Fanfic: Believe - when my dream come true...

- Alo?
- Alo, Tásya? - Sim sou eu.
- Aqui é da Central de fãs do Luan Santana – enquanto ele falava meu corpo estremeceu. E quando pronunciou aquele nome... Contive meu grito, sabia perfeitamente porque ele estava me ligando, mas ainda não conseguia acreditar. – Parabéns, você é uma das sorteadas, e entrará no camarim nesse final de semana... – Engoli seco, não podia ser real, pensei até em trote, ganhar na central é mais difícil que ganhar na loteria!
-Tásya? -Ele disse tentando entender porque me calei daquela forma, mas me faltavam as palavras, o ar... eu mal podia respirar e ainda tinha que pensar em uma resposta decente.
- Desculpa, to aqui. É que eu ainda não to conseguindo... é, não parece que... ah, eu não consigo nem explicar.Se é trote, fala logo... Jura que ta falando a verdade?  Meu Deus... – ainda consegui ouvir sua risada descabida e sussurrada, mas nem que ele gargalhasse da minha situação eu ligaria, enquanto ele explicava alguma coisa as palavras ‘camarim’ e aquele nome, que eu sempre quis dizer na frente dele, e diria...‘Luan Santana’ , ainda ecoavam na minha cabeça. – Entendeu?
- Não. – claro, como entenderia se não prestei atenção. – explica de novo, por favor... – agora minha voz saia baixa, me senti envergonhada por não ter prestado atenção, sei que ele percebeu.
- Tudo bem, você vai procurar por alguém da produção Luan Santana – meu estomago congelou, mas relutei contra mim mesma para não mudar meus pensamentos de novo e finalmente entender o que ele me dizia. – diga que foi sorteada pela central, eles te encaminharam para o local do camarim. Não esqueça de levar seu RG original, ok?  alias, me passa seu nome completo e o numero do seu RG.
Como assim?  RG, nome completo... eu sabia as informações embora elas não viessem à mente agora, enquanto me esforçava para lembrar, enrolei... – EEE... mas, e se eu não achar ninguém da produção ou não reconhecer?
- Qualquer um que use a camiseta da produção poderá te auxiliar, você não vai se perder, fica tranquila.
Me perder não era o caso, mas perder ele... se eu não achasse ninguém perderia a chance de ve-lo – meu coração pulsou mais rápido mas  foi novamente interrompido...
- ? - ele disse sorrindo – fica calma, vai dar tudo certo. Você acreditou e conseguiu, vai realizar eu sonho. É só continuar acreditando...
Foi como banho quente em dia frio, calmante, tranquilo... eu realmente sonhei tanto, e aconteceu. Não cabe mais a mim me preocupar, mas sim, aproveitar... – Nossa, que sorte eu tive... – Eu disse rindo, e percebi que ele também se sentiu aliviado ao perceber minha descontração.
- Verdade, entre todas, era pra você estar la... As vezes não é sorte, é destino. – Como poderia o meu destino estar se juntando com o do meu ídolo – sorri – até parece...
- Meu nome é , tava no e-mail. – depois que percebi a grosseria perguntei qualquer coisa que eu realmente não queria saber, pra disfarçar.
Nos depedimos e desligamos. Voltei a sentar – mal percebi que tinha levantado do sofá e ido até a varanda de casa- e fiquei ali por alguns minutos... talvez muitos. Sempre acreditei desconfiando, que numca fosse acontecer, de fato, aconteceu. Me vi praticamente surtando, parecia que tinham colocado uma constelação toda dentro da minha barriga, meu coração parecia que ia até a testa e descia até o pé, e eu tremia... ninguém em casa pra contar e gritar comigo, peguei o telefone e liguei para a Bybiis.
- Alo – ela disse sussurrando, eu havia me esquecido que ela estudava a tarde, mas não me contive, ao ouvir a voz dela dei um pulo do sofá pra ficar em pé e gritei :
- AAAAAAAAh, amigaaaaa, eu vou conhecer o Lubs. AAAAAAAAAAAH – meus gritos meio descontrolados assustaram a Kimy, minha cachorra, é uma Husky Siberiana, branca de olhos azuis, que me olhou e saiu como se eu a estivesse incomodando, e eu ri dela e de mim. Enquanto percebi que a tinha ficado quieta, tentei chama-la e ela não respondeu... quando estava prestes a desligar a ouvi dizer :
- Desculpa amiga, tive que sair da sala pra falar direito com você. Eu acho que eu não ouvi direito... – ela dizia tão desacreditada quanto eu havia ficado quando a Central me ligou – Como assim, me conta!
