Fanfic: Believe - when my dream come true...

Eu não sabia se aquilo realmente estava acontecendo, ou se eu estava imaginando. Mas as palavras dele estavam sim ecoando na minha mente ‘Encontrei o meu sol.’ Como assim? Entre tantas mil pessoas ele foi comparar justo a mim, com o Sol?
- Que lindo Rafa... – Não deu, as vezes as palavras saem assim, sem agente conseguir dominar. Alias a essa altura do campeonato eu já não estava apenas falando, eu estava sentindo com as palavras, estava amando estar ali, amando ele e a situação toda. Amando meu sonho estar se realizando, amando... amando...- As vezes nem agente acredita nos próprios sonhos. Ele sorriu, e disse:
- É por isso que tantos sonhos ficam assim... no ar. Se não tiver fé, não acontece. Mas se tiver, o universo conspira, e ai onde existia a palavra ‘sonho’ vira a palavra ‘realidade’. Eu tentei descobrir naquele minuto o que tinha por traz daquele sorriso que me deixava tão feliz, e confiante. O que tinha por traz daquele olhar que fazia uma chama sonhadora e colorida acender dentro de mim. Ou finalmente conseguir me desprender daquele olhar, mas acabei entendendo que isso só acontecia porque era ele que estava por traz de tudo isso, o meu ídolo, Luan Santana.
- Eu vou lutar, te prometo! – E muito mais por ele, do que por mim mesma!
- Eu sei que vai, porque eu vou lutar junto com você...
Eu até sabia que ele me deixava tonta, e às vezes eu esquecia de respirar. Mas as coisas que ele dizia, faziam sentido... Agora, não estavam mais fazendo. Lutar comigo? Ou agente ia direto pra uma rodada de luta livre, ou eu não fazia idéia do que ele estava tentando me dizer. E fiquei quieta, calada, emersa nos meus pensamentos e confusões... Mas percebi que enquanto isso, Rober saiu do camarim e quando voltou, trouxe algumas pessoas da produção do Luan, aqueles velhos rostos conhecidos de qualquer fã do Luan e assim, aqueles velhos rostos que poderiam muito bem fazer qualquer sonho se tornar real, mas isso ainda não estava muito claro pra mim, porque mesmo que fosse realmente isso que ele estivesse pensando em fazer, estava muito, muito longe do que qualquer grande artista faria por uma fã, era inacreditável, de tão impossível. Eu estava ali, para, até meio boquiaberta enquanto Rober veio me falar:
 - Então você canta? Tem cara de artista mesmo. – Que confusão, há meia hora atras uma menina me disse que eu não tinha cara de artista, agora, Rober diz que eu tenho, que indecisos. Mas prefiro acreditar no Rober, principalmente porque ele sempre esta no meio de artistas, então deve conhecer no mínimo melhor que ela. Mal percebi quando Luan saiu de perto de mim e foi conversar com Dagmar e Andersson no outro canto da sala.
- Ah, o Luan disse que sim – eu ri – mas não tenho certeza se canto bem. – E eu falava com ele enquanto Luan e sua produção conversavam animadamente em outro canto da sala. Olhei o relógio, e pelo que me lembrava já estava há quase dez minutos la dentro... não que eu quizesse sair.
- Sobre o que eles stão falando? – perguntei diretamente, com ele eu sentia que não precisava dar indireta. Rober me causa uma estranha sensação de confiança, era a primeira vez que o via mas já sentia que nos encontraríamos muitas vezes ainda, principalmente pelo que estava acontecendo ali.
- Sobre você. – ele disse rindo da minha curiosidade.
- Sobre mim? Como assim? – E nesse instante torci para que a resposta dele fosse a mais agradável possível, mas ele apenas me respondeu.
- Deixa que ele mesmo te conta. – Ele disse olhando para os três que estavam voltando para nossa direção, estranhamente animados – não Luan claro, que vive sorrindo – mas Dagmar e Anderson , e com aqueles sorrisos era difícil acreditar em tudo que ouvi deles – e ouvi muitas coisas, e coisas ruins – sorrindo assim, não conseguia imaginar em alguma coisa ruim para acontecer, apenas boas.
- Sol, essa é a Dagmar, e o Anderson. – Ele os apresentou como se eu não conhecesse os dois de muito tempo antes, qualquer pessoa que trabalhasse com Luan, certamente era amada por suas fãs, inclusive eu. Eu sorri para eles, e acho que até fiquei corada de vergonha, três pessoas tão importantes paradas assim, na minha frente, me encarando sem eu nem ao menos saber o motivo. Prestei tanta atenção neles que quase não percebi que Luan estava me chamando de Sol, e principalmente, o quanto isso era lindo.
- Oi. – Foi o que saiu.
Eles apenas movimentaram a cabeça, e depois quase simultaneamente olharam para Luan, provavelmente indicando que ele deveria dizer alguma coisa, e não só eu percebi, como ele também.
- Sol, acho que você como fã, sabe que no começo da minha carreira, precisei de pessoas que me apoiassem, e acreditassem em mim. E o Fernando e o Sorocaba, apostaram em mim desde o principio. – Eu concordava com a cabeça, lembrando que sabia a história dele de cor, salteado, de traz para frente... – Eles são meus padrinhos de carreira, e provavelmente se eles não tivessem acreditado em mim, eu não estaria aqui hoje. Ainda não tinha nada que eu pudesse dizer, e era bonito ver a gratidão dele aos seus padrinhos de carreira.
Reconhecer que sozinho, não seria ninguém, provava a mim e ao mundo o quão simples e humilde ele é.
- Eu acredito em você, e por isso quero ser o parinho da sua carreira.
Se eu tivesse visto um golfinho laranja, com bolinhas azuis e glitter dourado dançando frevo, provavelmente teria a mesma reação que tive ao ouvir o que ele disse. Fiquei ali, pasma, tentando organizar meus pensamentos enquanto eles me olhavam, acho que queriam até rir da minha cara de assustada, mas eu não conseguia me libertar dos meus pensamentos, desorganizados, misturados em sentimentos que me inundavam de uma sensação incrível que poucos poderiam sentir, e eu estava sentindo. Até que ele me tirou dos meus profundos pensamentos, dizendo:
- E ai? Topa?