Fanfic: Believe - when my dream come true...

Ele deve ser louco, maluco, inconsequente. Que artista em sã consciência faz esse tipo de convite assim, de uma hora para outra, tendo ouvido uma musica só? Ele só pode estar brincando, ou realmente acreditando em mim, e dessas, eu prefiro a segunda opção.
Acho que fiquei pensando nos prós e contras por meio segundo,  e já respondi:

- Você tem certeza disso? - Claro que ele tinha certeza, mas ele é humano e também erra, e poderia estar errando neste momento, e eu seria a cobaia.
- Claro que eu tenho, só falta você confiar. – Eu confio! Eu confio! Eu queria gritar, pular no colo dele e sair cantando, mas...
- Eu acho que agente precisa conversar.
- Ela é mais responsável que você Luan. – Dagmar disse rindo, e Rober também riu ao fundo. Tão impulsivo, parecia que agente ia sair dali e ganhar o mundo, e era legal ver o entusiasmo dele, mas confesso que tinha medo do que poderia acontecer. – E isso é esmo converssa pra outra hora, você não acha? Estamos uma hora e meia atrasados e você não atendeu nem metade das fãs ainda.
Segurei o riso ao ver a cara dele como se tivesse lembrado que a vida continuava passando enquanto estávamos la, batendo papo.
- Qual é o numero do seu celular? - Eu não sei o que foi mais rápido, o salto que meu coração deu e pareceu bater na testa, ou o jeito como ele tirou o celular de algum lugar que eu nem havia percebido que ele estava, e eu já tinha vasculhado ele todo com os olhos, e não havia sinal de iphone nenhum. Mas também não era hora de pensar na magica de aparecimento de celulares, mas sim na magia que eu faria para me lembrar do numero do meu celular, que eu não conseguia lembrar – e por culpa dele, esses movimentos e perguntas muito bruscas me deixavam meio desnorteada, sem noção ou reação a elas, e ele teria que parar com isso, ou se acostumar.
- é... 9499... – e ele digitava no visor do iphone lindo de capinha verde, com uma agilidade monstra. Provavelmente vivia digitando ali. Eu terminei de falar o numero e ele disse:
- Grava meu numero ai, mas deixa que eu te ligo, ta? - OQUE? Você vai o que?
- Ta! Mas como... – antes que eu pudesse falar meu celular vibrou no bolso de traz, e eu peguei. Analisei o numero estranho, ainda pensando ‘quem é o infeliz que ta atrapalhando?’ até que ele disse:
- Ai Sol, sou eu que to te ligando. – e não só riu, como gargalhou da minha cara por eu não ter entendido como ele ia me passar o numero dele, e claro que nesse momento não contive a risada também, mas era pelo fato de ter o numero verdadeiro dele, e ele queria que eu tivesse. Não foi arranjado, ele me passou, ele deu um toque no meu celular!
- Ah, para de me zuar ! – Eu disse ainda rindo, da minha situação.
- Ta, parei. – Ele passou o braço envolta do meu ombro, e como sempre eu gelei, mas estava mais fácil contornar meus sentidos agora, acho que estava me acostumando com o efeito que ele causava em mim. – Eu te ligo essa semana ainda, é... não sei se eu que vou ligar, mas alguém te liga. – ele disse sorrindo – Ai agente marca uma reunião pra decidir os trem da sua carreira. – Enquanto me dizia isso, me acompanhava até a porta do camarim.
- Eu ainda não disse que quero, Rafa. – Eu queria, mas também queria ir com calma, mesmo estando muito empolgada, isso ia além de mim. Mechia não só com o Rafa, mas comigo, meus pais, minha família, minha vida!
- Pensa... – ele me abraçou – agente se fala daqui uns dias! – e deu um beijo estalado na bochecha esquerda. Eu o apertei contra mim e disse:
- Vou pensar, pode deixar.
- Com carinho? - Ele fazia a palavra carinho ser ainda mais fofa quando saia da boca dele. E como não pensar com carinho numa proposta que é praticamente irrecusável? Quantas pessoas no mundo teriam uma oportunidade como a que eu estava tendo naquele momento e principalmente, aparada pelo meu maior ídolo!
- Com carinho. – Eu respondi, sem achar mais palavras pra completar. Dei um beijo no rosto dele, enquanto virava, vi o segurança abrindo a porta. Sorri para ele, e quando estava passando...
- Sol... – Aquela voz... eu me virei. – você vai brilhar. – Ele disse mais encantadoramente do que se dissesse que me amava. Ele tinha, realmente, o poder de me fazer ficar feliz.
- Eu acredito! – e a porta se fechou, cortando nosso olhar. Mas não a vibração do sorriso dele que eu ainda sentia, dali de fora, mesmo com um obstáculo era como se houvesse uma conexão, a mesma que tinha feito com que eu ganhasse aquele sorteio mais que concorrido, a mesma que tinha me feito comentar que tocava violão, e a mesma que tinha feito com que ele quisesse me ouvir cantar.
Desci as escadas, e dei de cara com a Bybiis que se fosse transparente, com certeza pareceria um monte fogos de artificio de tão animada, entusiasmada e pasma com o tempo que fiquei la dentro. A vi correr em minha direção quando me viu, e quando ela me abraçou, eu pude sentir que tudo o que estive vivendo naquela ultima meia hora, tinha sido real, mesmo que parecesse um sonho. E eu a contei, com os mínimos detalhes tudo o que tinha acontecido no camarim, enquanto voltávamos à arena onde aconteceria o show, e ela não se continha de felicidade, aluas perdi as contas de quantas vezes ela me perguntou ‘Porque você não aceitou na hora?’ – Apressada, como sempre!
- Ele te chama de Sol? - os olhos dela brilhavam olhando para mim.
- Chama, e chamou varias vezes assim. – Era tão bom lembrar...
- Sol e Lua. – Ela disse, e eu não entendi.
- Hã? - Sol e Lua? do que ela tava falando?
- É, você não percebeu que o nome dele, se tirar o ‘n’, fica Lua? O Astro da noite, e você, a luz do dia. – As vezes as filosofias da Bybiis não faziam sentido algum, mas mesmo assim eram bonitas de escutar, mesmo sem entender.
- É verdade. – assenti.
- Coisa do destino, hein! – Destino de novo? À essa altura, já acostumei com a palavra. Mas não sei se me acostumaria com o que ela disse depois:
- Eu não sei porque você não acredita, mas não há limites para os seus sonhos. E agora o destino de dois astros se cruzaram, Sol e Lua, nasceram pra iluminar... O destino esta escrito nas estrelas!