Fanfic: Doce Inimigo {AyA [terminada]
O tempo passou rápido
depois disso. A dor persistiu por alguns dias, especialmente quando eles
cortaram os analgésicos, mas Alfonso estava sempre lá, desafiando-a lamuriar
sobre isso. Eles a encaminharam aos fisioterapeutas, e ele também estava lá,
assistindo, esperando, zombando. Ela trabalhou duas vezes mais duro,
concentrando-se nos músculos fracos para fazer o que ela queria, usando a
violenta emoção que sentia como um chicote. Ela voltaria a andar. Ela tinha que
voltara andar, se não fosse por qualquer outra razão para provar aqueles
infernais olhos jades que poderia!
Finalmente chegou o dia,
quando ela teve alta do hospital, quando a ciência médica já tinha feito tudo o
que podia. Ela olhou sobre a parte traseira do assento do táxi em direção a
imagem desvanecida de Miami enquanto chegavam ao aeroporto. E ela nem chegou a
ver o navio que faria o cruzeiro.
O vôo para casa parecia
ter passado muito rápido. Alfonso relaxou enquanto pilotava o pequeno avião
mono motor, seus olhos atentos sobre os controles e os limites das pequenas
cidades,fazendas, parques, florestas e rebanhos de gado ao voarem sobre aquela
paisagem através das nuvens.
Ela olhou para Alfonso.
Será que ele realmente queria que ela o odiasse, pensou, ou apenas tinha dito
aquilo para irritá-la? Ela se lembrava da sua própria presunção na
adolescência, quando o colocou em um pedestal e fez tudo para adorá-lo. Aquilo
devia ter sido insuportável para um homem como Alfonso, sendo seguido por aí
como um cão de estimação, como ele colocou antes que ela deixasse o rancho.
Seus olhos se voltaram
para a janela, olhando para as nuvens inconsistentes. Se ela pudesse esquecer
aquele comportamento idiota, se pudesse apagar tudo que tinha acontecido entre
eles, começar de novo e serem… amigos.
A palavra quase a sufocou,
mas reconhecia tardiamente que era a única coisa possível agora. Todas as
pontes foram queimadas atrás deles. Ela tinha feito aquilo tudo por si mesma.
Enfim, ela pensou com um
calafrio, Belinda deveria estar de volta no rancho esperando por ele neste
momento. Ela só viu a mulher uma vez, mas tinha sido mais que suficiente. Isso
faria sua vida na fazenda insuportável. Foi por isso que ela lutou tanto para
voltar ao apartamento. Mas Alfonso, como de costume, fazia tudo do seu jeito,
apesar de todos os seus esforços para contrariá-lo. Como nos velhos tempos.
Ela olhou para as pernas
inúteis na calça que tinha usado no ônibus de Columbus. Parecia que tinha
passado muito tempo desde que Alfonso a tinha colocado na garupa do seu
garanhão.
Foi o choque, os médicos
lhe haviam dito, que causou esta paralisia temporária — o choque do seu corpo,
do seu sistema, da sua mente, e uma boa dose de lesões também. Pelo menos ela
tinha sensibilidade nas pernas. Mas andar ia ser outra coisa completamente
diferente, e estremeceu mentalmente com o que estava por vir. Teria que ter uma
determinação que ela não tinha certeza se possuía para fazer os músculos se
moverem novamente. E se ela não tivesse? E se os médicos estivessem errados, e
sua espinha dorsal estivesse danificada? E se…
— Estamos em casa! Alfonso
disse acima do ruído do motor, e alinhou o pequeno avião em direção a pista de
pouso.
Dulce juntou-se a eles com
lágrimas nos olhos, saltando do carro quando a hélice parou de girar.
— Oh, Any, estou tão
contente de ver você, ela chorou, abraçando a amiga como se ela voltasse do
mundo dos mortos, em vez de Miami.
Any forçou-se a rir
enquanto dava um tapinha no ombro de Dulce. — Eu estou bem. Vou ficar bem.
Pergunte a Alfonso se não acredita em mim. Ele confirma! ela murmurou,
fitando-o por cima do ombro de Dulce.
Ele apenas sorriu. —
Mexa-se, Dulce, e deixe-me carregar este saco de batatas para o carro.
