Fanfic: Una cancion *Portiñon*-Finalizada

Dul acordou com o corpo doendo, suspirou, sabia que tinha pedido aquilo, agora ia ter que aguentar, se espreguiçou e levantou, foi direto pra cozinha, Any não estava lá, ela olhou no relógio, 6:30, Any só ia acordar em 1 hora, o mesmo horário que Dul acordava, mas estava com muita dor e não tinha conseguido dormir mais que algumas horas. Aproveitou para preparar o café, fez uma linda mesa, cheia de frutas, pão, leite, café, margarina, manteiga, requeijão, queijo, presunto... enfim, tudo que Any tinha direito. Isso, Any, ela fez tudo para Any, não ia encostar um dedo na comida, estava sem fome afinal. Aproveitou a tempo que sobrou e fez uma ligação. Minutos depois ouviu o despertador de Any, voltou para o sofá, se jogou embaixo das cobertas, ligou a TV e fingiu assistir o jornal. Any desceu meia hora depois, pronta pro trabalho, ignorou a presença de Dul ao passar pela sala, e foi pra cozinha, parou na porta ao ver a mesa arrumada, olhou para Dul, que ainda olhava pra TV, respirou fundo e entrou na cozinha, sentou na mesa, pegou uma xícara com café, completou com leite, pegou um pão e colocou tudo que tinha de comestível na mesa, fez um mega sanduíche, quando mordeu o primeiro pedaço, viu um pedaço de papel embaixo do pote de margarina, colocou a xícara na mesa e pegou o papel.

Anahi,

sinto muito pelo que fiz, de verdade, por favor, me perdoe, eu te imploro.

Te amo muito,

Dulce.

Anahi amassou o papel e jogou-o pro outro lado da cozinha. Terminou de comer, se despediu dos filhos, pegou a bolsa, a chave de um dos seus carros, escolheu seu caro Koenigsegg CCXR, quando passou pela sala, Dul ainda estava no sofá, assistindo um filme da Disney.

Any:Se pensa que aquilo muda alguma coisa, está completamente enganada.

Any saiu de casa sem dizer mais nada.

Dul:MERDA!

Any chegou em sua empresa alguns minutos depois, sua empresa de advocacia era a mais respeitada de todo o pais, procurada nos casos mais difíceis, o que garantia sua popularidade já que eles nunca perdiam um caso, não era a toa que Any tinha 3 carros carríssimos. Cumprimentou a todos com um "oi" geral e foi para sua sala. Quando começou a trabalhar, seu telefone começou a tocar.

Any:Alô?

Secretária:Senhorita Anahi, tem um entregador aqui com algo para você.

Any:Mande-o entrar, Carina, muito obrigada.

1 minuto depois, o entregador bateu em sua porta e ela mandou-o entrar.

Entreg.:Bom dia, senhorita! Tenho uma encomenda, é da sua(leu um papel)...esposa.

Any:E o que seria?

Entreg.:Esse buquê de rosas vermelhas e brancas e esse cartão.

Any pegou o buquê, deu um dinheiro pro entregador e pegou o cartão, pensou em jogar fora sem ler, ainda estava brava, mas ficou curiosa, colocou o lindo buquê num vaso com água e abriu o cartão, que estava escrito com a linda caligrafia de Dul.

Meu amor, meu anjo, meu céu, meu tudo, minha vida, a razão do meu viver, a razão de ainda estar viva...

Eu sinto muito, muito mesmo pelo que fiz, me arrependi de ter te magoado, fazer isso nunca foi minha intensão. Errei e peço desculpas, me ajoelho se for preciso, grito pro mundo inteiro ouvir, mas, por favor, me perdoe, eu te imploro, me perdoe. Você não sabe como está sendo difícil pra mim ficar sem você e vai ser muito mais difícil ficar sendo ignorada. Me perdoe.

Te amo muito, mais que minha vida,

Dulce.

