Fanfic: Meu Anjo - Portiñón [ Repostagem ]

- não costumo rezar... Por favor, me ajude... Eu prometo... 41 graus! Oh meu Deus vou colocá-la na água fria e ligar pro médico. Enquanto uma mãe desesperada tentava ligar pro medico, Dulce sentada em uma cadeira olhava fixamente pra uma garotinha deitada em sua cama ardendo em febre.
-precisa se levantar (pedia a mãe)
-está frio (respondia a filha)
-eu sei (pegando a filha no colo, levando-a pro banheiro)
Dulce não perdia um movimento se quer
-ta fria
-parece fria porque você ta muito quente.
Já no hospital deitada numa maca cortando um dos corredores os médicos levavam a garotinha pra um quarto pra começarem os procedimentos.
Durante o percurso
-Ela pareceu confusa? (pergunta o medico)
-Disse que viu uma mulher no quarto (respondeu a mãe)
Dulce, no entanto não se separou da garotinha em nenhum momento, durante todo o trajeto
A garotinha sorri e pergunta
-você esta com frio?
Dulce responde apenas balançando a cabeça negativamente
Abram caminho disse o medico ao chegar ao quarto, Dulce ficou do lado de fora acompanhando pelo vidro da porta. Os procedimentos começam, colocam soro, oxigênio e em questão de segundos os olhos da garotinha se encontram com os de Dulce que já se encontrava a beira de sua cama, Dulce sorri e instantaneamente a garotinha para de respirar, e já fora do quarto as 2 acompanham os médicos ainda realizando os últimos procedimentos.

- sem pulso e sem batimento cardíaco (disse o medico)
no mesmo instante a garotinha olha pra Dulce e pergunta.
-você é Deus?
-não, meu nome é Dulce
-aonde vamos?
-pra casa
-mamãe pode vir?
-não.
Então a garotinha volta o seu olhar para o quarto, onde os médicos tentam incansavelmente reanimar o seu pequeno corpo, enquanto sua mãe chora inconsolável, diante disso a garotinha volta-se novamente pra Dulce
-ela não vai entender!
-vai sim... Algum dia (estendo tua mão pra garotinha)
a garotinha segura a mão de Dulce e saem as 2 de mãos dadas andando pelo corredor,
-posso te perguntar uma coisa?
-pode
-do que você mais gostava?
-pijamas (respondeu a garotinha)
Sumiram num pequeno feixe de luz.
Dialogando com um anjo e com a tua agenda nas mãos, sentadas no alto de uma placa de sinalização em uma movimentada rodovia de onde se podia ver uma boa parte da cidade.
-ela sabia muito bem do que gostava.
-pijamas?
-é de flanela com pés
-e o que mais?
-em um elevador uma mulher tocou a pele de outra mulher, por acidente... Fez com que ela se virasse e olhasse pra ela de um jeito...

-e elas...?
-sim (respondeu Dulce)
-foi um dia bom
Mudando um pouco de assunto e com a tua curiosidade
- tem curiosidade de saber como é?
- o que?
-tocar!
-tocar? Não.
-tem sim!
As 2 sorriem
-de vez enquanto
- uma vez uma garotinha me perguntou se podia ser anjo
-todos querem asas
-nunca sei o que dizer
-diga a verdade
-anjos não são humanos
-nunca fomos humanos
- e se eu fizer um par de asas de papel pra ela?
-conte a verdade a ela
-eu contei
-como ela reagiu?
-disse: “de que servem as asas se você não pode sentir o vento?”
Ficaram em silencio parados de frente pro mar admirando o por do sol.
Em meio a um transito intenso, logo pela manhã, Anahí cortava os carros com tua bicicleta para chegar ao hospital no horário, chegando, prende sua bicicleta, sobe as escadas correndo, vai ate o vestiário se prepara rapidamente, pois um paciente já a esperava pra uma cirurgia.

Anahí- o que temos hoje?
Medico- homem de 50 anos com oclusão coronária enquanto fazia Cooper, os paramédicos ressuscitaram-no, mas a situação é critica, ele é hipertenso.
Anahí- a diagonal também está mal... Quem fez o exame?
Medico- Jordan
Anahí- vou entrar
Medico- o paciente quer vê-la
Anahí lava as mãos e vai ate o quarto do paciente
Medico II- ele não está muito consciente
O paciente olha pra Anahí como se quisesse falar algo através do olhar. O preparativo pra cirurgia começa
Anahí- vamos resfriá-lo pra zero grau
Então um dos residentes liga o som e começam a cirurgia escutando musica, algumas horas depois a cirurgia termina e tudo parece estar bem, Anahí agradece aos médicos e enfermeiros que a ajudaram na cirurgia e sai da sala. Os médicos comentavam sobre o seu mau humor enquanto limpavam a sala, e parada em um canto da sala acompanhado tudo estava Dulce, vestida com calça, blusa, sobre tudo e botas na cor preta. A cirurgia que parecia ter sido um sucesso começa a dar problemas, o paciente começara a sofrer de taquicardia, a musica é desligada e Anahí é chamada novamente as pressas.
Anahí- precisamos abri-lo. Quanto tempo temos?
Medico III- precisamos de 10 min.
Anahí abre novamente o peito do paciente e começa a dar choques para que o coração volte a bater e não adianta então Anahí segura o coração em tuas mãos e começa a massageá-lo sem muito sucesso, Dulce então se aproxima os aparelhos começam a apitar.
Medico IV- estamos perdendo ele
Anahí- ele não vai a lugar algum
Neste momento Dulce desvia seu olhar do paciente e o redireciona para Anahí olhando-a fixamente, Anahí volta o seu olhar da mesma forma pra Dulce por alguns segundos como se pudesse vê-la, voltando novamente o seu olhar pro paciente.
Anahí- vamos, não faça isso, que droga
Anahí olha os aparelhos que monitoram o paciente, enquanto Dulce e o paciente olham o corpo deitado na cama.

Anahí deixa a sala de cirurgia com o olhar triste e avisa a família sobre o falecimento e sai da sala de visitas em seguida subindo as escadas de emergência do hospital, senta-se em um dos degraus e começa a chorar lamentando a morte.
Continua...

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