • mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:22

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