Fanfic: Believe - when my dream come true...
Até que eu voltasse a mim, ele já tinha parado novamente em frente ao banner dos patrocinadores, e com a mão estendida disse: - Vem amor, vamo tira uma foto. – E eu sei que não deveria prestar atenção nisso agora, mas o sutaque dele, e o jeitinho de falar, eram um charme a parte em todo aquele momento. Mas nunca fui uma pessoa muito sério, fechada, e estava me sentindo meio presa nesse momento, e pra descontrair eu disse: - Não é assim não, vem ca... e acha que eu vou fácil? ‘Por favor, tire uma foto comigo? ’ seria melhor. – Eu fiz uma cara de esnobe, que fez ele entender que era tudo brincadeira. Ele riu – e não tinha nada mais gostoso que faze-lo rir. E ele respondeu: - Ó, minha querida e estimada, pode me conceder a honra de uma fotografia? - Colocando a mão sobre o peito, e mudando a voz. E antes que ele terminasse a frase eu já estava ali, ao lado dele, rindo de todo o teatrinho que fizemos para tirar a foto. Sempre ouvi dizer que ele era engraçado, mas visto assim, ele é um verdadeiro palhaço. Mal vi bater o primeiro flash da minha câmera, me virei novamente para ele. Agora estávamos mais soltos, e inconscientemente – o que não quer dizer que eu não tenha gostado – apoiei o braço em volta dele, e ele respondeu com o mesmo gesto, e com o braço envolta da minha cintura estávamos mais perto do que um dia eu pensei que conseguiria chegar dele, muito mais. - Eu queria trazer meu violão pra você autografar... – a expressão dele mudou, estava animado, ansioso. – Mas não pude entrar aqui na arena com ele, acho que pensaram que eu ia tacar ele em você. – Eu disse rindo, e ele também riu – eu adorava isso – e perguntou: - Então você toca violão? - Ele disse virando, e indo para um outro lado do camarim. – Ah, não é aquela coisa que se diga ‘Nossa, ela é quase o Juliano Ferro’ mas eu gosto de arranhar a viola. – E ele, voltando com o próprio violão em mãos disse – Toca ai. Gelei. Ele podia parar de me surpreender desse jeito, é desconfortável não saber o que esperar de uma pessoa no próximo segundo, era como se me deixassem sozinha na Lua, eu não saberia o que fazer, onde ir. E estava assim, perdida naquela nova atmosfera, sem conseguir ainda acreditar que ele estava querendo que eu tocasse o violão dele. Estendi a mão e peguei o violão, olhei bem, pensei em tocar... Mas desisti . Ele sempre tocou violão, e eu aprendi sozinha, se algo saísse errado, provavelmente não ficaria vermelha, e sim roxa, de bolinhas verdes e estrelas azuis. - Não Rafa, sério, eu... – e ele me interrompeu, dizendo: - Toca. Insistente. Insistiu em realizar o sonho e realizou, adoro essa teimosia. - Mas o que? - Eu nem conseguia me lembrar das musicas, das notas então... Alias nem lembrava que as musicas tinham notas naquele momento. - Que musica você mais gosta? - Ele perguntou pra mim, interessado em que eu tocasse – e ouso pensar que ele provavelmente queria ouvir alguma musica dele, alguma as novas, seria legal. Mas ainda tem uma musica que meche mais comigo, e expliquei: - Quando eu te ouvi cantar pela primeira vez, nem sabia seu nome, ainda te chamavam de Gurizinho. – Ele me mirava aqueles olhos curiosos, que sempre me faziam perder a concentração do que eu estava falando, mas recuperei a linha do raciocínio logo em seguida. – Lembro que minha prima, de Campo Grande, me mandou o vídeo, e por semanas ouvi essa musica, porque achava a letra dela linda. – me interrompendo, ele disse: - ‘Falando Serio’? E eu respondi, esperando pra ver qual seria a reação dele: - Não, ‘Amor Impossível’. – Que é uma composição dele próprio. - Nossa, nem eu lembrava mais dessa musica. Eu compus quando era tão novo. – Ele mexia no cabelo, de um jeito envergonhado, e pensativo. Provavelmente a letra dessa musica também mexia com ele, e era por isso que eu gostava, uma letra forte e intensa, que eu já passei. Fala de uma típica história de amor. - Foi a primeira musica que eu aprendi a tocar no violão! – Contei animada, sabia