Fanfic: Doce Inimigo {AyA [terminada]
Capítulo Dois
Emma estava esticando
massa na espaçosa cozinha quando Any entrou e, esquecida da farinha que ia até
os cotovelos, agarrou a mulher mais jovem em um abraço de urso.
Any riu, asfixiada no
enorme abraço de Emma, sentindo-se realmente em casa pela primeira vez.
— É tão bom ter uma outra
mulher aqui, eu poderia pular de alegria, Emma sorriu, correndo uma mão
enfarinhada através de seu cabelo curto e prateado. — Alfonso Herrera tem sido
como um homem selvagem desde o mês passado. Juro, nunca pensei que uma mulher a
toa como essa Belinda Palmes poderia afetá-lo dessa forma. Se você me
perguntar, digo que é só orgulho ferido que está o corroendo, mas não faz
qualquer diferença para o seu temperamento.
— Eu notei Any suspirou e
sentou-se na longa mesa da cozinha onde Emma estava fazendo o pão. — O que ela
fez com ele?
— Abandonou-o sem dizer
uma palavra. Nem um bilhete. Ela deu de ombros. — Encontrou um milionário da
Flórida, disseram.
— Ele não poderia ser
muito mais rico do Alfonso, Any observou.
— Ele não era, Emma
sorriu. — E ele ainda era vinte anos mais velho. Ninguém entendeu o que deu
nela. Um dia ela era uma rainha dando ordens a mim e a todo o rancho, e no
seguinte tinha ido embora.
— Foi há muito tempo?
perguntou ela calmamente.
— Vamos ver, é difícil
lembrar de coisas na minha idade, você sabe. Mas… oh, sim, foi no dia que Dulce
nos ligou para dizer que fomos convidados para o seu casamento. Ela riu. — Nós
nem sabíamos que você estava noiva, você e seus segredinhos.
Any baixou os olhos. — Eu
acho que você sabe que cancelamos o casamento.
A mão enfarinhada de Emma tocou-a
suavemente. — Foi melhor assim. Nós duas sabemos disso, não é?
Ela assentiu com um
sorriso vago. — Eu não estava desesperadamente apaixonada por ele, mas eu
gostava muito dele. Acho que o meu orgulho está ferido, também.
— Você vai superar isso.
Quando uma porta se fecha, outra se abre, Any, minha querida.
— Você está certa, é
claro, ela contornou alegremente. — Dulce manda lembranças. Disse que vai
tentar conseguir suas férias logo e vir em poucas semanas.
— Isso seria bom, ter
vocês duas em caso por um tempo. Bem, ela disse,amassando a massa ritmicamente,
— conte-me as últimas novidades.
Já tinha escurecido, e
Emma e Any estavam começando a colocar a mesa de jantar quando Alfonso chegou
na porta da frente. Seus jeans estavam vermelhos de lama, a camisa molhada de
suor, sua mandíbula mostrando uma sombra de barba. Ele quase não as olhou antes
de ir ao fundo do longo corredor que levava ao seu quarto.
— Whiskey, comentou Emma
com um aceno de cabeça, e derramou no copo dois dedos do líquido âmbar antes de
adicionar um toque de água e dois cubos de gelo. — Eu posso dizer pelo seu modo
de andar.
— Dizer o quê? Any
perguntou.
— Que tipo de dia ele
teve. O gado deve ter lhe dado trabalho.
— Não foi o gado, Any
respondeu impaciente. — Fui eu. Quando estávamos a caminho de casa. Eu nunca
deveria ter vindo, Emma. É como nos velhos tempos.
— É? a mulher mais velha
perguntou curiosamente. — Talvez sim. Talvez não. Veremos.
Alfonso voltou com olhar
frio, seu cabelo escuro e úmido do banho, seu rosto barbeado, a roupa de
trabalho trocada por um par de calças cor de areia e uma camisa bege xadrez que
se agarrava a seus braços musculosos e ao peito como uma segunda pele.
Seus olhos verdes
deslizaram pela figura de Any em uma calça amarelo pálido e um top curto,
voltando-se para descansar no coque familiar do cabelo.
— Bem-vinda, moleca, disse
com sarcasmo velado.
— Obrigada, respondeu ela
docemente. — Emma serviu-lhe uma bebida.
Ele se virou,
encontrando-a sobre a mesa e tomou um grande gole da bebida. — Bem, sente-se,
ele rosnou para ela, — ou você planeja comer em pé?
Ela arrastou uma cadeira e
se sentou, evitando o seu olhar incisivo enquanto Emma trazia o resto da comida
e finalmente sentando-se em frente de Any.
— Vou receber um adicional
por combate? Emma perguntou a Alfonso quando ela reparou que seu olhar glacial
estava mudando.
— Coloque a sua armadura e
cale a boca, Alfonso respondeu, mas havia um toque de humor em seu tom e em
seus olhos claros.
