Fanfic: Doce Inimigo {AyA [terminada]
Sons iam e vinham em vagos
fragmentos, de uma grande distância…
Várias costelas quebradas,
lesões internas. — Ela não está respondendo.
— Ela tem que responder!
Meu Deus, faça alguma coisa, qualquer coisa! Não importa o quanto vai custar!
— Nós estamos fazendo tudo
o que podemos, é claro.… Mas ela não está tentando, veja. Tentando viver, eu
quero dizer. A vontade de viver pode fazer a diferença em casos como estes.
As vozes desvaneceram-se
e, em seguida, uma deles voltou, profunda e lenta, e ela estava vagamente
ciente dos dedos entrelaçados com os seus, segurando-os, acariciando-os.
— Fugindo de mim? a voz
rosnou. — É isso que você está tentando fazer, Any, fugir mais um pouco?
Os olhos dela
estremeceram, suas sobrancelhas contraíram. Sua cabeça moveu-se inquieto sobre
o travesseiro.
— Eu… não quero…, ela
sussurrou meio consciente.
— Não quer o quê?
— Viver, ela admitiu. —
Dói… muito.
— Morrer vai doer mais,
foi a resposta curta. — Porque se você for, eu vou também. Você não vai me
escapar dessa maneira. Então que Deus me ajude, vou segui-la! Você me ouviu, Any?
Sua cabeça movia-se de um
lado para o outro. — Deixe-me… sozinha! ela sussurrou dolorosamente.
— Por que diabos eu
deveria? Você não vai me deixar sozinho.
Os dedos foram apertados e
ela sentiu ou pensou sentir uma onda de emoção que fluia através deles,
aquecendo-a, tocando-a, gentilmente segurando-a a vida.
Ela lambeu seus lábios
secos e rachados. — Não…me deixe ir, ela murmurou, apertando a mão em torno dos
dedos fortes.
— Eu nunca deixarei você
ir, pequena. Aguente firme, querida. Só aguente.
— Aguente…, ela respirava,
e as trevas voltaram.
As vozes iam e vinham de
novo, ora monótona, ora discutindo. Uma voz feminina participava, articulada,
macia. Era como uma sinfonia de sons estranhos, misturado com o barulho de
objetos metálicos, o frescor de toalhas, a sensação de água quente e mãos
frias. E aquela voz…
— Não desista agora, ele
ordenava, e ela sentia os dedos fortes segurando os dela. — Você consegue se
você tentar. Aguenta firme! Ela respirava breve e bruscamente e doía
terrivelmente. Ela fez uma careta com o esforço. — Ah, isso… dói! ela gemeu.
— Eu sei. Oh, meu Deus, eu
sei. Mas continue tentando, Any. Vai ficar melhor. Eu prometo.
Assim, ela continuou
tentando, desvanecendo-se dentro e fora da vida, até os sons tornarem-se
familiares, até que um dia ela abriu os olhos e viu os lençóis brancos que
cheirava a medicamentos e viu a luz solar filtrada pelas persianas em sua cama.
Piscando, os lábios
rachados, ela olhou para um rosto pálido e abatido, com olhos verde-esmeralda e
cabelos negros desgrenhados.
Ela franziu a testa,
entorpecida de analgésicos e sono. — Hospital? ela conseguiu fraca.
Alfonso deu um suspiro
profundo, pesado. — Hospital, ele concordou. — Ainda dói?
Ela engoliu. — Poderia…
água?
Ele se levantou da cadeira
e derramou água e gelo em um copo de uma jarra de plástico que estava ao lado
da cama. Sentou-se na borda da cama, para levantar sua cabeça para que ela pudesse
sorver a água gelada.
— Oh, isso é tão bom, ela
quase chorou, — tão bom!
— Sua garganta parece ter
serragem, eu imagino.
— Parece… areia do
deserto…, ela corrigiu, estremecendo quando ele colocou a de volta no
travesseiro. — Eu… tenho algo quebrado?
— Algumas costelas, disse
ele.
O tom em sua voz a
incomodou. — O que mais?
Ele passou a mão pelos
cabelos densos e escuros. — Você teve um acidente infernal, Any, disse ele
calmamente.
— Alfonso, o que mais?
gritou ela.
— Sua coluna, querida,
disse ele gentilmente.
Com um sentimento de
horror ela tentou mover as pernas… e não podia. — Oh, meu Deus… ela sussurrou.