que agora eu tinha surpreendido ele, e não mais ele a mim – o feitiço virando contra o feiticeiro. - Por que essa? Tem tantas outras, que fizeram mais sucesso... – ele tentou entender, em vão... - Porque eu já passei por isso, assim como você, e quando agente toca o que já viveu, vem da alma. Os sentimentos viram notas. – E ele estava ali, parado, me olhando, sem reação ao que eu tinha dito. - Você compõe? - Ele mudou de posição, cruzando os braços na frente do corpo. - Como você sabe? - Será que sou assim, tão transparente que ele conseguia adivinhas coisas sobre mim, ou ele consegue simplesmente sentir? - O que você falou, sobre a musica... Compõe né, sabia. – Ele fez uma cara de satisfeito, por estar certo, e pra ver aquela cara de novo eu mentiria sempre pra que ele nunca errasse. - Ah, eu dou umas rabiscadas, não sei se são musicas, mas são alguma coisa do tipo. – eu disse realmente pensando no que eram aqueles papeis amaçado, rabiscados que eu escrevia, e tocava, depois jogava num canto do quarto. Não deveriam ser musicas, talvez desabafos cantados, mas musica era um termo muito solene para eles. - Você tem mania de menosprezar o que faz. Diz que não toca, que não compõe... mas faz tudo isso. Vai me dizer que não canta, e quando abrir a boca, vai ser como uma orquestra. – Lição de moral Luan? Eu não tinha culpa, realmente não achava que eram bons, mas se ele gostasse eu escreveria mil canções pra ele, e ele mal sabia que já era o muso inspirados dos meus poemas de amor, pelo simples fato de me dar a cada segundo que passava mais de mil motivos pra gostar tanto dele. - Vou dizer: Então, toco, componho e canto. Eu arrazo. – fiz cara de metida – Meu ego não caberia dentro do seu camarim, muito pequeno – eu disse, fingindo esnobar aquele lugar que eu tanto sonhei em entrar. Ele riu – a risada que era musica pros meus ouvidos, brilho para os meus olhos, e sangue pro meu coração, e disse – Toca pra mim? Passei o dedo pelas cordas do violão, onde ele tocava. Senti que ele me olhava, mas eu estava de cabeça baixa, olhando o violão. E estava mais uma vez a mercê de um capricho dele, que agora eu sentia ansioso pra ouvir o que eu tinha pra tocar, apesar de querer sair correndo e fugir o mais rápido que pudesse para que nada desse errado – e se eu errasse alguma nota, ou a letra , me culparia eternamente. Se saísse correndo naquela hora, não correria o risco de pagar um mico na frente dele, mas nada me tiraria de sua presença, nada era mais forte que a vontade de simplesmente estar perto dele, eu até conseguiria viver depois, sem ele, mas quem disse que eu queria?
Autor(a): aluancinadas
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Não era normal que eu tremesse desse jeito, e como tocar se eu estava tremendo? – Ainda não gosto do que ele causa em mim, esse efeito de raios e estrelas dentro do meu corpo é estranho, e incomoda... e ele não para de me fazer sentir assim, alias, acho que ele nem mesmo sabe que me deixa assim, e se soubesse não pararia, mas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 6
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rafaelinha30 Postado em 30/12/2011 - 03:27:38
aiiii por favor ,não larga a fic não :(
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rafaelinha30 Postado em 30/12/2011 - 02:58:53
aiii eu quero mais posta por favor *-*
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reenascimento Postado em 18/06/2011 - 23:17:35
eu quero mais u.u KKKKK posta ++++++
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reenascimento Postado em 13/06/2011 - 15:07:12
ta linda demais, continuuua Bybiis *-* hahaha'
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tasya Postado em 02/06/2011 - 19:51:10
AAAAAA MAAIS *-*
Muito, muito, muito bom !
Parabéns : ) -
paola Postado em 02/06/2011 - 18:54:53
Nossa que texto lindo, amei, de verdade, senti como se eu estivesse lá :') "As coisas são assim, quem sonha, realiza. Pode ser sorte, ou destino, mas um dia acontece."