Emma olhou com um sorriso
para Any. — Bem-vinda a casa, querida.
O jantar foi bastante
agradável depois disso, mas quando o último café foi servido, Alfonso fez sinal
para Any segui-lo, e levou-a para seu refúgio escuro e masculino com seu
armário de armas, mesa de carvalho e uma cabeça de veado sobre a lareira.
— Pegue um lápis, disse Any.
— Você vai encontrar um em cima da mesa.
Ela pegou um no porta
canetas e um bloco de folhas em branco, tão logo se sentou na cadeira ao lado
de sua grande mesa.
Ele se virou, seus olhos estudando
seu silêncio, com raiva, por um longo momento antes de falar. — Quantos anos
você tem agora? perguntou ele de forma inesperada.
— Vinte, ela respondeu
calmamente.
— Vinte. Acendeu um
cigarro, sem desviar os olhos dela. — Vinte e ainda não despertou. Sentia o
rubor aumentar em seu rosto, e odiava, odiava.
— Você está certo sobre
isso? perguntou ela sexy.
Ele manteve o olhar por um
longo tempo. — Estou muito certo, querida, disse ele suavemente. Incapaz de
suportar o olhar penetrante por outro instante, ela baixou os olhos para a
folha de em branco do papel amarelo e concentrou-se nas linhas azuis.
— Eu pensei que você
queria ditar algumas cartas, disse ela em uma voz apertada.
— Você não sabe o que
quero, pequena, ele respondeu. — E se soubesse, provavelmente se assustaria
como o inferno. Tem seu lápis pronto? Aqui vai…
Ele estava ditando antes
que tivesse tempo de entender aquela a observação enigmática.
Os primeiros dias foram
como uma maratona, e Any entrou fácil na rotina. Alfonso deixava a correspondência
sobre a mesa todas as manhãs, todas rascunhadas, para que ela pudesse trabalhar
em seu próprio ritmo. À noite, ele assinava as cartas e verificava as anotações
que ela tinha feito, e ambos trabalhavam para conter seus temperamentos.
Terminou mais cedo no quinto dia e não pode resistir à tentação de dar um
passeio. Alfonso tinha lhe dado uma pequena égua baia delicada no seu
aniversário de dezessete anos e ainda era sua favorita para montar. Melody foi
o nome que ela deu, por causa do movimento rápido do cavalo balançando enquanto
andava, como uma melodia de blues. Isso mexia com suas emoções trazendo a tona
fantasmas de sua infância na fazenda.
Perto da linha dos altos
pinheiros envelhecidos, estava a majestosa nogueira que ela e Dulce subiam há muito
tempo atrás, a árvore de sonhar delas. Então, um pouco mais ao longe estava o
bosque onde dogwoods[1]*
floresciam num branco imaculado na primavera e as meninas podiam encher os
braços delas e sonhar.
E lá estava o rio. Any
freou a égua e inclinou-se sobre o arção da sela para vê-lo fluir
preguiçosamente como uma faixa de seda prata e branca por entre as árvores. O
rio, onde nadou e brincou, e onde Alfonso tinha jogado-a completamente vestida
no dia que ela o chutou.
Ela não podia resistir
àquele frescor, a água estava convidando-a no calor desagradável e sufocante
mesmo na sombra das árvores da margem. Ela amarrou Melody a um arbusto e tirou
as botas e meias grossas.
A água estava gelada para
os pés descalços, as pedras do rio lisas e escorregadias. Ela avançou
cautelosamente perto da margem, agarrando um galho baixo de um de carvalho
frondoso para manter seu equilíbrio.
Com um suspiro, ela fechou os olhos e ficou
escutando o sussurro da correnteza do rio, o som dos pássaros cantando, movendo
as folhas sobre sua cabeça e pulando de galho em galho. A paz que sentia era
indescritível. Era como se ela tivesse voltado para casa. Casa.
[1] Dogwoods: Uma árvore (Cornus florida) do leste da
América do Norte, com pequenas flores esverdeadas cercado por quatro brácteas
grandes e vistosas brancas ou cor de rosa que se assemelham a pétalas.
Autor(a): theangelanni
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Lembrou-se da mãe de Alfonso assando biscoitos no forno, rindo e brincando com a trança de Any. E Alfonso, irritado ainda que há muito tempo, balançando-a do chão em seus braços fortes para recebê-la quando ela descia do ônibus na estação. Doze anos atrás. Uma vida atrás. Ela abriu os ol ...
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Comentários da Fanfic 347
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:16
Eba !!!!! Que venha Manhã de Outono, mais um dos incriveis livros de Diana Palmer!!! Que ótimo que vc vai posta-lo, locaa pra ler *-*
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Ahhhhhhhhh começa plisssssssssssssss
Bjoosss -
mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:42:05
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:41:57
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:40:09
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:58
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mandycolucci Postado em 24/06/2011 - 09:39:22
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