— Eu não sou um saco de
batatas, Any protestou quando ele passou os braços sob ela e levou-a como uma
pena para o banco do carro.
— Mas está parecendo,
observou Dulce brincando, enquanto abria a porta do carro para Alfonso.
— E parece estar frita, Alfonso
completou ao colocá-la suavemente no banco. — Cuidado, Any, vai se chamuscar.
— Seu demônio, ela
resmungou.
Seus olhos foram
deliberadamente para a curva suave de sua boca. — Está me provocando, querida?
ele perguntou em voz baixa enquanto Dulce dava a volta no carro para entrar.
— Não! ela sussurrou de
volta.
Ele sorriu e fechou a
porta. Deu a volta no carro, também, e abriu a porta a Dulce. — Fora, disse
ele.
— Mas eu posso dirigir…!
protestou.
— Não o meu carro, não
comigo nele. Fora.
Ela deu um suspiro
aborrecido e deslizou para perto de Any. — Eu odeio irmãos, ela murmurou.
— Não era isso que você
costumava me dizer, Any observou.
— Oh, cale a boca, a
garota mais nova gemeu.
À noite, Any estava
confortavelmente instalada no mesmo quarto de hóspedes que ela tinha ocupado,
recostado em travesseiros, rodeada por livros e revistas, entupida de
sopa,sanduíches e café quente.
— Mas, Emma, ela
protestou, — você vai me estragar.
— Estou feliz por você
ainda estar por aqui para ser mimada, veio a resposta de Emma ao passar pela
porta.
Dulce sentou-se na cadeira
ao lado da cama, rindo. — Você pode muito bem desistir. Você sabe disso, não é?
Any sorriu em rendição. —
Eu devia, eu acho. Dulce…
— O que?
Ela olhou para suas mãos.
— Belinda ainda está aqui?
Dulce olhou com espanto
para ela. — O que você disse?
— Bem… Alfonso disse que Belinda
voltaria.
— O tolo! Dulce se
levantou e foi até a janela. Um forte e irritado suspiro passou por seus
lábios. — Ele nunca vai aprender, nunca! Por que ele a quer de volta aqui,
justamente agora? E quando ele lhe disse que ela voltaria?
— Na… segunda-feira depois
que fui embora daqui, disse ela.
— Bem, ela não apareceu.
Graças a Deus, Dulce acrescentou com raiva. — Será que ele não aprendeu ainda?
Meu Deus, ela foi embora e casou com um velho rico… já o deixou?
— Foi o que Alfonso disse.
— Ele estaria melhor
sozinho para o resto de sua vida. Oh, Any, porque os homens são tão estúpidos?
ela gemeu.
Any teve que sorrir pela
sinceridade na voz suave de sua amiga. — Acho que Deus os fez dessa maneira
para que eles fossem vulneráveis as mulheres.
— As únicas mulheres que
foram capazes de deixar meu irmão vulnerável poderiam ser consideradas
prostitutas, Dulce resmungou. Ela olhou para o rosto oval sobre o travesseiro
emoldurado pelo cabelo ondulado. — Por que ele nunca te notou?
Any alcançou seu café para
impedir que Dulce visse o rubor em seu rosto. — Eu sou como sua irmã mais nova,
você sabe disso, ela esquivou-se.
— Bem, não é por falta de
esforço da minha parte, Dulce admitiu. Ela suspirou. — Bem, precisa de alguma
coisa?
Any balançou a cabeça. —
Estou bastante mimada, obrigada. Não fique acordada por minha causa. Já é
tarde.
Dulce inclinou-se para
abraçá-la. — Estou muito feliz por você estar bem.
— Eu também. Só sinto por
ter perdido o cruzeiro. Eu teria gostado muito… mesmo que seja só porque Duke
queria que eu fosse.
Dulce sorriu. — Eu gostava
demais daquele grandalhão. Boa noite, minha amiga.
— Boa Noite. A porta se
fechou atrás de Dulce e o quarto pareceu encolher. Ela pegou uma revista e
começou a ler, mas as palavras pareciam borradas. Com o silêncio e a solidão,
sua mente começou a trabalhar, pesando possibilidades, se preocupando com as
pernas…
— Não posso deixar você
sozinha, Alfonso disse da soleira da porta, os olhos apertados estudando seu
rosto carrancudo. — Entregue a auto piedade de novo?
