Fanfic: Believe - when my dream come true...
Que fila enorme, provavelmente nem metade dessas pessoas entrará naquele camarim – eu ainda encarava aquela porta, com uma certeza irreal de que ele estava la dentro, eu sentia. – quando alguém apoiou a mão no meu ombro, me virei bruscamente para ver e a garota até se afastou, num susto. – Desculpa! – eu disse constrangida, mas ela parecia não ligar para o meu mal jeito de virar.
- Você também ganhou o sorteio da central não é? - e a julgar pela felicidade estampada no olhar, podia jurar que ela também.
- Sim, como você sabe? - Curiosa, sou mesmo.
- Não sei também, você tem cara de fã. – ela riu, eu não vi graça. O que ela queria dizer, que eu não tinha cara de ídolo? Ela também não tinha e eu não estava comentando. – Eu acabei de sair do camarim, ganhei pela central também.
Sorri meio sem vontade, nem conhecia ela, mas fazer o que... tem pessoas que o santo não bate, né? Mesmo assim fui educada, afinal era um papo interessante:
- Já entrou? Ele ta lindo? - Que pergunta, ele sempre esta. Ela revirou os olhos e disse:
- Ta, de xadrez, verde com azul. – Tudo bem, eu iria ver também. – Sabe o que eu consegui? - La vem, nem sabia o que era, mas já sabia que não ia me importar. – O que? - respondi com certa relutância.
- Uma credencial pra ficar na frente da grade, vou ver o show mais de perto que todo mundo, ainda entrei no camarim e não passei nem um minuto na fila. – Ela dizia se orgulhando daquilo.
- Ai ai, tem pão com ovo se achando Big Mac, eu mereço. – Eu disse, baixo, mas a uma altura que ela pudesse ouvir. Ela sorriu, e saiu. Porque tem gente tão exibida na FamiliaLS, ficar feliz é uma coisa, esfregar na cara dos outros e se achar melhor, é outra completamente diferente. No fundo, acho que essas meninas não são fãs de verdade, só querem ibope, esquecem que o ídolo ali é o Luan, e não elas... Mas nada que deixe a FamiliaLS menos amável. Familia boa, é família unida. Mas família perfeita, com certeza, é FamiliaLS.
O moço da produção me chamou, e meu coração acelerou de um jeito que parecia batida de musica eletrônica... mostrei a pulseira, e o segurança disse – Pode subir. – Agora parecia uma balada inteira dentro de mim. Luzes, fumaça, musica.. ouso dizer que parecia que haviam milhões de pessoas dançando dentro de mim, euforia, receio, medo, felicidade... tudo misturado.
Tive medo até de tropeçar na escada, se caísse o Luan não veria, mas provavelmente eu ia contar quando entrasse no camarim... aquele camarim, agora bem ali, na minha frente, exatamente igual a em todos os meus sonhos. A porta entreaberta, pude ouvir o som da risada dele... era melhor que musica.
Nesse momento saiu uma menina de dentro do camarim, derretida em lagrimas, e sorrindo ao mesmo tempo – eu acho que ele deveria parar com isso. Essa historia de nos causar esse mix de emoções chega a irritar, confundir. Como poderia, uma pessoa sozinha, conseguir mecher tanto com o que sentimos? E ele sabe que meche, e como sabe. – Abaixei a cabeça sorrindo, ainda sem acreditar, e tremia, suava, e pulsava o coração...
- Taaaata, vem ca mor. – Eu levantei o olhar direto pra porta, agora aberta. Respirei fundo, mais fundo do que qualquer outra vez que eu já tenha respirado na vida, buscando voltar a consciência. Era a voz dele, dizendo o meu apelido, me chamando... Nem em sonhos imaginei isso. Dei dois passos e parei na porta. Meu olhar varreu todo aquele camarim como um furacão, busquei cada detalhe pra que ficasse comigo, sempre, sumisse com tudo aquilo, e guardasse onde somente eu pudesse achar... Vi ao fundo da sala, Rober me olhar sorrindo. Retribui o sorriso, dando mais um passo, enquanto ele esticava a mão em minha direção e para pegar a minha câmera, eu entreguei. E nessa hora – juro que não tinha a visto – Dagmar, também sorrindo, passou no vão que sobrou entre a porta e eu. Foi quando percebi que ainda estava ali, parada, na porta. Dei três passos em direção ao Rober e...
