Fanfic: Una cancion *Portiñon*-Finalizada

Dul saiu do banho e deu de cara com Chris sentado na cama.

Dul:O que você tá fazendo aqui?

Chris:Acho que a Any tá com ciumes.

Dul:De quem?

Chris:De você comigo.

Dul:...Que? Ela pirou?

Chris:Pois é, ela tá super estranha, fica frizando a palavra "amizade" e "amigo" quando fala da gente.

Dul:Você não devia ter me beijado, só encheu a cabeça dela de merda.

Chris:Foi brincadeira! Não achei que ela ia levar a sério!

Dul:É claro! Beijar a esposa dos outros, na frente dessa pessoa, é normal! Todo dia alguém faz isso, ontem o Poncho fez isso com ela, e antes disso o Ucker fez comigo!

Chris:Calma, se quiser eu falo com ela.

Dul:Ótimo, porque a culpa não é nem um pouco minha!

Chris desceu e encontrou Any espremendo algumas laranjas para fazer suco.

Chris:Any...posso falar com você?

Any:Claro, pode falar.

Chris:Você sabe que eu considero a Dul como uma irmã, certo?

Any:Você beijaria sua irmã?

Chris:Certo...isso...bem...era brincadeira.

Any:Olha, Chris, eu prezo o que você está fazendo, tentando salvar meu casamento de uma provável briga, mas...

Chris:Não "mas". A Dul te ama mais que tudo, nunca ia te trair, muito menos comigo! Somos como irmãos gêmeos...de outras mães.

Any:Chris...agora não.

Chris voltou para casa logo depois da conversa com Any, tinha que trabalhar no dia seguinte, ia treinar a nova agente, precisava estar em perfeitas condições. Any subiu pro quarto e foi direto pro banheiro, sem nem sequer olhar para Dul, bateu a porta com força e Dul ainda conseguiu ouvir o som da chave girando, a ruiva suspirou, sabia que teria um longo caminho pela frente. Any enrolou um pouco no banheiro, quando saiu Dul não estava na cama, olhou pelo quarto, mas não a viu, estranhou, terminou de se arrumar e foi procurá-la pela casa. Viu a luz da cozinha acesa e imediatamente foi para lá. Dul estava escorada na pia, tomando um copo do suco que Any havia feito, a loira ficou aliviada, mas não expressão emoção alguma, foi até a geladeira e pegou a jarra de suco, se serviu e fechou a geladeira, deu um pulo pra trás quando viu a ruiva ao lado da geladeira, não tinha a visto, a porta aberta da geladeira impossibilitava sua visão.

Any:Meu Deus!

Dul não se mexeu.

Any:Esqueço que você consegue fazer isso sem fazer barulho! Um dote polícial! Ótimo!

Dul continuou calada, com as mãos nas costas, olhando Any, que deu as costas e colocou o copo, já vazio, na pia, ia saindo da cozinha quando sentiu os braços fortes da esposa a envolvendo, tentou se esquivar, mas a ruiva foi mais rápida, colocou a mão em sua barriga e a outra se apoiou na parede. Any sentiu algo raspando em sua larga camiseta, olhou para baixo e viu, na mão da esposa, uma rosa vermelha.

Dul(sussurando em seu ouvido):Pra você.

Dul esticou o braço e entregou a rosa para Any.

Any:...Eu não quero.

Dul:Qual é? Eu furei meu dedo duas vezes pra pegar essa rosa!

Any:Me solta.

Dul beijou seu pescoço levemente.

Any(arrepiada):Me deixe ir.

Dul:Pelo menos me diga por que está assim.

Any:E VOCÊ AINDA PERGUNTA?!

Dul:Amor, por favor...

Any:Não me chame de "amor. Não deveria falar isso pro Christian?

Dul:Ah, então é isso?

Any conseguiu se soltar e saiu da cozinha, Dul ficou parada um momento, tentando entender, depois saiu correndo atrás dela. Chegou no quarto super ofegante, com o coração acelerado, Any estava pegando algumas cobertas e travesseiros.

Dul:Pra que isso?

Any:Você dorme no sofá hoje.

Dul:QUE?!!? Você tá louca?! Eu não vou dormir no sofá! Acabei de sair do hospital e quero dormir em um lugar confortável!

Any:Não em venha com chantagem emocional. Se não quer dormir no sofá, vá dormir com o Chris.

Dul:Pelo amor de Deus! Anahi, me escuta! Eu não quero nada com o Christian!