Any leu e releu o cartão umas mil vezes, olhava o buquê e voltava a ler o cartão, mas lembrou-se da tarde anterior, seu olhar ficou frio, capaz de matar o primeiro que aparece-se, amassou o cartão e jogou-o no lixo embaixo de sua mesa. Tentou se concentrar no novo caso que tinha nas mãos, mas meia hora depois outro entregador chegou, com mais um buquê, mas dessa vez de lírios. No cartão estava escrito:

Me perdoa.

Depois do 10º entregador em uma hora, ela decidiu ligar para Dul ou sua sala viraria uma floricultura.

Dul(parecia desanimada):Alô?

Any(se virando pra janela, de costas pra porta):Dulce Maria, mandar flores e mais flores não vão adiantar, não vão me fazer esquecer o que você fez, então, por favor, cancele qualquer pedido de entrega que tenha feito, ou transfira-os para Josie, mas me deixe em paz.

Dul:Qual é, Anahi? Eu sei que você gosta dessas flores, agora, esquece isso, me perdoa, por favor.

Any:Sabe quantas vezes eu li isso nos cartões?

Dul:Tenho uma ideia já que eu fiz a encomenda hoje de manhã, enquanto você ainda dormia. Olha, pelo horário eu diria que foram entregues 13 buquês, certo?

Any:...Certo, mas o que isso...

Dul:Encomendei 50, caso não me perdoe sua sala vai virar uma floricultura.

Any:Isso é chantagem?

Dul:Não, tá mais para um pedido desesperado de desculpas.

Any:Pois não vai funcionar, não vou esquecer o que você fez, como você mesma disse, eu adoro flores, não me importo de ficar cercada delas, só me importo por serem suas.

Dul:Assim você me magoa.

Any:OLHA QUEM FALA!

Dul:Calma Any, me perdoa vai? Por favor.

Any:Dulce Maria...

Dul:"Dulce Maria"? Está tão brava assim comigo?

Any:Muito, só não te chamo pelo nome completo porque é um pouco grande. Pare de me mandar flores.

Dul:Quer que eu fique de joelhos?

Any:Não, só quero que me deixe em paz...

Dul:Você sabe que isso não vai acontecer.

Any:Vai me deixar em paz, ou devo dar entrada na papelada do divórcio?

Dul:Você não teria coragem.

Any:Duvida?

Dul:Anahi, pelo amor de Deus! Foi um erro, todo mundo erra! Me perdoa por favor, eu te imploro, na verdade, estou de joelhos agora mesmo!

Any:Como vou saber?!

Dul:Se vire.

Any(confusa):Que?

Dul:Faça isso.

Any se virou e viu Dul no meio de sua sala, ajoelhada no chão, com o celular em uma mão e um buquê de rosas na outra.

Any:Dul...

Dul:Voltou a me chamar de "Dul", isso é um bom sinal.

Any:Não, não é. Volte pra casa, peraí, se você está aqui...quem está com nossos filhos?

Dul:O Chris, eu liguei pra ele, hoje é o dia de folga dele. Por que ainda estamos falando pelo celular?

Any:Porque quando você ir embora não vai me escutar dizendo pra me deixar em paz.

Dul(guardou o celular no bolso):Eu dirigi 1 hora pra chegar aqui! Mais meia hora de calculos pra ver quanto tempo ia demorar pro subir até aqui, são 30 andares! Me perdoa, vai, estou de joelhos.

Any:As coisas não funcionam assim...(Elas ficaram se olhando)Vai embora, Dulce.

Dul(suspirou):Por favor...

Any:Vai embora, vai pra casa, me deixe em paz.

Dul suspirou, se levantou, entregou o buquê, olhou nos olhos de Any, seus olhos se encheram de lágrimas.

Dul:Ok, se você quer assim, vou pra casa, fico com meu novo companheiro, o sofá, um grande pote de sorvete, remédios pra depressão. Vou te deixar em paz, só não se esquece que eu te amo, ok?

Dul saiu da sala e Any trancou a porta e desabou a chorar. Dul apareceu na porta de novo, Any estava de costas e não a viu, mas assim que se virou parou de chorar e limpou o rosto.

Any:Vai.

Dul assentiu e saiu, Any voltou a chorar.

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