- Vai continuar me ignorando amor? Eu to aqui... – Ele disse, me segurando pelo braço, mas não de um jeito bruto, e sim de um jeito carinhoso. E por esse gesto provavelmente também percebeu que me arrepiei inteira, acho até que minha sobrancelha se arrepiou nessa hora. Amor... daquele jeitinho que eu sempre ouvi ele falar, e agora, era eu. Virei de frente pra ele e finalmente pude olha-lo nos olhos, e fiquei assim, querendo mergulhar naquele olhar, me afogar, me perder... Alias, talvez eu já estivesse perdida antes, mas naqueles olhos, eu conseguia me encontrar.
Mas me faltava o ar, e as palavras. E fui surpreendida quando um lagrima queria pular do meu olho – não me admira que até minhas lagrimas quisessem ficar perto dele, tudo em mim queria ficar ali, mesmo calada, mesmo sem mim, só com ele. Meus pensamentos estavam voltando a se ordenar, e eu consegui dizer, ou pelo menos tentar:
- Sonhei cada dia isso... – Não fez sentido pra gramatica, mas pra ele e pra mim, fez todo sentido. – E ele, me surpreendendo novamente, passou os braços pela minha cintura, e por jeito habitual eu passei meus braços por cima dos ombros dele, e tive que ficar, mesmo de salto, na ponta do pé para alcança-lo – Não que eu me importasse de ficar assim, apoiada nele, não tinha nada melhor até aquele momento. Ali sim, no meio daquele abraço eu queria me prender, me algemar , colar nós dois de um jeito que ninguém pudesse separar. Meu coração batia forte como uma escola de samba em mim, acho que ele sentiu, quem sabe até ouviu... Mas eu não tinha vergonha, ele fazia mesmo o sangue correr mais rápido dentro de mim. E ele disse, baixinho... – As coisas são assim, quem sonha, realiza. Pode ser sorte, ou destino, mas um dia acontece. – que voz serena, macia, risonha. E eu consegui me espantar com mais uma menção daquela palavra ‘destino’. Se fosse combinado, menos pessoas teriam pronunciado ela, assim espontaneamente, começava a me assustar.
Ouvi o que acho que foi o Rober mencionando algo sobre a foto, mas não conseguia largar aqueles olhos, os quais concordei em ser refém. E mais calma, disse:
- Rafa, diz pra mim que é verdade? Eu acho que ainda não caiu a ficha. – Se não estivesse acontecendo, eu também não me importava, continuaria ali, abraçada com ele pelo tempo que durasse, uma vida inteira, ou mais se pudesse... Ainda não sei se era real, mas se eu estava apenas sonhando... Não pretendia acordar tão cedo.
Sorrindo, ele repetiu – Rafa... – Acho que o chamam tanto de Luan Santana que as vezes, até ele, esquece que se chama Luan Rafael. Então ele me deu um beijo estalado, barulhento e o melhor que eu já senti na bochecha e perguntou:
- Sentiu? - me encarava, esperando minha resposta, que sob tanta pressão não saiu. Apenas consegui balançar a cabeça afirmando que sim, eu tinha sentido, e se fechasse os olhos podia sentir, e o faria muitas vezes depois daquele dia. Então ele concluiu – Então é porque é real! – Era real, gostoso de sentir, e real.
Autor(a): aluancinadas
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Até que eu voltasse a mim, ele já tinha parado novamente em frente ao banner dos patrocinadores, e com a mão estendida disse: - Vem amor, vamo tira uma foto. – E eu sei que não deveria prestar atenção nisso agora, mas o sutaque dele, e o jeitinho de falar, eram um charme a parte em todo aquele momento. Mas nunca fui uma pessoa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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rafaelinha30 Postado em 30/12/2011 - 03:27:38
aiiii por favor ,não larga a fic não :(
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rafaelinha30 Postado em 30/12/2011 - 02:58:53
aiii eu quero mais posta por favor *-*
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reenascimento Postado em 18/06/2011 - 23:17:35
eu quero mais u.u KKKKK posta ++++++
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reenascimento Postado em 13/06/2011 - 15:07:12
ta linda demais, continuuua Bybiis *-* hahaha'
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tasya Postado em 02/06/2011 - 19:51:10
AAAAAA MAAIS *-*
Muito, muito, muito bom !
Parabéns : ) -
paola Postado em 02/06/2011 - 18:54:53
Nossa que texto lindo, amei, de verdade, senti como se eu estivesse lá :') "As coisas são assim, quem sonha, realiza. Pode ser sorte, ou destino, mas um dia acontece."