Any:EU VI VOCÊS DOIS! SÃO MUITO PERFEITOS JUNTOS!

Dul:Podemos até ser, mas ele não é você! Pra mim, ele é como um irmão caçula gay! Apesar de ser mais velho.

Any:"Ele não é você"? É sua melhor defesa?

Dul:Defesa? Isso não é um julgamento! Anahi, presta atenção, eu te amo, você sabe disso mais do que ninguém.

Any ficou calada.

Dul:Não vou negar, se não fosse você, seria ele. Mas eu tenho pena da pobre pessoa que for ficar com ele.

Any:A May ainda gosta dele.

Dul:E eu tenho pena dela! Any, ninguém, ninguém mesmo, nem eu, eu nunca escondi isso de você, se eu não te amasse tanto, se eu não te queresse, se não fosse você a dona do meu coração, seria ele, ninguém nunca negou isso.

Any:É esse o problema! Se eu te deixasse viver com ele? Vocês casariam, teriam lindos filhos, ele pode te dar uma família.

Dul:Você também pode!

Any:Não, eu não posso, não posso te engravidar, não posso te dar o direito de ter a família que você merece, ELE, ele pode.

Dul:Eu não me importo se ele pode ou não, não é ele que eu amo, é você, só você! Eu te amo, Anahi, por favor, acredite em mim!

Any:Dul, olhe por outro angulo...

Dul:NÃO! EU NÃO QUERO OLHAR DE OUTRO ANGULO! EU SEI O QUE EU QUERO, O QUE EU PRECISO. Anahi, sem você eu não vivo mais! Eu te amo, mais que minha vida... eu... eu... eu...

Dul levou a mão ao peito e escorou na parede.

Any:Dul? O que foi? Você tá bem? Fala comigo!

Poncho foi o mais rápido possível pra casa da prima, chegou a tempo de evitar um desastre, talvez mais alguns dias no hospital e mais uma cirurgia.

Poncho:Está tudo bem, ela só se esforçou muito, ficou muito nervosa e o coração reagiu a isso, só tem que ficar em R-E-P-O-U-S-O A-B-S-O-L-U-T-O e vai ficar bem.

Dul(deitada na cama):Já entendi, Poncho.

Poncho:Você disse isso da primeira vez e olha onde estamos!

Dul:Vai embora, Poncho!

Poncho:Tá bom, tá bom.

Poncho saiu do quarto e Any o levou até a porta.

Poncho:Por favor, Any, ela precisa descançar, ficar em repouso, fica de olho nela pra mim, cuida dela.

Any:Pode deixar, Poncho, vou me dedicar a isso, vou cuidar muito bem dela.

Poncho:Obrigado.

Any voltou pro quarto, Dul ainda estava na mesma posição, parecia triste, abatida, Any se sentiu culpada, uma criança mimada, que se dava ao luxo de ter ataques infantis, suspirou e deitou ao lado de Dul.

Any:...Desculpa.

Dul:Não tem que se desculpar, só tem que acreditar em mim.

Any:Eu acredito, desculpa, foi um ataque de ciume completamente sem sentido, fui muito infantil, mil desculpas, amor.

Dul:Não se desculpe.

Any abraçou Dul, que deitou a cabeça no ombro da amada, que, por sua vez, apoiou a sua cabeça na de Dul e a apertou contra o peito.

Dul:Não consigo respirar!

Any riu e soltou Dul um pouco, mas ainda a mantendo perto.

Any:...Senti medo de te perder.

Dul:Percebi. Mas ainda estou aqui e você vai ter que me aturar por um bom tempo.

Any:Um sacrifícil que vou adorar fazer...Eu te amo, sabia?

Dul:Eu também te amo, muito mesmo.

Dul logo adormeceu, por causa dos remédios que Poncho havia lhe dado, Any se tranquilizava apenas por sentir a respiração de Dul em seu pescoço e ver seu peito subindo e descendo ao se encher de ar, ou soltá-lo, saber que ela estava viva e "bem" e ao seu lado, dividindo a cama com ela, como faziam a 10 anos, deixava Any feliz, como se sentia ao seu lado, ainda se impressionava com o jeito que Dul lhe deixava, mesmo depois de 10 anos ainda sentia borboletas na barriga quando estava com ela, suas pernas tremiam, ela não sabia o que falar. Beijou a testa de Dul e sorriu ao ver que ela suspirou.

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