— Não entre em pânico, Alfonso
advertiu, afastando o cabelo úmido de suas teporas. — Não entre em pânico. Não
está quebrada, apenas machucada. Seu médico diz que você estará andando
novamente em algumas semanas.
Os olhos dela se
arregalaram, procurando-o desesperadamente. — Você não… mentiria para mim?
Seus dedos roçaram o rosto
suavemente. — Eu nunca mentiria para você. Não vai ser fácil, mas você vai
andar. Tudo bem?
Ela relaxou. — Tudo bem.
Como eles… encontraram você?, perguntou ela.
Uma sombra de sorriso
tocou-lhe a boca cinzelada. — A carta de Masterson, em sua bolsa.Tinha seu nome
e o endereço da fazenda nela, lembra?
Ela concordou, brincando
com o lençol. — Eu estava… pensando sobre o cruzeiro, quando o carro…
— Você poderia ter me dito
para onde estava indo, observou ele.
Ela corou, desviando os
olhos.
Ele respirou
profundamente. — Pensando bem, disse rispidamente, — por que diabos você deveria?
Deus sabe que não lhe dei qualquer razão para pensar que eu me importava com
você, não é mesmo, Any?
Ela ainda não poderia lhe
responder, as lembranças estavam voltando com pleno vigor agora, ferindo,
machucando…!
— Não, disse ele
gentilmente. — Any, não olhe para trás. Vai precisar de toda sua força para
ficar em pé novamente. Não a desperdice comigo.
Ela respirava
irregularmente. — Você está certo sobre isso, ela murmurou fracamente. — Seria
um desperdício.
— Estou feliz que você
concorde, ele respondeu, sem nenhum traço de emoção em sua voz profunda e
lenta.
Ela estudou as mãos
pálidas. — Por que você veio?
— Porque Emma e Dulce não
descansariam enquanto eu não viesse, ele rosnou. — Por qual outro motivo?
— Bem, eu vou viver, disse
ela amargamente. — E vou andar. E não preciso de nenhuma ajuda sua, então por
que você não vai para casa?
— Não sem você.
Ela fitou-o, mas não havia
nenhum indício de expressão em seu rosto moreno.
— No momento em que eu
saísse, ele pensou, — você se entregaria a auto-piedade.
— Eu não faria isso!
Ele estendeu a mão e pegou
seus frios e nervosos dedos. — Só vou te deixar no dia em que você puder andar
por conta própria, disse ele. — Isso deveria servir de incentivo, feiticeira.
Feiticeira. Lembrou sem
querer da última vez que ele lhe chamou assim, obrigando-a, segurando-a,
machucando-a, a boca firme criando sensações que caiam sobre ela como fogo.
— Você está corando, Any,
ele brincou com suavidade.
Ela puxou a mão e desviou
os olhos dele. — Eu posso ir para casa… para o apartamento, ela vacilou.
— Não nessa vida, querida,
disse ele, e ela reconheceu o tom obstinado em sua voz. — Nem que eu tenha que
amarrá-la em casa. Dulce estará em férias nas próximas três semanas, e eu serei
amaldiçoado se te deixar em um apartamento sozinha e desamparada.
— Não sou inválida!
— Não? ele provocou, com
os olhos descendo pelo seu corpo.
Ela bateu na coberta com
um impotente soco. — Eu te odeio!
— Pelo menos você não está
indiferente, ele riu. — O ódio pode ser excitante, pequena.
Por pouco, seus pálidos
olhos não o queimaram. — Espere até eu voltar a ficar em pé!
Ele apenas sorriu,
inclinando-se para trás na cadeira, a tensão, a experiência em evidência. — Eu
vou tentar, baby.
Alguma coisa na maneira
como ele falou a fez corar.
Autor(a): theangelanni
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O tempo passou rápido depois disso. A dor persistiu por alguns dias, especialmente quando eles cortaram os analgésicos, mas Alfonso estava sempre lá, desafiando-a lamuriar sobre isso. Eles a encaminharam aos fisioterapeutas, e ele também estava lá, assistindo, esperando, zombando. Ela trabalhou duas vezes mais duro, concentrando-se n ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 347
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:16
Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
*-* ....s2....!!!!!
Ahhhhhhhhh começa plisssssssssssssss
Bjoosss -
mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:05
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:57
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:48
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:38
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:23
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:05
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:40:09
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:58
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:22
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