Ela fez uma careta para
ele. — Estou apenas lendo essa revista idiota, ok?
Ele cruzou os braços sobre
o peito e recostou-se contra a porta, só olhando para ela. — Você estava lendo?
Ou você estava se preocupando?
Ela suspirou. — Ambos.
Ele aproximou-se e jogou a
revista longe. — Deite-se, disse ele, empurrando a sobre os travesseiros para
que ela deitasse.
— Tirano horroroso…! ela
se irritou.
— Isso e muito mais. Aqui.
Ele puxou as cobertas e enfiou-as embaixo de seu queixo. — Agora vá dormir e
pare de torturar a si mesmo. Tudo o que você tem que lembrar é que você vai
voltar a andar.
Seus olhos, arregalados e
um pouco assustados, olharam para os dele. — Eu vou, não vou, Alfonso? ela
perguntou suavemente, deixando cair as barreiras o suficiente para renovar sua
segurança.
— Sim, disse ele
calmamente e com segurança.
Ela relaxou contra os
travesseiros. — E… Belinda chegará em breve? ela murmurou, evitando os olhos.
— Belinda?
— Sim. Você lembra, disse
que…
— Deus, eu esqueci, disse
pesadamente. — Ela ligou logo depois que fui para Miami e deu algumas desculpas
para Emma sobre a mudança de seus planos, dizendo que ia para Maiorca dessa
vez. Nem me dei conta quando Emma me contou.Seus olhos de jade a fitaram. —
Você me fez passar por momentos infernais, Irlandesa.
— Sinto muito, disse ela
baixinho.
— Mostre-me, ele murmurou
profundamente inclinando-se sobre sua boca.
Ela olhou para ele abalada
sem saber como tomar este gentil assalto, não sabendo se poderia se atrever a
levá-lo a sério.
Seu dedo longo traçou a
curva suave de sua boca trêmula. — Você não confia em mim, não é? perguntou ele
calmamente.
Ela balançou a cabeça. Sem
palavras, seus olhos mostraram a dor, a lembrança de por que ela tinha ido
embora.
Ele inclinou o rosto um
pouco e sua boca roçou a dela suavemente, lentamente, em um beijo tão
carinhoso, tão admiravelmente carinhoso que trouxe lágrimas aos seus olhos.
Ele recuou e procurou seu
rosto com olhos sombrios e intensos. — Eu tenho uma cabeça dura, ele murmurou
distraidamente, — e às vezes é preciso de uma batida infernal para me atingir.
Mas eu aprendo rápido pequena e não cometo os mesmos erros duas vezes.
Ela baixou os olhos
enquanto as palavras chegavam até ela. Ele quis dizer que não estava mais
brincando, que ele não iria incentivá-la a perder a cabeça. Isso deveria
fazê-la feliz. Em vez disso, havia uma enorme nó na sua garganta.
— Eu estou… estou tão
cansada, Alfonso, ela murmurou.
— Sem dúvida. Acariciou
seus cabelos com uma mão suave. — Você está segura, Any. Não vou mais pular na
sua garganta. Nós vamos manter as coisas a um nível amigável a partir de agora.
É isso que você quer?
— Oh, sim, ela respirou, e
não olhou para cima a tempo de ver o pequeno tremor de suas pálpebras.
— Durma bem, disse ele em
um tom estranho, e tocando alegremente em uma mecha de seu cabelo, ele virou-se
e deixou-a. Ela aconchegou-se nos travesseiros. No mínimo, ela pensou
miseravelmente, seriam amigos pela primeira vez em suas vidas. Talvez isso
diminuísse um pouco a dor. E, de repente, talvez todos os lobos se tornassem
vegetarianos.
Autor(a): theangelanni
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Capítulo Nove — Isso é o melhor que você pode fazer, Irlandesa? Alfonso provocou-a enquanto ela puxava a si mesma ao longo das barras paralelas no ginásio improvisado que ele tinha equipado para ela. Ela olhou para ele, penosamente arrastando as pernas fracas ao enquanto os braços suportavam seu peso. — Experimen ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 347
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:16
Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
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Ahhhhhhhhh começa plisssssssssssssss
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:05
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:57
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:48
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:38
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:23
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:05
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:40:09
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:58
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:22
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