Eu me limitei a dizer:
- É verdade amiga, eu vou finalmente conhecer ele. – Era mais inacreditável ainda agora, eu e sempre fomos fãs do Luan, e conhece-lo sem ela seria bem difícil... Destino, essa palavra ainda estava na minha cabeça, sem motivo nem razão, mas também não fazia sentido. E , ria, gritava e se a conheço bem, sei que também pulava enquanto falava comigo:
- AAAAAAAAAAAAAH sério?  Ai amiga que sorte, é tão difícil ganhar pela central! – eu concordei dizendo – Eu sei, nem acredito ainda!
Enquanto a animação que a pouco nos dominava fugia pelo ralo ela disse, num tom feliz angustiado que eu entendia perfeitamente o motivo:
- Da um abraço bem forte nele por mim, pode ser?
E se eu me virasse do avesso poderia ver meu coração em pedaços, brilhantes de felicidade por ter a chance de ve-lo, mas quebrado por não poder leva-la.
- Desculpa, amiga!- foi o que saiu, até meio sem pensar. Mas ela me interrompeu dizendo:
- Desculpar de que, por você realizar seu sonho?  Eu jamais te culparia por isso, alias quero estar com você antes e depois de tudo, um dia eu vou te ligar dizendo que vou conhece-lo também, e eu sei que você vai ficar feliz. – Ela estava certa, mas isso não me confortava, e acredito que nem a ela.
- Me ajuda a escolher minha roupa?  - Mudança proposital de assunto. – Claaaro! Eu não perco por nada nesse mundo!
Durante o resto da tarde, na internet, minha ansiedade aumentava mais. E aquele pensamento ‘Irei  ve-lo amanhã’ era tão insistente que se tornava insuportável, e quando eu esquecia... alguém me lembrava ao me parabenizar, e eu imaginava mil coisas pra dizer, fazer, perdi a conta de quantas dicas de camarim eu li pra que fosse perfeito... Apesar de ter a certeza de que com ele, tudo seria perfeito, sempre.
Dormir foi praticamente impossível, vi mais de três vezes o primeiro DVD dele, e mais umas cinco vezes o segundo DVD. Ganhei da fome, do tempo, da minha mãe me mandando dormir... Mas às cinco da manhã perdi a batalha para o sono, e se não tivesse descansado provavelmente não aguentaria o pique do dia seguinte, que foi bem cheio.
Era no máximo nove horas quando minha mãe abriu a porta do quarto me avisando que a Bybiis já havia chegado pras compras – e minha mãe não gostava da ideia do camarim, nem das compras, nem de nada...  alias, se tivesse algo a ver com o Luan, ela já desgostava. As vezes eu queria que ela entendesse o quanto ser fã dele me faz bem, o quanto é bom ficar no computador com a FamiliaLS mesmo que eu não conheça todos, eles me entendem, sentem o que eu sinto. Mas pra minha mãe é tudo perda de tempo, e isso estava estampado no rosto dela, o que claro, não tiraria meu bom humor. Levantei cambaleando da cama e cai encima dela em um abraço:
- Bom dia Mãe, e que dia bom! Não precisa gostar, é destino... – ela fez uma cara de quem comeu e não gostou, e eu sai para o banheiro. Tomei banho e sai com a Bybiis para o shopping. Não demoramos muito, meu aniversário foi a pouco tempo, e por isso tenho um sapato lindíssimo novo, e foi nela que eu comecei a montar o look. Salto, calça jeans, uma blusa que eu deixei a Bybiis escolher e cinto. Voltamos pra minha casa correndo,  nos arrumamos ais rápido ainda, e fomos de carona com meu pai para o show. Senti minha barriga roncar no meio do caminho, esqueci até de comer! Quando chegássemos no rodieio, eu comeria algo:
- Ta loca?  pra chegar com coisa no meio do dente no camarim?  Nem vem, come depois, fome passa... – Bybiis disse rindo somente porque ela poderia comer, e eu... provavelmente iria na ideia de dentes limpos dela. Chegamos la meio encima da hora, e por um impulso maior da Bybiis do que meu, quando avistamos alguém da produção ela saiu em disparada em direção dele, e eu fui atrás, torcendo pra que desse tudo certo, apesar de uma estranha certeza de que daria. Quando cheguei até os dois, ela disse:
- Tata, é ele mesmo que ta levando as meninas sorteadas para o camarim, achamos de primeira, é destino. – sorridente como sempre, ela continuou sorrindo enquanto ecoava mais uma vez aquela palavra chiclete, nunca a falavam, mas do dia anterior até este já tinha ouvido tantas vezes que se antes eu não acreditava em destino – me vi parada na beira de uma escada improvisada cheia de seguranças, alguns conhecidos pela FamiliaLS outros provavelmente contratados do rodeio, mais a frente uma porta. – se antes eu não acreditava em destino, agora provavelmente, acredito.