Fanfic: Lost Memories (Vondy) *Terminada*

Capítulo 13: Cupido

A tarde havia chegado e eu procurei algo para comer na geladeira. Havia bastante comida congelada daquelas de preparo rapido no micro-ondas. Peguei uma emabalagem de pipocas e coloquei para estourar. Anahí me acompanhou, mas só ficava mechendo naquele celular. Esperei o tempo de preparo e retirei o saco bastante cheio de pipoca. Segui para a sala e lá sentei, e novamente Anahí me seguio.

- Estou me sentindo uma criança sendo vigiada para não fazer besteira... - comentei baixinho.

Anahí soltou um risinho.

- Gostei de você! - ela falou enquanto mandava outra mensagem. - Agora passa esse saco que eu também estou com fome.

Lhe entreguei e ela colocou a mão retirando uma boa porção.

- Não acredito que ele não vai me responder! - ela exclamou segurando o celular com força.

Fiquei observando aquela reação e uma curiosidade me veio a cabeça:

- O que você tanto meche nesse celular?

- Um hobby.

- Hobby?

- É... hobby é uma ativida...

- Eu sei o que é - falei revirando os olhos. 

- O.k...o.k... sabidinha... então está ai a resposta. É um hobby.

- Ficar mechendo no celular é um hobby para você?

Bem, eu não me lembro de ter um hobby, mas eu sabia muito bem que não eram coisas tão bobas quanto ficar apertando botões de um celular o dia inteiro. Pelo menos, para mim, não era um hobby...

- Eu não fico o dia inteiro nesse celular atoa... - falou ela cutucando a ponta do meu nariz como se eu fosse uma criança - Quando não estou trabalhando no hospital, eu meio que me chamo de cupido.

Hein? Ainda não entendi nada...

- Da para explicar melhor? -falei.

Ela respirou fundo.

- Eu trabalho em um hospital, mas quando estou de folga, o que acontece raramente... eu trabalho em uma agencia de encontros. Sou uma cupido se assim posso dizer - ela falou essa ultima parte bastante animada, esperando que eu tivesse a mesma reação.

Fazia sentido... então o anjo tinha amigos cupidos... puts! isso soou muito ridiculo, mas engraçado ao mesmo tempo. Acho que estou ficando meio maluca...

- Quer dizer que você ajuda as pessoas a ficarem juntas? - perguntei.

- É! - disse ela satisfeita -  Pode se dizer que é isso mesmo.

Aquela era a mulher mais estranha que eu já conheci. Também, eu havia conhecido poucas até ali... Mas ainda assim, tenho certeza que antes de perder a memoria eu não tinha me esbarrado em uma medica-cupido...

- Você e o Christopher se conhecem do trabalho? - perguntei.

- Sim, ele é meu colega. Mas como eu já disse, faz poucos meses que cheguei nessa cidade e ele me ajudou em muita coisa. Como pode ver, você não é a primeira vitima do anjo. Anjo? de onde eu tirei essa?

Enquanto ela sorria de si mesma eu fiquei a encarando. Não sei o porque, mais fiquei meio que decepcionada por ele ajudar qualquer um que estava com problemas e me senti como se fosse só mais uma... mais eu realmente era só mais uma garota com problemas  que havia esbarrado nele. Mais uma pessoa para mostras sua gentileza e afeto... alguem qualquer...

Anahí percebeu meu rosto triste que havia aparecido derrepente. Ela começou a me olhar, tentando saber o que eu estava pensando. Virei meu rosto percebendo que ela estava me olhando e peguei o saco de pipocas, indo até a cozinha para coloca-lo no lixo.

Ela novamente me seguio. Na cozinha, abri a geladeira para beber um copo de agua, enquanto ela aparecia verificando uma nova mensagem.

- Acho que já falei muito de mim - ela comentou - E você, onde conheceu o Christopher?

- No hospital...

- Hum... meio obvio - ela falou para si mesma - e no que ele está te ajudando?

Coloquei a garrafa de agua de volta na geladeira. 

- Eu perdi a minha memoria. Perdi quase que por completo.

Anahí reagio assim como eu esperava, com um rosto supreso e assustado. Acho que ela sabia os problemas da aminesia e também sabia o que eu poderia estar passando. Voltei para a sala e me deitei no sofá. Coloquei meus braços ao meu rosto tampando os meus olhos. Pude ouvir a Anahí se aproximar e sentar-se no outro sofá menor.

- Ei.. -e la disse , baixiho. - Desculpe... eu não sabia que era algo tão... - ela parou de falar, mas eu sabia que palavra ela diria - Chris... você está querendo ajudar de mais dessa vez... - ela comentou ainda mais baixo para si mesma.

A porta da sala se abrio. Levantei a cabeça para ver quem era. O anjo me enviou um sorriso de boas vindas e balançou a cabeça negativamente para a Anahí ao ve-la teclando no celular.

- Obrigado Dulce, por cuidar da Anahí. -ele falou rindo para mim - Ela deu trabalho?

- Não... mas ela é bem estranha -falei rindo com ele.

- Ei! Que historia é essa de eu ter dado trabalho? E de onde você tirou essa de eu ser estranha, queridinha? - me encarando com as mãos na cintura.

Nós três começamos a rir. Acho que aquele momento foi o mais feliz de minha nova vida e sinto que antes de perder a memoria eu desejava ter um momento daqueles de novo...